Gil Jorge Ogum Xangô
(1975)1. Meu glorioso São Cristóvão (08:16)
2. Nêga (Photograph blues) (10:34)
Nêga (Photograph blues)
Gilberto Gil
Nega
You spent so blissfully
The last few days with me
Nega
I spent so nicely too
The last few days with you
When I met you, it was so fine
I didn’t talk a lot to you
I only mentioned your smooth hair
You made a speech about shampoo
We took many, many, many photographs
Downtown
As we passed through
Nega
You spent so blissfully
The last few days with me
Nega
I spent so nicely too
The last few days with you
You’ve been going just where I’ve gone
All my people you have seen
I’ve been doing just what you’ve done
Now I can dig your cup of mu tea
We let our moments become, become
What they really had to be
Nega
You spent so blissfully
The last few days with me
Nega
I spent so nicely too
The last few days with you
Develop our photographs
As simple dreams that will come true
Perhaps they will make you laugh
Or make you sure about we two
Develop, baby, our photographs
Perhaps they will make you sure
Perhaps they will show you nothing
Nothing, but a shade of blue
64728340
© Gege Edições Musicais
Ficha técnica da faixa:
voz e violão – Gilberto Gil
voz e violão – Jorge Ben Jor
percussão – Djalma
contrabaixo – Wagner
Outras gravações:
“A arte de Gilberto Gil”, Gilberto Gil, Polygram/Fontana 1985
“Gil e Jorge”, Philips Music 1975
“Serie colecionador”, Gil e Jorge, Universal Music 1998
“Personalidade – vol. 2”, Gilberto Gil, Novodisc Mídia Digital Da Amazônia 2013
“Gilberto Gil 1971”, Gilberto Gil, Polygram Music
“Gilberto Gil”, Polygram Music 1998
“Box Salve Jorge”, Gilberto Gil e Jorge Ben 2009
3. Jurubeba (11:37)
Jurubeba
Gilberto Gil
Juru juru juru juru juru jurubeba
Beba beba beba beba beba beba juru
Jurubeba
Licor licor licor licor licor de jurubeba
Beba chá de juru, beba chá de jurubeba
Oba, bicharada viva, pé de jurubeba
Jurubeba
Canta, passarada linda, flor de jurubeba
Quem procura acha cura, flor de jurubeba
Quem procura acha na raiz de jurubeba
Tudo que é de bom pro figueredo e que se beba
Feito vinho, feito chá
De licor, de infusão
Jurubeba, jurubeba, planta nobre do sertão
64728358
© Gege Edições Musicais
Ficha técnica da faixa:
voz e violão – Gilberto Gil
voz e violão – Jorge Ben Jor
percussão – Djalma
contrabaixo – Wagner
Outras gravações:
“Gil e Jorge”, Gil e Jorge, Universal Music 2002
“Serie colecionador”, Gil e Jorge, Universal Music 1998
“Box Salve Jorge”, Gilberto Gil e Jorge Ben, Universal Music 2009
“Grupo Equale”, Albatroz
“Brasil sons e sabores”, Mariana Aydar, YB Produção De Som E Imagem 2008
“Meu trabalho é frequentemente permeado por uma tendência a se aproximar das idéias do slogan e do jingle, que foi por onde eu comecei basicamente a fazer música: depois de compor algumas canções em casa, eu fui logo trabalhar para uma agência de publicidade de Salvador, fazendo jingles.
“Criei vários: de lojas de tecidos, de sapatos, de bateria de carro. Um deles, o dos calçados Calba, dizia: ‘Parece incrível, mas é flexível/ É o calçado que você sonhou/ É bossa nova exclusiva da Calba/ É bossa nova que a Calba criou.’ Era um sapato tipo Vulcabrás, versão baiana. O das lojas O Cruzeiro finalizava: ‘Nas lojas O Cruzeiro seu dinheiro tem ainda o cartaz/ Nas lojas O Cruzeiro seu cruzeiro vale mais!’
“Um outro, das lojas Milisam: ‘Milisam tem roupa feita para você comprar/ Sem sentir/ Compre de tudo pra vestir/ No crediário popular/ No plano espetacular/ Na sua Milisam’.
