Um Banda Um
(1982)1. Banda Um (04:38)
Banda Um
Gilberto Gil
BandaUmBandaUmBandaUmBanda – ô-iê
Iê-iê-iê-iê
BandaUmBandaUmBandaUmBanda – ô-ô
(Iô-iô-iô-iô)
Banda Um que toca um balanço parecendo polka
UmBandaUmBandaUm
Banda Um que toca um balanço parecendo rumba
UmBandaUmBandaUm
Banda Um que é África, que é Báltica, que é Céltica
UmBanda América do Sul
Banda Um que evoca um bailado de todo planeta
UmBandaUm, Banda Um
BandaUmBandaUmBandaUmBanda – ô-iê
Iê-iê-iê-iê
BandaUmBandaUmBandaUmBanda – ô-ô
(Iô-iô-iô-iô)
Banda pra tocar por aí
No Zanzibar
Pro negro zanzibárbaro dançar
Pra agitar o Baixo Leblon
O Cariri
Pra loura blumenáutica dançar
(Hum…) Banda Um, Banda Um
BandaUmBandaUmBandaUmBanda – ô-iê
Iê-iê-iê-iê
BandaUmBandaUmBandaUmBanda – ô, ô
Banda Um que soa um barato pra qualquer pessoa
UmBanda pessoa afins
Banda Um que voa, uma asa delta sobre o mundo
UmBanda sobre patins
Banda Um surfística nas ondas da manhã nascente
UmBanda, banda feliz
Banda Um que ecoa uma cachoeira desabando
UmBandaUm, bandas mis
BandaUmBandaUmBandaUmBanda – ô-iê
Iê-iê-iê-iê
BandaUmBandaUmBandaUmBanda – ô-ô
(Iô-iô-iô-iô)
BRWMB9900452
© Gege Edições Musicais
Ficha técnica da faixa:
arranjo, voz e violão Ovation – Gilberto Gil
guitarra – Celso Fonseca
piano Yamaha – Gerson Santos
sintetizador – Jorjão Barreto
piano Rhodes – Jorjão Barreto
cowbell, congas, claves, ganzá, pandeiro e pratos – Repolho
baixo – Rubens Sabino (Rubão)
bateria – Wilson Meirelles
coro – Gilberto Gil, Jorjão, Gerson Santos, Pi
coro – Zé Bulhões e Paulinho Soledade
Outras gravações:
“Bandadois”, Gilberto Gil, Gege Produções Artísticas 2009
“Um banda um”, Gilberto Gil 1993
“Ao vivo em Toquio”, Gilberto Gil, Warner Music 2002
“Um banda um”, Gilberto Gil, Warner Music 2009
A umbanda – “O sentido universalista da umbanda como uma cisão do culto fechado das religiões, seja candomblé, seja a católica, ambas monistas, cada uma com a sua verdade; o panteísmo necessário da umbanda, uma religião que não é uma mas ‘todas’, misturando o kardeccismo, o catolicismo, o politeísmo africano. (E Banda Um é uma música-síntese com uma intenção e um conceito panculturalista, uma canção que cultiva as idéias de música, de juventude, de comportamento, de consumo e de vários nacionalismos.)”
A Banda Um – “E, ao mesmo tempo, o fato de sermos um pouco a Banda do Zé Pretinho [Gil se refere aqui ao grupo de Jorge Benjor, ao qual compara o seu]: Banda Um é como se fosse o nosso hino, o nosso prefixo musical.”
A UmBandaUm – “Banda Um é uma coisa, e umbanda é outra, exatamente o oposto: Banda Um é uma banda; umbanda são todas as bandas – ou nenhuma, em princípio. ‘UmBandaUm’ [a repetição seguida de ‘Banda Um’ no verso faz ressoar a palavra ‘umbanda’] estabelece o jogo dos contrários: faz o embutimento mútuo dos dois sentidos.
“A descoberta de todas essas coisas me animou à escolha, embora eu tenha hesitado muito em optar por Um Banda Um para nomear o disco e me apaziguar com a idéia de fazer esse tipo de brincadeira (que às vezes pode ficar gratuito; mas quando você descobre uma solução que, embora fácil, esteja carregada de sentido, e esse era o caso – ‘umbanda’ é uma palavra com uma carga enorme no Brasil -, aí, tudo bem). Acabei topando.”
Palavras-valise – ” ‘Zanzibárbaro’: do Zanzibar, um bar de negros, da Federação (bairro de Salvador). A loura ‘blumenáutica’: de Blumenau, e ao mesmo tempo náutica (a referência, embutida, aos esportes aquáticos, ao surfe, à juventude, ao mar, ao verão). Palavras-valises. Nelas cabe um bocado de idéias: você vai botando. É um dos procedimentos concretistas que mais me interessam. A invenção da palavra que é um condensado de significados.”
2. Afoxé É (04:02)
Afoxé É
Gilberto Gil
Ê-ô, ê-ô
Ê-ô, ê-ô
É bom pra ioiô
É bom pra iaiá
O afoxé é da gente
Foi de quem quis
É de quem quiser
Sair do Pé do Caboclo
Até a Praça da Sé
O afoxé é semente
Plantou quem quis
Planta quem quiser
Tem que botar fé no bloco
Tem que gostar de andar a pé
Tem que aguentar sol a pino
Tem que passar no terreiro
E carregar o menino, oh, oh
Tem que tomar aguaceiro
Tem que saber cada hino
E cantar o tempo inteiro, oh
O afoxé, seu caminho
Sempre se fez
Sempre se fará
Por onde estiver o povo
Esperando pra dançar
O afoxé vai seguindo
Sempre seguiu
Sempre seguirá
Com a devoção do negro
E a bênção de Oxalá
BRWMB9900453
© Gege Edições Musicais
Ficha técnica da faixa:
arranjo, voz e violão Ovation – Gilberto Gil
guitarra – Celso Fonseca
piano Yamaha – Gerson Santos
coro e palmas – Gerson Santos
piano Rhodes – Jorjão Barreto
baixo – Rubens Sabino (Rubão)
bateria e agogô – Wilson Meirelles
arranjo – Gilberto Gil e Banda Um
coro e palmas – Gilberto Gil, Jorjão, Gerson Santos, Pi
Outras gravações:
“Um banda um”, Gilberto Gil, Warner music
“O afoxé como uma forma, celebradíssima, de candomblé de rua – lúdica, em vez de religiosa. Todo o ritual que se reconstitui em torno do desfile. Os requisitos necessários para se poder participar do bloco; o estoicismo requerido: o pai que faz o percurso inteiro (saindo da Praça da Sé até o Campo Grande e voltando: como no desfile dos Filhos de Gandhi, no carnaval da Bahia) carregando o filho nas costas, para iniciá-lo na tradição.
“Afoxé É se refere a uma mandala da coesão comunitária; trata-se de uma evocação do gregário, uma convocação à participação. A canção fala, não do ser individual, mas do ser social e suas implicações. Quer dizer: do sacrifício que um indivíduo faz para ser um partícipe; de em que grau o coletivo se sobrepõe ao individual com qualidade, valor e vantagens; de quando é melhor, no sentido de necessário, deixar de ser um para ser muitos. Daí, remeter para o ritual, a celebração grupal; para arquétipos cívico-religiosos.
