Refavela
Gilberto Gil
Iaiá, kiriê, kiriê, iaiá
A refavela
Revela aquela
Que desce o morro e vem transar
O ambiente
Efervescente
De uma cidade a cintilar
A refavela
Revela o salto
Que o preto pobre tenta dar
Quando se arranca
Do seu barraco
Prum bloco do BNH
A refavela, a refavela, ó
Como é tão bela, como é tão bela, ó
A refavela
Revela a escola
De samba paradoxal
Brasileirinho
Pelo sotaque
Mas de língua internacional
A refavela
Revela o passo
Com que caminha a geração
Do black jovem
Do black-Rio
Da nova dança no salão
Iaiá, kiriê, kiriê, iáiá
A refavela
Revela o choque
Entre a favela-inferno e o céu
Baby-blue-rock
Sobre a cabeça
De um povo-chocolate-e-mel
A refavela
Revela o sonho
De minha alma, meu coração
De minha gente
Minha semente
Preta Maria, Zé, João
A refavela, a refavela, ó
Como é tão bela, como é tão bela, ó
A refavela
Alegoria
Elegia, alegria e dor
Rico brinquedo
De samba-enredo
Sobre medo, segredo e amor
A refavela
Batuque puro
De samba duro de marfim
Marfim da costa
De uma Nigéria
Miséria, roupa de cetim
Iaiá, kiriê, kiriê, iáiá
BRWMB9701869
© Gege Edições / Preta Music (EUA & Canada)
© G
Ficha técnica da faixa:
voz e violão – Gilberto Gil
guitarra – Perinho Santana
bateria – Paulinho Braga
percussão – Djalma
piano – Cidinho
coro – Ronaldo Boys
“Em 77, eu fui participar do Festac, festival de arte e cultura negra, em Lagos, na Nigéria, onde reencontrei uma paisagem sub-urbana do tipo dos conjuntos habitacionais surgidos no Brasil a partir dos anos 50, quando Carlos Lacerda fez em Salvador a Vila Kennedy, tirando muitas pessoas das favelas e colocando-as em locais que, em tese, deveriam recuperar uma dignidade de habitação, mas que, por várias razões, acabaram se transformando em novas favelas.
“Para abrigar os 50 mil negros do mundo inteiro que para lá acorreram, tinha sido construída uma espécie de vila olímpica com pequenas casas feitas com material barato e um precário abastecimento de água e luz, que reavivou em mim a imagem física do grande conjunto habitacional pobre. Refavela foi estimulada por este reencontro, de cujas visões nasceu também a própria palavra, embora já houvesse o compromisso conceitual com o re para prefixar o título do novo trabalho, de motivação urbana, em contraposição a Refazenda, o anterior, de inspiração rural.
“A esses fatores se somaram outros, locais: a mobilidade, por vezes difícil, outras vezes facilitada, dos negros cariocas na relação morro-asfalto e o movimento da juventude black-Rio, que se instalava propondo novos estilos de participação na questão da negritude no Brasil e no mundo, com mais atividade cultural e absorção de elementos do discurso e da luta negra da América e da África.
“A dificuldade com que a história tem-se defrontado para proporcionar o verdadeiro resgate da cultura e da natureza dos negros, exatamente pela manutenção reiterada da sua condição paupérrima; a coisa da ‘miséria roupa de cetim’, da ‘Belíngia’ (Bélgica/Índia), esse binômio de disparidades – Refavela é sobre isso. A informação forte da música está nas duas primeiras estrofes; perto delas, o resto é ornamento.”
*
“Preta Maria, Zé, João” – “‘Preta Maria’: Preta Maria e Maria, as minhas filhas e da Sandra (Preta é de 74, Maria, de 76; era pequenininha na época). A música ‘antevê’ José, meu filho, que nasceria em 91, e João, meu neto, em 90; ‘Zé, João’: brasileiros.”