“Mais tarde, cheguei a fazer alguns no Rio. Um ano depois do meu primeiro disco, um deles ganhou um concurso aberto pelo Jornal dos Sports, que na época remodelava tipografia, cor, diagramação etc. Fiz também um jingle para os cigarros Hollywood; a canção falava sobre a fumaça como um veículo para os sentimentos e as idéias; como um puxador de emoções.
“A lógica do convencimento, do apelo à sedução, através do ressaltar de traços e elementos constituintes de alguma coisa, típica da linguagem de jingles, é uma característica que de vez em quando aparece nas minhas canções – a tentativa de ir diretamente ao interlecutor, sem intermediações, com ‘um produto’ a oferecer: um pensamento, um sentimento, um valor, uma avaliação, um modo de ver.
“Jurubeba, além de se utilizar da forma, teve mesmo a intenção de ser jingle: foi composta para fazer propaganda da bebida – um composto com vinho que contém boldo e apresenta propriedades medicinais, boa para o aparelho digestivo, e que lembra alguns amaros do Mediterrâneo. Eu gosto muito. Um amigo meu, o Synval da Costa Lima, irmão de Vivaldo da Costa Lima, antropólogo, tinha uma fábrica e costumava me mandar umas caixas de Jurubeba Leão do Norte. É a melhor.”
4. Quem mandou (Pé na estrada) (06:51)
Quem mandou (Pé na estrada)
Jorge Ben Jor
Quem mandou, quem mandou?
Não sei se fico ou se meto o pé na estrada
Quem mandou você brincar de amor comigo, amor?
Te amo
Te gosto, meu amor
Te adoro
Não sei se fico ou se meto o pé na estrada
Que gamação danada
Não sei se fico ou se meto o pé na estrada
Quem man-, quem mandou você bri-, você brincar de amor comigo, amor?
Eu te adoro, oh
Eu te gosto, meu amor, ohhh
Eu te adoro, oh
Não sei se fico ou se meto o pé na estrada
Que gamação danada
Não sei se fico ou se meto o pé na estrada
Eu te amo, eu te amo, eu te amo
Eu te amo, te amo, te amo
Te amo, te amo, te amo, te amo
Te amo, te amo, te amo
Te amo, te amo, te amo
Te amo, te amo, te
Amor, amor, amor
Amor, amor, amor
Amor, amor, amor
Amor, amor, amor
Quem mandou brincar de amor comigo, amooooooor
64728331
© Warner/Chappell Edições Musicais LTDA.
Ficha técnica da faixa:
voz e violão – Gilberto Gil
voz e violão – Jorge Ben Jor
percussão – Djalma
contrabaixo – Wagner
5. Taj Mahal (14:42)
Taj Mahal
Jorge Ben Jor
História de amor
Que me contaram
E agora eu vou contar
Do amor do príncipe
Shah-Jehan pela princesa
Mumtaz Mahal
Do amor do príncipe
Shah-Jehan pela princesa
Nil Mahal…
Tê Tê, Têtêretê
Tê Tê, Têtêretê
Tê Tê
Taj Mahal
Taj Mahal
Taj Mahal
Tê Tê, Têtêretê
Tê Tê, Têtêretê
Tê Tê…
Taj Mahal
Taj Mahal
Taj Mahal
Tê Tê, Têtêretê
Tê Tê, Têtêretê
Tê Tê, Têtêretê
Tê Tê
Tê Tê
História de amor
Que me contaram
E agora eu vou contar
Do amor do príncipe
Shah-Jehan pela princesa
Mumtaz Mahal
Do amor do príncipe
Shah-Jehan pela princesa
Mumtaz Mahal…
Tê Tê, Têtêretê
Tê Tê, Têtêretê
Tê Tê
Tê Tê, Têtêretê
Tê Tê, Têtêretê
Tê Tê, Têtêretê
Tê Tê…(2x)
Tê Tê, Têtêretê
Tê Tê, Têtêretê
Tê Tê…
Tê Tê, Têtêretê
Tê Tê, Têtêretê
Tê Tê, Têtêretê
Tê Tê…(3x)
Tê Tê, Têtêretê
Tê Tê, Têtêretê
Tê Tê…
64981100
© Musisom Editora Musical LTDA.