“Não é, contudo, o objeto da crença – não é Deus – que é comentado na canção, ou o que nela comove, mas o humano, demasiadamente humano; o compromisso do homem com a comunidade. A Revolução Francesa inaugurou a fase popular da história e trouxe os humanismos todos que desembocaram no sentido democrático, aquilo que o Nietzsche, por um lado, critica muito: a fraqueza do homem moderno – é essa nossa fraqueza que nos comove. Somos código genético programado pra viver essa fase da história, essa coisa Spártacus; tudo que diz respeito às libertações, às ações em nome da igualdade, às idéias de socialismo, nos são comoventes. Toda vez que a comuna é reunida, há comoção.”
Sobre o caráter peculiar da rima “Caboclo / bloco” e a relação dela com o conteúdo geral da música – “Uma rima distante: uma tele-rima pela distância. Gosto dessas rimas que explodem lá adiante; quando você ouve o segundo termo, este remete àquela palavra que já passou muito tempo antes. No caso de ‘Caboclo / bloco’ em Afoxé É, isso fica especialmente bonito porque a rima contém em si o sentido da canção, que trata de algo que já é movimento em bloco. A idéia de percorrimento de um trajeto é reiterada na ocorrência da rima, que só acontece depois de você percorrer um certo espaço da canção.”
3. Metáfora (04:21)
Metáfora
Gilberto Gil
Uma lata existe para conter algo
Mas quando o poeta diz: “Lata”
Pode estar querendo dizer o incontível
Uma meta existe para ser um alvo
Mas quando o poeta diz: “Meta”
Pode estar querendo dizer o inatingível
Por isso, não se meta a exigir do poeta
Que determine o conteúdo em sua lata
Na lata do poeta tudonada cabe
Pois ao poeta cabe fazer
Com que na lata venha caber
O incabível
Deixe a meta do poeta, não discuta
Deixe a sua meta fora da disputa
Meta dentro e fora, lata absoluta
Deixe-a simplesmente metáfora
BRWMB9900454
© Gege Edições Musicais
Ficha técnica da faixa:
voz e violão Ovation – Gilberto Gil
guitarra – Celso Fonseca
piano Yamaha – Gerson Santos
sintetizador – Jorjão Barreto
piano Rhodes – Jorjão Barreto
belltree e pandeiro – Repolho
baixo – Rubens Sabino (Rubão)
bateria – Wilson Meirelles
arranjo – Gilberto Gil e Banda Um
coro – Jorjão, Gerson Santos, Paulinho Soledade e Pi
Outras gravações:
“Cada tempo em seu lugar”, Cacala Carvalho e João Braga, Mills Records 2012
“Somos o amanhã”, Coral Infantil, Ass. Cult. Canarinhos Da Amazônia 2003
“Água pura da fonte”, Elisa Queiroga, Elisa Queiroga Barros 2002
“Bandadois”, Gilberto Gil, Gege Produções Artísticas 2009
“Caixa a conspiração de Gilberto Gil – CD bandadois”, Gilberto Gil, Gege Produções Artísticas 2010
“Giluminoso”, Gilberto Gil, UNB 1999
“Um banda um”, Gilberto Gil, Warner Music 1993
“Movimento circular”, Gilberto Gil, Maria Ignes Senne Costa 2005
“Herança”, Gilberto Gil, Perfil 2003
“Metáfora é metalinguística: o poeta falando sobre a poesia: sobre a própria linguagem poética a se desvelar, se dizer o que é, se revelar.
“Uma canção que transcende ao propósito genérico da minha obra que é ser uma obra de compositor, como se houvesse um ligeiro deslocamento do ser poético para cima do ser musical, ou talvez para o lado; de todo modo, um deslocamento qualquer que lhe dá distinção.”
“Metáfora: uma palavra com contundência sonora, traduzida diretamente do grego.”
Inspiração durante a elaboração – “Só um ano, ou mais, depois de escrever o primeiro terceto num caderno e deixá-lo de lado, eu retornei à letra. Desde o início eu queria falar do significado da poesia – poetar o poetar -, mas até ali a palavra ‘metáfora’ ainda não tinha me ocorrido. Foi somente quando, ao começar o segundo terceto, surgiu a idéia de ‘meta’, que o termo me veio, e com ele a consciência de que, dali em diante, eu passaria a construir a letra para chegar à palavra ‘metáfora’ no fim – para culminar com ela e com ela titular a canção.”
Dúvidas de percurso – “Enquanto escrevia, eu relutei em usar ‘tudo-nada’ [aqui, tal como o composto foi grafado no encarte do disco com a música] como uma palavra só, mas resolvi mantê-la assim para marcar a idéia da condensação dos sentidos, por mais opostos, num mesmo e único termo; só faltou radicalizar tirando o hífen e deixando ‘tudonada’, grafia [sugerida pelo coordenador deste livro] que passo a adotar. Outra relutância foi em admitir a brincadeira contida no verso ‘deixe a sua meta fora da disputa’ – o desmembramento da palavra antes de ela aparecer. Pareceu-me de início gratuito, mas acabei achando engenhoso.”
À patrulha ideológica – “Eu queria responder às cobranças, que nos eram feitas na época, de conteúdos mais dirigidamente politico-sociais, e falar da independência do poeta; do fato de a poesia e a arte em geral pertencerem ao mundo da indeterminação, da incerteza, da imprevisibilidade, da liberdade, do paradoxo. O poeta Haroldo de Campos se identificou com a canção, que de fato é sobre – e para – todos nós: eles, os concretistas, que foram atacados pelos conteudistas, e nós, os baianos, que abraçamos a causa deles.”
4. Deixar Você (04:45)
Deixar Você
Gilberto Gil
Deixar você
Ir
Não vai ser bom
Não vai ser
Bom pra você
Nem melhor pra mim
Pensar que é
Só
Deixar de ver
E acabou
Vai acabar muito pior
Pra que mentir
E
Fingir que o horizonte
Termina ali defronte
E a ponte acaba aqui?