Ilê Ayê
Paulinho Canafeu
Oh oh oh oh oh oh oh oh oh oh
Oh oh oh oh Soul Power
Oh oh oh oh Soul Power
Oh oh oh oh
Essa história começa mais ou menos assim:
BRWMB9701870
© Gege Edições Musicais
Ficha técnica da faixa:
voz e violão – Gilberto Gil
guitarra – Perinho Santana
bateria – Paulinho Braga
percussão – Djalma
piano – Cidinho
coro – Pelanca do Kojak
trompete – Hamilton
trombone – Jessé
sax-tenor – Zé Bodega
Aqui e Agora
Gilberto Gil
O melhor lugar do mundo é aqui
E agora
O melhor lugar do mundo é aqui
E agora
Aqui, onde indefinido
Agora, que é quase quando
Quando ser leve ou pesado
Deixa de fazer sentido
Aqui, onde o olho mira
Agora, que o ouvido escuta
O tempo, que a voz não fala
Mas que o coração tributa
O melhor lugar do mundo é aqui
E agora
O melhor lugar do mundo é aqui
E agora
Aqui, onde a cor é clara
Agora, que é tudo escuro
Viver em Guadalajara
Dentro de um figo maduro
Aqui, longe, em Nova Deli
Agora, sete, oito ou nove
Sentir é questão de pele
Amor é tudo que move
O melhor lugar do mundo é aqui
E agora
O melhor lugar do mundo é aqui
E agora
Aqui perto passa um rio
Agora eu vi um lagarto
Morrer deve ser tão frio
Quanto na hora do parto
Aqui, fora de perigo
Agora, dentro de instantes
Depois de tudo que eu digo
Muito embora muito antes
O melhor lugar do mundo é aqui
E agora
O melhor lugar do mundo é aqui
E agora
BRWMB9701576
© Gege Edições Musicais
Ficha técnica da faixa:
voz e violão – Gilberto Gil
guitarra – Perinho Santana
baixo – Rubens Sabino (Rubão)
cordas – Phonogram
bateria – Paulinho Braga
percussão – Djalma
piano – Cidinho
Outras gravações:
“Carla visita gilberto gil (só chamei porque te amo)”, Carla Visi, MZA 2001
“Gilberto Gil – original album series (cd 4)”, Gilberto Gil, Warner Music 2012
“Gilberto Gil revisitado”, Gilberto Gil, Dubas 2004
“Refavela”, Gilberto Gil, Philips 1977
“A voz de…”, Gilberto Gil, Polygram 1981
“Refavela”, Gilberto Gil, Polysom 2017
“Giluminoso”, Gilberto Gil, Sarapui 1999
“Bom pra k 7”, Gilberto Gil, Warner Music 1996
“2 é demais”, Gilberto Gil, Warner Music 1996
“Vida”, Gilberto Gil, Warner Music 1984
“Os grandes mestres da MPB”, Gilberto Gil, Warner Music 1996
“Refavela”, Gilberto Gil, Warner Music 1994
“Projeto esp.”, Radio Musical FM/SP, Warner Music 1995
“O ‘aqui e agora’ reivindicado pelos místicos: a situação confortável, que deveria ser buscada e atingida pelo homem, de integridade na vivência de cada momento, de cada centímetro de espaço ocupado; o ethos, no sentido mais absoluto e profundo da palavra.
“Aqui e Agora é de uma sensorialidade tanto física quanto álmica, quer dizer, fala de como ver, ouvir, tocar as superfícies do que é sólido e do que é etéreo, denso e sutil; de uma visão voltada para dentro, o farol dos olhos iluminando a visão interior.