Ficha técnica da faixa:
voz e violão – Gilberto Gil
voz e violão – Jorge Ben Jor
percussão – Djalma
contrabaixo – Wagner
6. Morre o burro fica o homem (06:03)
Morre o burro fica o homem
Jorge Ben Jor
Há há há há
Arranje outra, meu rapaz
Se ele disser que não volta mais
Há há há há
Arranje outra, meu rapaz
Quem não vive de amor
Olha as margaridas na janela
Você querendo também pode conquistar uma delas
É a tristeza que some
Arranje outra, meu rapaz
Se ele disser que não volta mais
Arranje outra, meu rapaz
Quem não vive de amor
Olha as margaridas na janela
Você querendo também pode conquistar uma delas
É a tristeza que some
Tá tá tá rá
Tá tá tá rá
Tá tá tá rá
Tá tá tá rá
Arranje outra, meu rapaz
Se ele disser que não volta mais
Arranje outra, meu rapaz
Quem não vive de amor
Olha as margaridas na janela
Você querendo também pode conquistar uma delas
É a tristeza que some
Tá tá tá rá
Tá tá tá rá
Tá tá tá rá
Tá tá tá rá
Arranje outra, meu rapaz
Arranje outra, meu rapaz
Arranje outra, meu rapaz
Tá tá tá rá
Tá tá tá rá
Tá tá tá rá
Tá tá tá rá
Arranje outra, meu rapaz
Se ele disser que não volta mais
Arranje outra, meu rapaz
Quem não vive de amor
Olha as margaridas na janela
Você querendo também pode conquistar uma delas
É a tristeza que some
Tá tá tá rá
Tá tá tá rá
Tá tá tá rá
Tá tá tá rá
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© Musisom Editora Musical LTDA.
Ficha técnica da faixa:
voz e violão – Gilberto Gil
voz e violão – Jorge Ben Jor
percussão – Djalma
contrabaixo – Wagner
7. Essa é pra tocar no rádio (06:19)
Essa é pra tocar no rádio
Gilberto Gil
Essa é pra tocar no rádio
Essa é pra tocar no rádio
Essa é pra vencer o tédio
Quando pintar
Essa é um santo remédio
Pro mau humor
Essa é pro chofer de táxi
Não cochilar
Essa é pro querido ouvinte
Do interior
Essa é pra tocar no rádio
Essa é pra tocar no rádio
Essa é pra sair de casa
Pra trabalhar
Essa é pro rapaz da loja
Transar melhor
Essa é pra depois do almoço
Moço do bar
Essa é pra moça dengosa
Fazer amor
Essa é pra tocar no rádio
Essa é pra tocar no rádio
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© Gege Edições Musicais
Ficha técnica da faixa:
voz e violão – Gilberto Gil
voz e violão – Jorge Ben Jor
percussão – Djalma
contrabaixo – Wagner
Outras gravações:
“Máquina de escrever música”, Moreno + 2, RockIT
“Vange Milliet”, Vange Milliet, Dabliu
“Cada tempo em seu lugar”, Cacala Carvalho e João Braga, Lugar Mills Records 2012
“Serie colecionador”, Gil e jorge, Universal Music 1998
“Gil + 10”, Gilberto Gil, Som Livre 2011
“O bloco da mocidade”, Gilberto Gil, Philips 1981
“Umeboshi – ao vivo, 1973”, Gilberto Gil, Discobertas 2017
“Refazenda”, Gilberto Gil, Warner Music 1994
“Gilberto Gil – original album series (cd 3)”, Gilberto Gil, Warner Music 2012
“Gil + 10”, Gilberto Gil & Lenine, Som Livre 2011
“Box salve jorge”, Gilberto Gil e Jorge Ben, Universal Music 2009
Vange Milliet, Dabliu/Eldorado 1998
8. Filhos de Gandhi (13:03)
Filhos de Gandhi
Gilberto Gil
Omolu, Ogum, Oxum, Oxumaré
Todo o pessoal
Manda descer pra ver
Filhos de Gandhi
Iansã, Iemanjá, chama Xangô
Oxossi também
Manda descer pra ver
Filhos de Gandhi
Mercador, Cavaleiro de Bagdá
Oh, Filhos de Obá
Manda descer pra ver
Filhos de Gandhi