Vamos seguir
Reinventar o espaço
Juntos manter o passo
Não ter cansaço
Não crer no fim
O fim do amor
Oh, não
Alguma dor
Talvez sim
Que a luz nasce na escuridão
BRWMB9900455
© Gege Edições Musicais
Ficha técnica da faixa:
arranjo, voz e violão Ovation – Gilberto Gil
sax – Oberdan Magalhães
bateria – Paulinho Braga
percussão – Cidinho
guitarra – Ricardo Silveira
arranjo – Lincoln Olivetti
piano Yamaha – Lincoln Olivetti
sintetizador – Lincoln Olivetti
piano Rhodes – Robson Jorge
pandeiro – Vitor Farias
baixo – Paulo Cesar
Outras gravações:
“Songbook Gilberto Gil”, Angela Rô Rô, Lumiar
“MPB Collection – Gilberto Gil”, Arthur Moreira Lima, Sony Music
“On the road again – MPB”, Edmon, Polygram Music
“Meu bem querer”, Hannah Lima, Abril Music
“É com esse que eu vou”, Karla Sabah, LGK Music
“Ney Matogrosso”, Ney Matogrosso, Ariola
“Brazil night 1983 in Montreaux”, Ney Matogrosso, Universal
“Rosana”, Rosana, Natasha
“Alexandre pires – DNA musical”, Alexandre Pires, Som Livre 2016
“Cada tempo em seu lugar”, Cacala Carvalho e João Braga, Mills Records 2012
“Piano e voz”, Cesar Camargo Mariano & Pedro Mariano, Trama 2006
“On the road again – MPB”, Edmon, Polygram Music 1994
“Luar”, Gilberto Gil, Polygram Music 1998
“O seu amor”, Gilberto Gil, Universal Music 2004
“Um banda um”, Gilberto Gil, Warner Music 2002
“A gente pecisa ver o luar”, Gilberto Gil 1990
“Gil + 10”, Gilberto Gil & Mart’nália, Som Livre 2011
Grupo Tom da Terra, Paulinas-comep 2000
“Intuitiva”, Hannah Lima, Abril Multimidia 1999
“Meu bem querer”, Hannah Lima, Abril Multimidia 2000
“É com esse que eu vou (drum ‘n bossa 2)”, Karka Sabah, LGK Music
“Duplo MPB – cd2”, Karla Sabah, LGK Music Produções Artísticas 2014
“É com esse que eu vou”, Karla Sabah, LGK Music Produções Artísticas 2011
“Para Gil e Caetano””, Margaret Menezes, Canal Brazil s/a 2014
“Brazil night 1983 in Montreaux”, Ney Matogrosso 2008
“Rosa passos ao vivo em carmelo”, “Rosa Passos, Biscoito Fino 2015
“Vende peixe-se”, Rosana, Natasha 1997
5. Pula, Caminha (03:40)
Pula, Caminha
Marino Pinto
Manezinho Araujo
Pula, caminha não pode parar
Pula, caminha que eu quero passar
Pula, morena, que eu quero ver
Ficar parado assim é que não pode ser
Eu também brincar não queria
Sem querer entrei na folia
Vou me esbaldar pra valer
Ficar parado assim é que não pode ser
BRWMB9900456
© Editora Irmãos Vitale
Ficha técnica da faixa:
arranjo, voz e violão Ovation – Gilberto Gil
piano Rhodes – Jorjão Barreto
baixo – Rubens Sabino (Rubão)
bateria – Wilson Meirelles
guitarra – Ricardo Silveira
coro – Gilberto Gil, Jorjão, Gerson Santos, Pi
coro – Paulinho Soledade
sintetizador – Rique Pantoja
6. Andar Com Fé (03:20)
Andar Com Fé
Gilberto Gil
Andá com fé eu vou
Que a fé não costuma faiá
Andá com fé eu vou
Que a fé não costuma faiá
Que a fé tá na mulher
A fé tá na cobra coral
Ô-ô
Num pedaço de pão
A fé tá na maré
Na lâmina de um punhal
Ô-ô
Na luz, na escuridão
Andá com fé eu vou
Que a fé não costuma faiá
Andá com fé eu vou
Que a fé não costuma faiá
A fé tá na manhã
A fé tá no anoitecer
Ô-ô
No calor do verão
A fé tá viva e sã
A fé também tá pra morrer
Ô-ô
Triste na solidão
Andá com fé eu vou
Que a fé não costuma faiá
Andá com fé eu vou
Que a fé não costuma faiá
Certo ou errado até
A fé vai onde quer que eu vá
Ô-ô
A pé ou de avião
Mesmo a quem não tem fé
A fé costuma acompanhar
Ô-ô
Pelo sim, pelo não
BRWMB9701574
© Gege Edições Musicais
Ficha técnica da faixa:
arranjo, voz e violão Ovation – Gilberto Gil
guitarra – Celso Fonseca
piano Yamaha – Gerson Santos
orgão & piano – Jorjão Barreto
afoxé e congas – Repolho
baixo – Rubens Sabino (Rubão)
bateria – Wilson Meirelles
cowbell – Wilson Meirelles
coro – Paulinho Soledade
arranjo – Banda Um e Liminha
coro – Gilberto Gil, Jorjão, Zé Bulhões
Outras gravações:
“Carla visita Gilberto Gil”, Carla Visi, MZA
“Malabaristas do sinal vermelho”, João Bosco, Sony Music
“Songbook Gilberto Gil 3”, Jorge Mautner e Nelson Jacobina, Lumiar 1922
“Mais coisas do Brasil”, Leila Pinheiro, Universal Music 2001
“Marcus Menna”, Marcus Menna, LGK Music 2007
“Ney ao vivo”, Ney Matogrosso, Universal Music
“A música de Gilberto Gil”, TCPA/TOP CAT 2007
“Axé”, Rappin Hood ,Trama 2005
“Um pouquinho de Brasil”, Brasilian Trombone Ensemble, CPC/UMES 2004
“Dois amigos, um século de música”, Caetano Veloso e Gilberto Gil, Gege/ UNS/ Sony Music 2015
“Carla visita Gilberto Gil”, Carla Visi, Mza 2001
“40 anos de sucesso”, Coral Grupo Vozes, D’altomare 2012
“Quilombo musica”, Elsio Alvarez, RGE
“Uma flauta na MPB”, Estevao Teixeira, CID 1998
“Quando o céu clarear”, Fabiana Cozza e Rappin Hood, Lua Produções 2009
Forracatu, Sony Music 1998
“Bandadois”, Gilberto Gil, Gege Produções 2009
“Banda larga ao vivo em São Paulo”, Gilberto Gil, Gege Produções 2008
“Concerto de cordas e máquinas de ritmo”, Gilberto Gil, Gege Produções/Biscoito Fino 2012
“Um banda um”, Gilberto Gil, Warner Music 1990
“Eletracústico”, Gilberto Gil, Warner Music 2004
“Gil + 10”, Gilberto Gil e Preta Gil, Pedra da Gávea 2011
“Duetos”, Gilberto Gil e Happin Hood, Warner Music 2007
“A casa do Zé para crianças”, Grupo a casa do Zé 2008
“Presente de vô”, Grupo Ponto de Partida e Coral Meninos de Araçuaí 2013
Grupo Rastapé, EMI Music 2006
“Sujeito homem II “, Happin Hood, Trama 2005
“Iriê”, Iriê, Orbeat 2006
“Ito Moreno e banda Clube do Forro”, Ito Moreno, Veleiro 2001
“Malabaristas do sinal vermelho”, João Bosco, Sony Music 2003
“Decamerão”, Jorge Mautner e Nelson Jacobina, Som Livre 2009
“Barato total – Elas cantam Gilberto Gil”, Som livre 2008
“Mais coisas do Brasil”, Leila Pinheiro, Universal Music 2001
“Marcus Menna”, Marcus Menna, LGK Music 2007
“Para Gil e Caetano”, Margareth Menezes, Canal Brasil 2014
“Menina do Céu”, Menina do Céu, Radar Records 2013
“Festa no Céu”, Menina do Céu, Sony Music 2015
“Castelo Eletrônico”, Miska 2002
“Ney ao vivo”, Ney Matogrosso, Universal Music 2008
“Clássicos da MPB”, Orquestra Sinfônica UFRN e Camila Masiso, SESC 2012
“Brasil de A a Z”, Rastape, EMI Music 2007
“Rock in Rio 30 anos”, Skank, Musickeria 2015
“MPB em Chorinho”, Toco Preto, CID 1999
A fé e a “faia” – “O uso do ‘faiá’ é assumido com a intenção de legitimar uma forma chula contra a hegemonia do bem-falar das elites. É uma homenagem ao linguajar caipira, ao modo popular mineiro, paulista, baiano – brasileiro, enfim – de falar ‘falhar’ no interior. É quase como se a frase da canção não pudesse ser verdade se o verbo fosse pronunciado corretamente – o que seria um erro… Outro dia cometeram esse ‘deslize’ na Bahia, ao utilizarem a expressão na promoção de uma campanha de cinto de segurança. Nos out-doors, saiu: ‘A fé não costuma falhar’ (a propaganda associava o cinto à fitinha do Senhor do Bonfim). Eu deixei, mas achei a correção desnecessária.”