“A letra é uma colagem de fragmentos de manifestações mentais não necessariamente associáveis: dissociadas. Como, na estrutura subatômica, a dinâmica das partículas: vagalumes apagando e acendendo em lugares inusitados – estando aqui, e já ali; estando sim, e já não…”
No Norte Da Saudade
Gilberto Gil
Moacyr Albuquerque
Perinho Santana
Logo cedo, pé na estrada
Pra não ter porém
Pra não ter noite passada
Pra não ter ninguém
Atrás
Mais ninguém
Vou pra quem
Vai me ver noutra cidade
No norte da saudade, que eu vou ver
meu bem
Meu bem, meu bem
Vai me ver noutra cidade
No norte da saudade, que eu vou ver
meu bem
Meu bem, meu bem
BRWMB9701871
© Gege Edições Musicais
Ficha técnica da faixa:
voz e violão – Gilberto Gil
guitarra – Perinho Santana
baixo – Rubens Sabino (Rubão)
bateria – Chico Azevedo
percussão – Djalma
piano – Cidinho
coro – Ronaldo Boys
trompete – Marcio Montarroyos
sax-tenor – Nivaldo Ornelas
sax-alto – Mauro Senise
Outras gravações:
“Gilberto Gil – original album series (cd 4)”, Gilberto Gil, Warner Music 2012
“Refavela”, Gilberto Gil, Warner Music 1994
“Nightingale”, Gilberto Gil, Warner Music 2002
“2 é demais”, Gilberto Gil, Warner Music 1996
“Mil milhas” 2000
“Canduras”, Qinho, Marcos Coelho Coutinho 2008
Babá Alapalá
Gilberto Gil
Aganju, Xangô
Alapalá, Alapalá, Alapalá
Xangô, Aganju
O filho perguntou pro pai:
“Onde é que tá o meu avô
O meu avô, onde é que tá?”
O pai perguntou pro avô:
“Onde é que tá meu bisavô
Meu bisavô, onde é que tá?”
Avô perguntou bisavô:
“Onde é que tá tataravô
Tataravô, onde é que tá?”
Tataravô, bisavô, avô
Pai Xangô, Aganju
Viva egum, babá Alapalá!
Aganju, Xangô
Alapalá, Alapalá, Alapalá
Xangô, Aganju
Alapalá, egum, espírito elevado ao céu
Machado alado, asas do anjo Aganju
Alapalá, egum, espírito elevado ao céu
Machado astral, ancestral do metal
Do ferro natural
Do corpo preservado
Embalsamado em bálsamo sagrado
Corpo eterno e nobre de um rei nagô
Xangô
BRWMB9701872
© Gege Edições Musicais
Ficha técnica da faixa:
voz e violão – Gilberto Gil
guitarra – Perinho Santana
baixo – Rubens Sabino (Rubão)
arp string – Cidinho
bateria – Roberto Silva
coro – Lucia
coro – Cesar Sampaio
coro – Gerson Kombo
Outras gravações:
“Dois momentos”, Zezé Motta, Warner Music
“Original album series (cd 4)”, Gilberto Gil, Warner Music 2001
“Historia da MPB”, Gilberto Gil, Abril Cultural 1982
“Bandadois”, Gilberto Gil, Gege Produções Artísticas 2009
“Caixa a conspiração de Gilberto Gil – CD Bandadois”, Gilberto Gil, Gege Produções Artísticas 2010
“Refavela”, Gilberto Gil, Philis 1977
“Soy loco por ti america”, Gilberto Gil, Warner Music 1955
“Nightingale”, Gilberto Gil, Warner Music 2002
“2 é demais”, Gilberto Gil, Warner Music 1996
“Bandadois”, Gilberto Gil, Warner Music
“Refavela”, Gilberto Gil, Warner Music 1994
“La passion sereine”, Gilberto Gil, Works Editores 2005
“Sol”, Gilberto Gil, Warner Music 1984
“Albatroz”, Grupo Equale, AZ 1999
Humberto Effe, EMI-Odeon 1995
“Tecnomacumba”, Rita ribeiro, Biscoito Fino 2006
“Este e o Gil eu gosto”, Zeze Mota, Warner Music 1995
“E collection”, Zeze Motta, Warner Music 2001
“Dois momentos”, Zeze Motta, Warner Music 2000
“Dois gênios – Caetano Veloso e Gilberto Gil”, Zeze Motta, Warner Music 2009
“Zezé Motta”, Zezé Motta, Warner Music 2012
“Dose dupla – cd 2”, Zezé Motta, Warner Music 2011
Sandra
Gilberto Gil
Maria Aparecida, porque apareceu na vida
Maria Sebastiana, porque Deus fez tão bonita