– “Faiá” é coração, “falhar” é cabeça, e fé é coração.
“É isso aí. ‘A fé não costuma faiá’: é pra quem fala assim que ela não costuma ‘faiá’.”
7. Drão (03:17)
Drão
Gilberto Gil
Drão
O amor da gente é como um grão
Uma semente de ilusão
Tem que morrer pra germinar
Plantar nalgum lugar
Ressuscitar no chão
Nossa semeadura
Quem poderá fazer
Aquele amor morrer!
Nossa caminhadura
Dura caminhada
Pela estrada escura
Drão
Não pense na separação
Não despedace o coração
O verdadeiro amor é vão
Estende-se, infinito
Imenso monolito
Nossa arquitetura
Quem poderá fazer
Aquele amor morrer!
Nossa caminha dura
Cama de tatame
Pela vida afora
Drão
Os meninos são todos sãos
Os pecados são todos meus
Deus sabe a minha confissão
Não há o que perdoar
Por isso mesmo é que há
De haver mais compaixão
Quem poderá fazer
Aquele amor morrer
Se o amor é como um grão!
Morrenasce, trigo
Vivemorre, pão
Drão
BRWMB9701924
© Gege Edições Musicais
Ficha técnica da faixa:
arranjo, voz e violão Ovation – Gilberto Gil
piano Yamaha – Gerson Santos
orgão & piano – Jorjão Barreto
tempo bock e pandeiro – Repolho
baixo – Rubens Sabino (Rubão)
bateria – Wilson Meirelles
clave – Wilson Meirelles
sintetizador – Rique Pantoja
Outras gravações:
“A voz do bandolim”, Armandinho, Vison
“MPB collection”, Arthur Moreira Lima, Sony Music
“Prenda minha ao vivo”, Caetano Veloso, Universal Music
“Melody sax”, Chico Costa, Seven Music
“Diana Pequeno”, Diana Pequeno, RCA
“Songbook Gilberto Gil”, Djavan, Lumiar
“Caixinha brasileira”, Vários, Angel Records
“Sucessos de barzinho”, Jura Figueredo, Continental
“Maria Gabriela”, Maria Gabriela, Opus
“Barzinho Brasil”, Melquiades, Ultra Disc
“Música ambiente”, Orquestra Albatroz, Albatroz
“Projeto especial radio musical FM/SP”, Warner Music 1995
“Caetano canta vol. III”, Caetano Veloso, Globo-Universal 2002
“Muito romântico”, Cetano Veloso, Universal Music 2008
“Serie sem limite – cd 1”, Caetano Veloso, Universal Music 2001
“Amor i love you 2”, Caetano Veloso, Universal Music 2003
“Dois amigos, um século de música”, Caetano veloso & Gilberto Gil, Sony Music 2015
“Angel records”, Caixinha de música
“Melody sax – vol. 1”, Chico Costa, Musisom Cinthya Cordeiro Magalháes
“Djavan – minha história”, Djavan, Som Livre 2010
“Tributo MPB”, Som Livre 2013
“Perfil”, Djavan, Som Livre 2006
“Box Djavan”, Djvan, Sony Music 2013
“Luar”, Gilberto Gil, Abril-musiclub 1998
“Gaudi editora”, Gilberto Gil, Revista Jam Musical 1997
“Banda larga ao vivo em São Paulo”, Gilberto Gil, Gege Produções Artísticas 2008
“Perfil”, Gilberto Gil, Sigla 2005
“MPB FM”, Gilberto Gil, Trama 2001
“Eletracústico”, Gilberto Gil, Warner Music 2004
“Um banda um”, Gilberto Gil, Warner Music 1990
“Grandes mestres da MPB”, Gilberto Gil, Warner Music 1997
“Musica”, Gilberto Gil, Warner Music 1998
“Veja esta canção”, Gilberto Gil, Warner Music 1994
“Projeto especial revista Veja”, Gilberto Gil, Warner Music 2001
“Unplugged”, Gilberto Gil, Warner Music 1994
“Enciclopedia musical brasileira”, Gilberto Gil, Warner Music 1999
“Prata da casa”, Gilberto Gil, Warner Music 2001
“Acoustic”, Gilberto Gil, Warner Music 2001
“Música romantica brasileira”, Gilberto Gil, Warner Music 2008
“Projeto especial laboratorio Knoll”, Gilberto Gil, Warner Music 1996
“Projeto especial MPB Boticario”, Gilberto Gil, Warner Music 1998
“Projeto especial Natura”, Gilberto Gil, Warner Music 1996
“Re”, Gilberto Gil, Warner Music 1984
“Nova série”, Gilberto Gil, Warner Music 2007
“A gente precisa ver o luar”, Gilberto Gil, Warner Music 1990
Glaucia Nasser De Oliveira, Glaucia Nasser 2006
“Caixinha brasileira”, Instrumental, Angel Records
“Ivete, Gil e caetano”, Ivete Sangalo, Gilberto Gil e Caetano Veloso, Universal Music 2012
“Sucessos de barzinho”, Jura Figueiredo, Continental 2000
“Aliás”, Lucila Manzoli, Lucila Manzoli 2013
“The Voice Brasil”, Lui Medeiros, Universal Music 2014
“The Voice Kids – batalhas”, Luiza Prochet, Luna Maria e Tabatha Almeida, Universal Music 2016
“Amor até o fim”, Mauro Senise, Alma Brasileira Produções e Edições 2016
“Brazinho Brasil – vol. 2”, Melquiades, Ultra Disc 2007
“Pão e poesia”, Olga Ribeiro, Plural/Outubro 1997
“Musica ambiente 2 – instrumental”, Orquestra Albatroz 2002
“Luau 3”, Rafael Greyck, JVR Produções
E Edições Musicais E Artís 2008
“Há canções de maturação, que começam por uma pílula de criação – por uma gota que colore a água no jarro e vai decantando; um dia você pega aquele precipitado lá no fundo e trabalha nele. É um modo; Expresso 2222, por exemplo, foi feita assim. Mas há canções que demandam esforço concentrado por considerável período de tempo de realização intensiva. Drão está entre essas.
“Sua criação apresentou altos graus de dificuldade porque ela lidava com um assunto denso – o amor e o desamor, o rompimento, o final de um casamento; porque era uma canção para Sandra [apelidada Drão – daí o título da música] – e para mim. ‘Como é que eu vou passar tanta coisa numa canção só?’, eu me perguntava. Além disso, havia a exigência de excelência, de que o versar tivesse capricho. Então demorou dias e dias de trabalho.
“Eu me lembro de estar sentado no chão, anotando frases no caderno, com o violão do lado, e de repente sentir o sufoco do coágulo da criação, e ao mesmo tempo a iminência da explosão da via criativa, e não aguentar, saindo dali e indo para o quarto me deitar e deixar, então, aquele coágulo se dissolver, criando filetes que se encaminhavam pra aqui e pra ali… Aí o cérebro e o coração entumeciam, algumas idéias fluíam, e dois, três ou quatro versos saíam. Satisfeito, eu fechava o caderno e ia embora cuidar da vida. Saía, passava o dia fazendo outras coisas, chegava de noite eu retomava; ficava a madrugada toda de novo.
“Outra exigência que eu me colocava era de não me precipitar. Eu queria que o fazer, a prática, o empirismo da realização fossem observados pelo meu ser ali à distância: eu tinha que contemplar o feitio da canção. Ao lado do esforço, da tensão concentrada, tinha que haver a descontração, o relaxamento concentrado – as duas coisas, e todas essas exigências sobrepostas determinando o modo de compor a canção.
“Fazer música é uma loucura quando você se coloca tantos problemas.”
8. Esotérico (04:22)
Esotérico
Gilberto Gil
Não adianta nem me abandonar
Porque mistério sempre há de pintar por aí
Pessoas até muito mais vão lhe amar
Até muito mais difíceis que eu pra você
Que eu, que dois, que dez, que dez milhões
Todos iguais
Até que nem tanto esotérico assim
Se eu sou algo incompreensível
Meu Deus é mais
Mistério sempre há de pintar por aí
Não adianta nem me abandonar
Nem ficar tão apaixonada, que nada!
Que não sabe nadar
Que morre afogada por mim
BRWMB9701923
© Gege Edições Musicais
Ficha técnica da faixa:
arranjo, voz e violão Ovation – Gilberto Gil
baixo – Rubens Sabino (Rubão)
bateria – Wilson Meirelles
Outras gravações:
“Gal”, Gal Costa, Polygram
“Songbook Gilberto Gil”, Kid Abelha, Lumiar
“Pura filosofia”, Maria Bethânia e Gal Costa, Som Livre
“Luau”, Rafael Greyck, Albatroz
“Alexandra Scotti canta Gal Costa”, Alexandra Scotti, Alexandra Scotti 2015
“Serie sem limite cd 2”, Bethania, Gal, Caetano, Gil , Universal Music 2001
“Dois amigos, um século de música”, Caetano Veloso & Gilberto Gil , Sony Music 2015
“Doces bárbaros “, Caetano Veloso, Gal Costa, Gilberto Gil e Maria Bethânia, Universal Music 1976
“MPB – os melhores da MPB”, Doces Bárbaros, Som Livre 2011
“Gal “, Gal Costa, Polygram 1994
“Gal Costa 40 anos”, Universal Music 2005
“Caetano Veloso e Gal costa – domingo – jewel case, Gal Costa, Maria Bethânia, Gilberto Gil e Caetano Veloso, Universal Music 2010
“Bandadois”, Gilberto Gil, Gege Produções Artísticas 2009
“Caixa a conspiração de Gilberto Gil – CD Bandadois”, Gilberto Gil 2010
“A gente precisa ver o luar”, Gilberto Gil, Lumiar 1990
“Luar”, Gilberto Gil, Polygram 1998
“Serie melhor de dois”, Gilberto Gil, Universal Music 2000
“Um banda um”, Gilberto Gil, Warner Music
“Acoustic”, Gilberto Gil, Warner Music 2002
“Gilberto Gil no palco – nova série”, Gilberto Gil, Warner Music 2007
“E-collection disco 1”, Gilberto Gil, Warner Music 2000
“Acustico”, Gilberto Gil, Warner Music 2001
“Vida”, Gilberto Gil, Warner Music 1984
“Unplugged”, Gilberto Gil, Warner Music 2002
“Projeto especial MPB – O Boticario”, Gilberto Gil, Warner Music 2001
“Le troubadour du Brésil”, Gilberto Gil, Warner Music 1997
“20 grandes sucessos de Gilberto Gil”, Gilberto Gil, Caetano, Gal, Bethania, Polygram Music 1998
“Barato total – elas cantam Gilberto Gil”, KID Abelha, Som Livre 2008
“Songbook Gilberto Gil 2”, Kid Abelha, Lumiar 1992
“Warner 30 anos”, Kid Abelha, Warner Music 2006
“Para Gil e Caetano”, Margareth Menezes, Canal Brazil 2014
“Millennium”, Maria Bethânia com Gal, Caetano e Gil, Universal Music 2004
“Pura filosofia”, Maria Bethania e Gal Costa, Som livre 2000
“Maria Bethânia – raridades anos 60 e 70”, Maria Bethânia e Gal Costa, Universal Music 2011
“Outros bárbaros”, Maria Bethânia, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Gal Costa, Biscoito Fino 2003
“Doces Barbaros 2 – caixa Caetano Veloso”, Maria Bethânia, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Gal Costa, Universal Music 1999
“Orlando Moraes – 07 vidas – caras”, Orlando Moraes 2012
“A vida da gente”, Paula Toller, Som Livre 2011
“Luau”, Rafael Greick, Bossa58 2006
“CD Roberta Brasil”, Roberta Brasil, Roberta brasileiro Henriques 2013
“Piano bar (nacional cd 2)”, Rodrigo Braga, Música fabril estúdios 2011
“Pra que servem os cataventos”, Vício primavera, Michel Nogueira Alves Da Silva 2011
“Uma tentativa de transpor a idéia do mistério divino, místico-religioso, para o campo do amor terreno; de desmistificar e humanizar a categorização do esotérico como algo inatingível, colocando-o como inerente à nossa natureza, à complexidade de nosso afeto. O ímpeto da canção nasceu da vontade de falar do sentido esotérico das coisas através de algo que fosse demasidamente humano como é a relação amorosa entre duas pessoas – não deixando, no fim, de remeter a questão para a divindidade (qualquer mistério está aquém do mistério do criador).”
9. Menina do Sonho (04:53)
Menina do Sonho
Gilberto Gil
Hoje a menina do sonho não veio me acordar
Quem sabe até tenha vindo e eu não soube sonhar
Quem sabe até tenha tentado me descobrir
Em meio ao sono pesado a dormir, a dormir
Quem sabe até tenha vindo visitar meu sono
E quem sabe era só o abandono da alma dormida na vida
O que havia no fundo de mim pra se ver
Que ela, menina do sonho, ficou comovida
E não fez nada mais que sorrir
Partindo logo em seguida a buscar por aí
Outra morada pro sonho, por ser ela fada
Fadada a viver, com seu corpo no nada
O instante, o espaço, o abraço real da ilusão de existir
Quem terá tido essa noite
O sonhar visitado por ela ou por um querubim
Já que a menina do sonho não veio pra mim?
BRWMB9900457
© Gege Edições Musicais
Ficha técnica da faixa:
arranjo, voz e violão Ovation – Gilberto Gil
piano Yamaha – Gerson Santos
piano Rhodes – Jorjão Barreto
castanholas – Repolho
Violão Ovation – Ricardo Silveira
Outras gravações:
“Um banda um”, Gilberto Gil, Warner Music 1982
10. Ê Menina (03:51)
Ê Menina
João Donato
Gutemberg Guarabyra
Ê menina, ê menina
Iê… ê,
Oxum da mina
Ê menina, ê menina
Iê…ê,
Oxum da mina
Ê menina, ê menina
Iê…ê,
Oxum da mina
Ê menina, ê menina
Iê…ê,
Oxum da mina
Dia dia dia
Vem meninninha
Vem me ninar
Dia dia dia
Vem meninninha
Vem me ninar
Ê menina, ê menina
Iê…ê,
Oxum da mina…
BRWMB9900458
© Warner/Chappell Edições Musicais LTDA.