Maria de Lourdes
Porque me pediu uma canção pra ela
Carmensita, porque ela sussurou: “Seja bem-vindo”
(No meu ouvido)
Na primeira noite quando nós chegamos no hospício
E Lair, Lair
Porque quis me ver e foi lá no hospício
Salete fez chafé, que é um chá de café que eu gosto
E naquela semana tomar chafé foi um vício
Andréia na estréia
No segundo dia, meus laços de fita
Cintia, porque, embora choque, rosa é cor bonita
E Ana, porque parece uma cigana da ilha
Dulcina, porque
É santa, é uma santa e me beijou na boca
Azul, porque azul é cor, e cor é feminina
Eu sou tão inseguro porque o muro é muito alto
E pra dar o salto
Me amarro na torre no alto da montanha
Amarradão na torre dá pra ir pro mundo inteiro
E onde quer que eu vá no mundo, vejo a minha torre
É só balançar
Que a corda me leva de volta pra ela:
Oh, Sandra
BRWMB9701874
© Gege Edições / Preta Music (EUA & Canada)
Ficha técnica da faixa:
voz e violão – Gilberto Gil
baixo – Moacyr Albuquerque
violão de aço – Perinho Santana
flauta – Jorginho
flauta – Celso
bateria – Paulinho Braga
percussão – Djalma
piano – Cidinho
coro – Ronaldo Boys
sax-soprano – Mauro Senise
“Em 94, eu estava dando uma entrevista coletiva em Curitiba, quando uma moça entrou e disse: ‘Não se lembra de mim?’ Eu fiquei olhando, olhando, e ela então gritou: ‘Andréia na estréia!’ E eu: ‘Claro!’ Andréia era a menina que eu tinha conhecido, em 76, na passagem do show dos Doces Bárbaros pela cidade (antes de seguirmos para Florianópolis, onde eu fui preso por porte de maconha e posto em tratamento ambulatorial numa clínica, episódio em que a canção é baseada). Tínhamos ficado juntos na ocasião, e ela que me levou a um armarinho para comprar as fitas com que me enlaçou os cabelos trançados. Desde então nunca mais tínhamos nos reencontrado.”
*
“Todas as meninas mencionadas em Sandra foram personagens daqueles dias que eu vivi entre Curitiba e Florianópolis. Maria Aparecida, Maria Sebastiana e Maria de Lourdes me atenderam no hospício durante o internamento imposto pela justiça enquanto eu aguardava o julgamento. A de Lourdes me falava a toda hora: ‘Você vai fazer uma música pra mim, não vai?’ ‘Vou’. Carmensita: essa – foi interessantíssimo -, logo que eu cheguei, ela veio e me disse, baixinho: ‘Seja bem-vindo’. Lair era uma menina de fora, uma fã que foi lá me visitar. Salete era de lá: ‘Meu café é muito ralo’, me falou. ‘É exatamente como eu gosto, chafé’, respondi. Cíntia: também de Curitiba, como Andréia. Quando passamos pela cidade, me levou ao sítio dela uma tarde; foi quem me deu uma boina rosa com a qual eu compareceria ao julgamento mais adiante, em Florianópolis, e com a qual eu apareço no filme Os Doces Bárbaros. Ana: ficou minha amiga até hoje; de Florianópolis. E Dulcina, que era a mais calada, a mais recatada de todas na clínica, a mais mansa – era como uma freira -, foi a única que um dia veio e me deu um beijo na boca.
“Sandra, citada no final da letra, era minha mulher, que preferiu não ir a Florianópolis e com a qual eu associei a idéia do hexagrama da torre, tirado no I Ching, um dos meus livros de cabeceira naquele período: a que tomava conta de tudo; onde eu estivesse, o seu olhar espiritual me acompanharia; seu ente se espraiaria, estendendo-se por todas as mulheres com quem eu convivesse. A ela as mulheres citadas na letra remetiam por representarem o feminino, a minha sustentação naquele momento.