Ficha técnica da faixa:
arranjo, voz e violão Ovation – Gilberto Gil
agogô – Gilberto Gil
guitarra – Celso Fonseca
piano Yamaha – Gerson Santos
sintetizador – Jorjão Barreto
piano Rhodes – Jorjão Barreto
baixo – Rubens Sabino (Rubão)
bateria e agogô – Wilson Meirelles
arranjo – Banda Um e Liminha
11. Nossa (02:46)
Nossa
Gilberto Gil
Agora é me dedicar
Inteiramente ao nosso amor
Cantar nossa música
Agora é só decidir
Aonde queremos ir
Armar nossa tenda
Armar nossa tenda, já
Que a nossa varanda vai ser
A estrada da vida
Por onde o sol passará
E a lua também virá
Contar nossa lenda
E os tempos futuros vão
Saber como foi
Escrever nos muros vão
Nas pedras do chão
A história da nossa ilusão
A história da nossa ilusão
BRWMB9900459
© Gege Edições Musicais
Ficha técnica da faixa:
arranjo, voz e violão Ovation – Gilberto Gil
arranjo – Liminha
piano Rhodes – Liminha
percussão – Cidinho
arranjo – Rique Pantoja
sintetizador – Rique Pantoja
Outras gravações:
“Um banda um”, Gilberto Gil, Warner Music 1990
Ruy Farias, Warner Music 1982
12. Afoxé É (Bonus Track) (04:02)
Afoxé é
Gilberto Gil
Ê-ô, ê-ô
Ê-ô, ê-ô
É bom pra ioiô
É bom pra iaiá
O afoxé é da gente
Foi de quem quis
É de quem quiser
Sair do Pé do Caboclo
Até a Praça da Sé
O afoxé é semente
Plantou quem quis
Planta quem quiser
Tem que botar fé no bloco
Tem que gostar de andar a pé
Tem que aguentar sol a pino
Tem que passar no terreiro
E carregar o menino, oh, oh
Tem que tomar aguaceiro
Tem que saber cada hino
E cantar o tempo inteiro, oh
O afoxé, seu caminho
Sempre se fez
Sempre se fará
Por onde estiver o povo
Esperando pra dançar
O afoxé vai seguindo
Sempre seguiu
Sempre seguirá
Com a devoção do negro
E a bênção de Oxalá
BRWMB0201629
© Gege Edições Musicais
Ficha técnica da faixa:
arranjo, voz e violão Ovation – Gilberto Gil
Outras gravações:
“Um banda um”, Gilberto Gil, Warner music
“O afoxé como uma forma, celebradíssima, de candomblé de rua – lúdica, em vez de religiosa. Todo o ritual que se reconstitui em torno do desfile. Os requisitos necessários para se poder participar do bloco; o estoicismo requerido: o pai que faz o percurso inteiro (saindo da Praça da Sé até o Campo Grande e voltando: como no desfile dos Filhos de Gandhi, no carnaval da Bahia) carregando o filho nas costas, para iniciá-lo na tradição.
“Afoxé É se refere a uma mandala da coesão comunitária; trata-se de uma evocação do gregário, uma convocação à participação. A canção fala, não do ser individual, mas do ser social e suas implicações. Quer dizer: do sacrifício que um indivíduo faz para ser um partícipe; de em que grau o coletivo se sobrepõe ao individual com qualidade, valor e vantagens; de quando é melhor, no sentido de necessário, deixar de ser um para ser muitos. Daí, remeter para o ritual, a celebração grupal; para arquétipos cívico-religiosos.
“Não é, contudo, o objeto da crença – não é Deus – que é comentado na canção, ou o que nela comove, mas o humano, demasiadamente humano; o compromisso do homem com a comunidade. A Revolução Francesa inaugurou a fase popular da história e trouxe os humanismos todos que desembocaram no sentido democrático, aquilo que o Nietzsche, por um lado, critica muito: a fraqueza do homem moderno – é essa nossa fraqueza que nos comove. Somos código genético programado pra viver essa fase da história, essa coisa Spártacus; tudo que diz respeito às libertações, às ações em nome da igualdade, às idéias de socialismo, nos são comoventes. Toda vez que a comuna é reunida, há comoção.”
Sobre o caráter peculiar da rima “Caboclo / bloco” e a relação dela com o conteúdo geral da música – “Uma rima distante: uma tele-rima pela distância. Gosto dessas rimas que explodem lá adiante; quando você ouve o segundo termo, este remete àquela palavra que já passou muito tempo antes. No caso de ‘Caboclo / bloco’ em Afoxé É, isso fica especialmente bonito porque a rima contém em si o sentido da canção, que trata de algo que já é movimento em bloco. A idéia de percorrimento de um trajeto é reiterada na ocorrência da rima, que só acontece depois de você percorrer um certo espaço da canção.”
13. Deixar Você (Bonus Track) (04:46)
Deixar Você
Gilberto Gil
Deixar você
Ir
Não vai ser bom
Não vai ser
Bom pra você
Nem melhor pra mim
Pensar que é
Só
Deixar de ver
E acabou
Vai acabar muito pior
Pra que mentir
E
Fingir que o horizonte
Termina ali defronte
E a ponte acaba aqui?
Vamos seguir
Reinventar o espaço
Juntos manter o passo
Não ter cansaço
Não crer no fim
O fim do amor
Oh, não
Alguma dor
Talvez sim
Que a luz nasce na escuridão
BRWMB0201630
© Gege Edições Musicais
Ficha técnica da faixa:
arranjo, voz e violão Ovation – Gilberto Gil
Outras gravações:
“Songbook Gilberto Gil”, Angela Rô Rô, Lumiar
“MPB Collection – Gilberto Gil”, Arthur Moreira Lima, Sony Music
“On the road again – MPB”, Edmon, Polygram Music
“Meu bem querer”, Hannah Lima, Abril Music
“É com esse que eu vou”, Karla Sabah, LGK Music
“Ney Matogrosso”, Ney Matogrosso, Ariola
“Brazil night 1983 in Montreaux”, Ney Matogrosso, Universal
“Rosana”, Rosana, Natasha
“Alexandre pires – DNA musical”, Alexandre Pires, Som Livre 2016
“Cada tempo em seu lugar”, Cacala Carvalho e João Braga, Mills Records 2012
“Piano e voz”, Cesar Camargo Mariano & Pedro Mariano, Trama 2006
“On the road again – MPB”, Edmon, Polygram Music 1994
“Luar”, Gilberto Gil, Polygram Music 1998
“O seu amor”, Gilberto Gil, Universal Music 2004
“Um banda um”, Gilberto Gil, Warner Music 2002
“A gente pecisa ver o luar”, Gilberto Gil 1990
“Gil + 10”, Gilberto Gil & Mart’nália, Som Livre 2011
Grupo Tom da Terra, Paulinas-comep 2000
“Intuitiva”, Hannah Lima, Abril Multimidia 1999
“Meu bem querer”, Hannah Lima, Abril Multimidia 2000
“É com esse que eu vou (drum ‘n bossa 2)”, Karka Sabah, LGK Music
“Duplo MPB – cd2”, Karla Sabah, LGK Music Produções Artísticas 2014
“É com esse que eu vou”, Karla Sabah, LGK Music Produções Artísticas 2011
“Para Gil e Caetano””, Margaret Menezes, Canal Brazil s/a 2014
“Brazil night 1983 in Montreaux”, Ney Matogrosso 2008
“Rosa passos ao vivo em carmelo”, “Rosa Passos, Biscoito Fino 2015
“Vende peixe-se”, Rosana, Natasha 1997
14. Esotérico (Bonus Track) (03:57)
Esotérico
Gilberto Gil
Não adianta nem me abandonar
Porque mistério sempre há de pintar por aí
Pessoas até muito mais vão lhe amar
Até muito mais difíceis que eu pra você
Que eu, que dois, que dez, que dez milhões
Todos iguais
Até que nem tanto esotérico assim
Se eu sou algo incompreensível
Meu Deus é mais
Mistério sempre há de pintar por aí
Não adianta nem me abandonar
Nem ficar tão apaixonada, que nada!
Que não sabe nadar
Que morre afogada por mim
BRWMB0201631
© Gege Edições Musicais
Ficha técnica da faixa:
arranjo, voz e violão Ovation – Gilberto Gil
Outras gravações:
“Gal”, Gal Costa, Polygram
“Songbook Gilberto Gil”, Kid Abelha, Lumiar
“Pura filosofia”, Maria Bethânia e Gal Costa, Som Livre
“Luau”, Rafael Greyck, Albatroz
“Alexandra Scotti canta Gal Costa”, Alexandra Scotti, Alexandra Scotti 2015
“Serie sem limite cd 2”, Bethania, Gal, Caetano, Gil , Universal Music 2001
“Dois amigos, um século de música”, Caetano Veloso & Gilberto Gil , Sony Music 2015
“Doces bárbaros “, Caetano Veloso, Gal Costa, Gilberto Gil e Maria Bethânia, Universal Music 1976
“MPB – os melhores da MPB”, Doces Bárbaros, Som Livre 2011
“Gal “, Gal Costa, Polygram 1994
“Gal Costa 40 anos”, Universal Music 2005
“Caetano Veloso e Gal costa – domingo – jewel case, Gal Costa, Maria Bethânia, Gilberto Gil e Caetano Veloso, Universal Music 2010
“Bandadois”, Gilberto Gil, Gege Produções Artísticas 2009
“Caixa a conspiração de Gilberto Gil – CD Bandadois”, Gilberto Gil 2010
“A gente precisa ver o luar”, Gilberto Gil, Lumiar 1990
“Luar”, Gilberto Gil, Polygram 1998
“Serie melhor de dois”, Gilberto Gil, Universal Music 2000
“Um banda um”, Gilberto Gil, Warner Music
“Acoustic”, Gilberto Gil, Warner Music 2002
“Gilberto Gil no palco – nova série”, Gilberto Gil, Warner Music 2007
“E-collection disco 1”, Gilberto Gil, Warner Music 2000
“Acustico”, Gilberto Gil, Warner Music 2001
“Vida”, Gilberto Gil, Warner Music 1984
“Unplugged”, Gilberto Gil, Warner Music 2002
“Projeto especial MPB – O Boticario”, Gilberto Gil, Warner Music 2001
“Le troubadour du Brésil”, Gilberto Gil, Warner Music 1997
“20 grandes sucessos de Gilberto Gil”, Gilberto Gil, Caetano, Gal, Bethania, Polygram Music 1998
“Barato total – elas cantam Gilberto Gil”, KID Abelha, Som Livre 2008
“Songbook Gilberto Gil 2”, Kid Abelha, Lumiar 1992
“Warner 30 anos”, Kid Abelha, Warner Music 2006
“Para Gil e Caetano”, Margareth Menezes, Canal Brazil 2014
“Millennium”, Maria Bethânia com Gal, Caetano e Gil, Universal Music 2004
“Pura filosofia”, Maria Bethania e Gal Costa, Som livre 2000
“Maria Bethânia – raridades anos 60 e 70”, Maria Bethânia e Gal Costa, Universal Music 2011
“Outros bárbaros”, Maria Bethânia, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Gal Costa, Biscoito Fino 2003
“Doces Barbaros 2 – caixa Caetano Veloso”, Maria Bethânia, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Gal Costa, Universal Music 1999
“Orlando Moraes – 07 vidas – caras”, Orlando Moraes 2012
“A vida da gente”, Paula Toller, Som Livre 2011
“Luau”, Rafael Greick, Bossa58 2006
“CD Roberta Brasil”, Roberta Brasil, Roberta brasileiro Henriques 2013
“Piano bar (nacional cd 2)”, Rodrigo Braga, Música fabril estúdios 2011
“Pra que servem os cataventos”, Vício primavera, Michel Nogueira Alves Da Silva 2011
“Uma tentativa de transpor a idéia do mistério divino, místico-religioso, para o campo do amor terreno; de desmistificar e humanizar a categorização do esotérico como algo inatingível, colocando-o como inerente à nossa natureza, à complexidade de nosso afeto. O ímpeto da canção nasceu da vontade de falar do sentido esotérico das coisas através de algo que fosse demasidamente humano como é a relação amorosa entre duas pessoas – não deixando, no fim, de remeter a questão para a divindidade (qualquer mistério está aquém do mistério do criador).”
15. Banda Um (Bonus Track) (04:30)
Banda Um
Gilberto Gil
BandaUmBandaUmBandaUmBanda – ô-iê
Iê-iê-iê-iê
BandaUmBandaUmBandaUmBanda – ô-ô
(Iô-iô-iô-iô)
Banda Um que toca um balanço parecendo polka
UmBandaUmBandaUm
Banda Um que toca um balanço parecendo rumba
UmBandaUmBandaUm
Banda Um que é África, que é Báltica, que é Céltica
UmBanda América do Sul
Banda Um que evoca um bailado de todo planeta
UmBandaUm, Banda Um
BandaUmBandaUmBandaUmBanda – ô-iê
Iê-iê-iê-iê
BandaUmBandaUmBandaUmBanda – ô-ô
(Iô-iô-iô-iô)
Banda pra tocar por aí
No Zanzibar
Pro negro zanzibárbaro dançar
Pra agitar o Baixo Leblon
O Cariri
Pra loura blumenáutica dançar
(Hum…) Banda Um, Banda Um
BandaUmBandaUmBandaUmBanda – ô-iê
Iê-iê-iê-iê
BandaUmBandaUmBandaUmBanda – ô, ô
Banda Um que soa um barato pra qualquer pessoa
UmBanda pessoa afins
Banda Um que voa, uma asa delta sobre o mundo
UmBanda sobre patins
Banda Um surfística nas ondas da manhã nascente
UmBanda, banda feliz
Banda Um que ecoa uma cachoeira desabando
UmBandaUm, bandas mis
BandaUmBandaUmBandaUmBanda – ô-iê
Iê-iê-iê-iê
BandaUmBandaUmBandaUmBanda – ô-ô
(Iô-iô-iô-iô)
BRWMB0201632
© Gege Edições Musicais
Ficha técnica da faixa:
arranjo, voz e violão Ovation – Gilberto Gil
Outras gravações:
“Bandadois”, Gilberto Gil, Gege Produções Artísticas 2009
“Um banda um”, Gilberto Gil 1993
“Ao vivo em Toquio”, Gilberto Gil, Warner Music 2002
“Um banda um”, Gilberto Gil, Warner Music 2009
A umbanda – “O sentido universalista da umbanda como uma cisão do culto fechado das religiões, seja candomblé, seja a católica, ambas monistas, cada uma com a sua verdade; o panteísmo necessário da umbanda, uma religião que não é uma mas ‘todas’, misturando o kardeccismo, o catolicismo, o politeísmo africano. (E Banda Um é uma música-síntese com uma intenção e um conceito panculturalista, uma canção que cultiva as idéias de música, de juventude, de comportamento, de consumo e de vários nacionalismos.)”