“Mas o que ninguém sabe, e que não se revela de nenhuma maneira na canção – o seu lado oculto -, é que há duas Sandras, a que é mencionada no fim e a do título, que não se refere à Sandra com quem eu era casado, mas a uma menina linda, maravilhosa, também chamada Sandra, que tietava o Caetano em Curitiba, amiga da Andréia – que me tietava.”
Samba Do Avião
Antonio Carlos Jobim
Eparrê
Aroeira beira de mar
Canôa Salve Deus e Tiago e Humaitá
Eta, costão de pedra dos home brabo do mar
Eh, Xangô, vê se me ajuda a chegar
BRWMB9701875
© Jobim Music
Ficha técnica da faixa:
voz e violão – Gilberto Gil
guitarra – Perinho Santana
baixo – Rubens Sabino (Rubão)
flauta – Jorginho
percussão – Geraldo
bateria – Paulinho Braga
piano – Cidinho
trompete – Hamilton
trombone – Jessé
flautim – Meireles
percussão – Eliseu
percussão – Canegal
percussão – Robertinho
sax-tenor – Luis
sax-alto – Emilio
Era Nova
Gilberto Gil
Falam tanto numa nova era
Quase esquecem do eterno é
Só você poder me ouvir agora
Já significa que dá pé
Novo tempo sempre se inaugura
A cada instante que você viver
O que foi já era, e não há era
Por mais nova que possa trazer de volta
O tempo que você perdeu, perdeu, não volta
Embora o mundo, o mundo, dê tanta volta
Embora olhar o mundo cause tanto medo
Ou talvez tanta revolta
A verdade sempre está na hora
Embora você pense que não é
Como seu cabelo cresce agora
Sem que você possa perceber
Os cabelos da eternidade
São mais longos que os tempos de agora
São mais longos que os tempos de outrora
São mais longos que os tempos da era nova
Da nova, nova, nova, nova, nova era
Da era, era, era, era, era nova
Da nova, nova, nova, nova, nova era
Da era, era, era, era, era nova
Que sempre esteve e está pra nascer
Falam tanto
BRWMB9701876
© Gege Edições Musicais
Ficha técnica da faixa:
voz e violão – Gilberto Gil
guitarra – Perinho Santana
baixo – Rubens Sabino (Rubão)
bateria – Paulinho Braga
percussão – Djalma
piano elétrico – Cidinho
coro – Ronaldo Boys
trompete – Hamilton
flauta – Meireles
Outras gravações:
“Patricia Calcado”, Patricia Calcado
“Gilberto Gil – original album series (cd 4)”, Gilberto Gil, Warner Music
“Refavela”, Gilberto Gil, Warner Music 1994
“Dois e demais”, Gilberto Gil, Warner Music 1996
Em Era Nova Gilberto Gil sublinha uma crítica à idéia de sempre se querer decretar a disfunção de certos tempos e prescrever a vigência de outros; de se buscar instalar um novo ciclo histórico, um “novo início”, seja do ponto de vista religioso ou do político, idéia presente tanto no sonho da era de aquário (tematizada mais claramente pela canção) como no sonho revolucionário de esquerda – em todos os messianismos, enfim.
“Querer uma ‘era nova’ ou ‘o fim da história’ [referência à sua música assim intitulada, e que data de 1991] – o começo ou o fim -: duas pontas de um mesmo absurdo”, diz o compositor.
Ainda segundo Gil, Era Nova, no que é para ele o momento-chave da canção, trata da imperceptibilidade da passagem do tempo, mais exatamente “da ambiguidade eternamente presente em nós de termos em relação ao tempo uma percepção e uma não-percepção: a de que ele passa quando pensamos e a de que ele não passa quando não pensamos – isto é: ‘sem que você possa perceber’.”
Balafon
Gilberto Gil
Isso que toca bem, bem
Isso que toca bem, bem
Chama-se balafon
Em cada lugar tem
O nome deve ser outro qualquer
No Camerum
Isso que a gente chama marimba
Tem na África todo mesmo som
Isso que toca bem, bem
Num lugar, não lembro bem
Chama-se balafon
Marim-bajé
Iré-xiré
Balafonjá
Orim-axé
BRWMB9701877
© Gege Edições Musicais
Ficha técnica da faixa:
voz e violão – Gilberto Gil
guitarra – Perinho Santana
baixo – Rubens Sabino (Rubão)
bateria – Paulinho Braga
percussão – Djalma
piano – Cidinho
participação especial – Lucinha Turbull
Outras gravações:
“Robertinho Silva”, Robertinho Silva, Polygram
“Gillberto Gil – original album series (cd 4)”, Gilberto Gil, Warner Music 2012
“2 é de mais”, Gilberto Gil, Warner Music 1996
“Refavela”, Gilberto gil, Warner Music 1994
“Le troubadour du Brésil”, Gilberto Gil, Warner Music 1997
Patuscada de Gandhi
Afoxé Filhos de Ghandi
Onde vai, papai ojô
Vou depressa por aí
Vou fazer minha folia
Com os filhos de Gandhi
A nossa turma
É alinhada
Sai do meu bloco
Pra fazer a patuscada
É mori, moriô, babá
Babá, ô, kiloxê, jocô
BRWMB9701878
© Gege Edições Musicais
Ficha técnica da faixa:
percussão – Perinho Santana
percussão – Rubens Sabino (Rubão)
percussão – Bira da Silva
percussão – Geraldo
percussão – Paulinho Braga
percussão – Djalma
arp string – Cidinho
coro – Pelanca do Kojak
percussão – Eliseu
percussão – Canegal
percussão – Robertinho
Sítio Do Pica Pau Amarelo
Gilberto Gil
Marmelada de banana
Bananada de goiaba
Goiabada de marmelo
Sítio do Pica-Pau-Amarelo
Boneca de pano é gente
Sabugo de milho é gente
O sol nascente é tão belo
Sítio do Pica-Pau-Amarelo
Rios de prata piratas
Vôo sideral na mata
Universo paralelo
Sítio do Pica-Pau-Amarelo
No país da fantasia
Num estado de euforia
Cidade Polichinelo
Sítio do Pica-Pau-Amarelo
BRWMB99800567
© Gege Edições Musicais
Ficha técnica da faixa:
voz e violão – Gilberto Gil
A Gaivota
Gilberto Gil
Gaivota menina
De asas paradas
Voando no sonho
D’aguas da lagoa
Gaivota querida
Voa numa boa
Que o vento segura
Voa numa boa
Gaivota na ilha
Sem noção da milha
Ficou longe a terra
Gaivota menina
Gaivota querida
Voa numa boa
Que o alento segura
Voa numa boa
Gaivota, te amo e gaivotaria sempre em ti
Gaivotar seria poder te eleger para mim
Eu te quero, e se fosse o caso, quereria mais ainda
Ser, eu mesmo, gaivota sobre mim
Sobrevoar meus temores, meus amores
E alcançar o alto, alto, o mais alto dos teus sonhos
Dos teus sonhos de subir
De subir aos ares
Gaivota querida
Gaivota menina
Pousa perto de mim
BRWMB0000905
© Gege Edições Musicais
Ficha técnica da faixa:
voz e violão – Gilberto Gil
Outras gravações:
“Bandido”, Ney Matogrosso, Universal Music 2008
“Original album series (cd 4)”, Gilberto Gil, Warner Music 2012
“O viramundo ao vivo”, Gilberto Gil, Polygram 1998
“Série sem limite – cd 1”, Gilberto Gil, Universal 2001
“E- collection disco 2 “, Gilberto Gil, Warner Music 2000
“Refavela”, Gilberto Gil, Warner Music 2002
“70 anos”, Ney Matogrosso, Warner Music 2015
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