A Banda Um – “E, ao mesmo tempo, o fato de sermos um pouco a Banda do Zé Pretinho [Gil se refere aqui ao grupo de Jorge Benjor, ao qual compara o seu]: Banda Um é como se fosse o nosso hino, o nosso prefixo musical.”
A UmBandaUm – “Banda Um é uma coisa, e umbanda é outra, exatamente o oposto: Banda Um é uma banda; umbanda são todas as bandas – ou nenhuma, em princípio. ‘UmBandaUm’ [a repetição seguida de ‘Banda Um’ no verso faz ressoar a palavra ‘umbanda’] estabelece o jogo dos contrários: faz o embutimento mútuo dos dois sentidos.
“A descoberta de todas essas coisas me animou à escolha, embora eu tenha hesitado muito em optar por Um Banda Um para nomear o disco e me apaziguar com a idéia de fazer esse tipo de brincadeira (que às vezes pode ficar gratuito; mas quando você descobre uma solução que, embora fácil, esteja carregada de sentido, e esse era o caso – ‘umbanda’ é uma palavra com uma carga enorme no Brasil -, aí, tudo bem). Acabei topando.”
Palavras-valise – ” ‘Zanzibárbaro’: do Zanzibar, um bar de negros, da Federação (bairro de Salvador). A loura ‘blumenáutica’: de Blumenau, e ao mesmo tempo náutica (a referência, embutida, aos esportes aquáticos, ao surfe, à juventude, ao mar, ao verão). Palavras-valises. Nelas cabe um bocado de idéias: você vai botando. É um dos procedimentos concretistas que mais me interessam. A invenção da palavra que é um condensado de significados.”
16. Ê Menina (Bonus Track) (05:28)
Ê Menina
João Donato
Gutemberg Guarabyra
Ê menina, ê menina
Iê… ê,
Oxum da mina
Ê menina, ê menina
Iê…ê,
Oxum da mina
Ê menina, ê menina
Iê…ê,
Oxum da mina
Ê menina, ê menina
Iê…ê,
Oxum da mina
Dia dia dia
Vem meninninha
Vem me ninar
Dia dia dia
Vem meninninha
Vem me ninar
Ê menina, ê menina
Iê…ê,
Oxum da mina…
BRWMB0201633
© Warner/Chappell Edições Musicais LTDA.
Ficha técnica da faixa:
arranjo, voz e violão Ovation – Gilberto Gil
17. Esotérico (Regravação) (Bonus Track) (04:28)
Esotérico
Gilberto Gil
Não adianta nem me abandonar
Porque mistério sempre há de pintar por aí
Pessoas até muito mais vão lhe amar
Até muito mais difíceis que eu pra você
Que eu, que dois, que dez, que dez milhões
Todos iguais
Até que nem tanto esotérico assim
Se eu sou algo incompreensível
Meu Deus é mais
Mistério sempre há de pintar por aí
Não adianta nem me abandonar
Nem ficar tão apaixonada, que nada!
Que não sabe nadar
Que morre afogada por mim
BRWMB0201634
© Gege Edições Musicais
Ficha técnica da faixa:
arranjo, voz e violão Ovation – Gilberto Gil
Outras gravações:
“Gal”, Gal Costa, Polygram
“Songbook Gilberto Gil”, Kid Abelha, Lumiar
“Pura filosofia”, Maria Bethânia e Gal Costa, Som Livre
“Luau”, Rafael Greyck, Albatroz
“Alexandra Scotti canta Gal Costa”, Alexandra Scotti, Alexandra Scotti 2015
“Serie sem limite cd 2”, Bethania, Gal, Caetano, Gil , Universal Music 2001
“Dois amigos, um século de música”, Caetano Veloso & Gilberto Gil , Sony Music 2015
“Doces bárbaros “, Caetano Veloso, Gal Costa, Gilberto Gil e Maria Bethânia, Universal Music 1976
“MPB – os melhores da MPB”, Doces Bárbaros, Som Livre 2011
“Gal “, Gal Costa, Polygram 1994
“Gal Costa 40 anos”, Universal Music 2005
“Caetano Veloso e Gal costa – domingo – jewel case, Gal Costa, Maria Bethânia, Gilberto Gil e Caetano Veloso, Universal Music 2010
“Bandadois”, Gilberto Gil, Gege Produções Artísticas 2009
“Caixa a conspiração de Gilberto Gil – CD Bandadois”, Gilberto Gil 2010
“A gente precisa ver o luar”, Gilberto Gil, Lumiar 1990
“Luar”, Gilberto Gil, Polygram 1998
“Serie melhor de dois”, Gilberto Gil, Universal Music 2000
“Um banda um”, Gilberto Gil, Warner Music
“Acoustic”, Gilberto Gil, Warner Music 2002
“Gilberto Gil no palco – nova série”, Gilberto Gil, Warner Music 2007
“E-collection disco 1”, Gilberto Gil, Warner Music 2000
“Acustico”, Gilberto Gil, Warner Music 2001
“Vida”, Gilberto Gil, Warner Music 1984
“Unplugged”, Gilberto Gil, Warner Music 2002
“Projeto especial MPB – O Boticario”, Gilberto Gil, Warner Music 2001
“Le troubadour du Brésil”, Gilberto Gil, Warner Music 1997
“20 grandes sucessos de Gilberto Gil”, Gilberto Gil, Caetano, Gal, Bethania, Polygram Music 1998
“Barato total – elas cantam Gilberto Gil”, KID Abelha, Som Livre 2008
“Songbook Gilberto Gil 2”, Kid Abelha, Lumiar 1992
“Warner 30 anos”, Kid Abelha, Warner Music 2006
“Para Gil e Caetano”, Margareth Menezes, Canal Brazil 2014
“Millennium”, Maria Bethânia com Gal, Caetano e Gil, Universal Music 2004
“Pura filosofia”, Maria Bethania e Gal Costa, Som livre 2000
“Maria Bethânia – raridades anos 60 e 70”, Maria Bethânia e Gal Costa, Universal Music 2011
“Outros bárbaros”, Maria Bethânia, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Gal Costa, Biscoito Fino 2003
“Doces Barbaros 2 – caixa Caetano Veloso”, Maria Bethânia, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Gal Costa, Universal Music 1999
“Orlando Moraes – 07 vidas – caras”, Orlando Moraes 2012
“A vida da gente”, Paula Toller, Som Livre 2011
“Luau”, Rafael Greick, Bossa58 2006
“CD Roberta Brasil”, Roberta Brasil, Roberta brasileiro Henriques 2013
“Piano bar (nacional cd 2)”, Rodrigo Braga, Música fabril estúdios 2011
“Pra que servem os cataventos”, Vício primavera, Michel Nogueira Alves Da Silva 2011
“Uma tentativa de transpor a idéia do mistério divino, místico-religioso, para o campo do amor terreno; de desmistificar e humanizar a categorização do esotérico como algo inatingível, colocando-o como inerente à nossa natureza, à complexidade de nosso afeto. O ímpeto da canção nasceu da vontade de falar do sentido esotérico das coisas através de algo que fosse demasidamente humano como é a relação amorosa entre duas pessoas – não deixando, no fim, de remeter a questão para a divindidade (qualquer mistério está aquém do mistério do criador).”