Senhor do Bonfim, faz um favor pra mim
Chama o pessoal
Manda descer pra ver
Filhos de Gandhi
Oh, meu Deus do céu, na terra é carnaval
Chama o pessoal
Manda descer pra ver
Filhos de Gandhi
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© Gege Edições Musicais
Ficha técnica da faixa:
voz e violão – Gilberto Gil
voz e violão – Jorge Ben Jor
percussão – Djalma
contrabaixo – Wagner
Outras gravações:
“Salvador negro amor”, Jauperi e Filhos de Gandhi, Maianga
“Drama – Luz da noite”, Maria Bethânia, Philips
“Quarteto em CY”, Quarteto em CY, Universal Music
“Negrolume”, Wagner Cosse, Tratore
“Dois amigos, um século de música”, Caetano Veloso & Gilberto Gil, Sony Music 2015
“Serie colecionador”, Gil e Jorge, Universal Music 1998
“Grandes mestres da MPB 2”, Gilberto Gil, Warner Music, Gilberto Gil 1977
“Coisas de jorge”, Gilberto Gil, EMI Music 2007
“Em concerto”, Gilberto Gil, Geleia Geral 1987
“Mantas filhos de Gandhi”, Gilberto Gil, Maria Lucia De Paiva
“20 Obras primas”, Gilberto Gil, Polygram Music 1996
“O viramundo ao vivo”, Gilberto Gil, Polygram Music 1998
“Gilberto Gil ao vivo – USP (1973)”, Gilberto Gil, Discobertas 2017
“Série gold”, Gilberto Gil, Universal Music 2002
“Serie melhor de dois”, Gilberto Gil, Universal Music 2000
“Sound+vision- phono 73”, Gilberto Gil, Universal Music 2005
“Dance of the orixás – pure Brazil II”, Gilberto Gil, Universal Music 2005
“Serie sem limite cd 1”, Gilberto Gil, Universal Music 2001
“Mestres da MPB”, Gilberto Gil, Warner Music 1992
“Eletracústico”, Gilberto Gil, Warner Music 2004
“Em concerto”, Gilberto Gil, Warner Music 2002
“La passion sereine”, Gilberto Gil, Works Editores 2005
“Sound + vision – phono 73”, Gilberto Gil e Jorge Ben, Universal Music 2005
“Box salve jorge”, Gilberto Gil e Jorge Ben, Universal Music 2009
“20 grandes sucessos de Gilberto Gil”, Gilberto Gil e Jorge Ben, Polygram Music 1998
“Salvador negro amor”, Gilberto Gil, Maianga 2006
“Drama – luz da noite”, Philips 1973
“Quarteto em CY – 40 anos”, Quarteto em CY, Universal Music 2004
“Sem limite III – cd 1”, Quarteto em CY, Universal Music 2001
“Resistindo”, Quarteto em CY, Universal Music 2017
“Movimento afropopbrasileiro vol. I”, Tatau e componentes do Gandhi, Estrela do mar 2007
“Trio Quintana ao vivo puro”, Trio Quintana , Gabriel J.M.Schwartz 2001
“Baracão cultural”, Urbanda 2003
“Ivete”, Wado, Tratore distribuição de CD 2008
“Negrolume”, Wagner Cosse, Tratore Distribuição de CD ‘S 2008
“Chegado de Londres, em 72, eu fui passar o carnaval na Bahia, e encontrei o Afoxé Filhos de Gandhi sem massa humana na avenida, reduzido a apenas uns quarenta ou cinquenta na Praça da Sé. O bloco, tão vivo na minha memória, tinha sido um dos grandes emblemas da minha infância e era o mais antigo da cidade. Começou a sair em 49, quando eu tinha sete anos; os integrantes passavam pela porta de casa no bairro de Santo Antonio, todos de branco, com turbantes e lençóis, palhas de alho trançadas e fita na cabeça, e com um toque que era diferente do samba, da marcha, do frevo, dando uma sensação de espaço sagrado (depois viemos a saber que o afoxé era mesmo um toque religioso do candomblé). Eu tinha veneração pelo Gandhi, e ao revê-lo numa situação de indigência, me deu uma dor seguida de um arroubo de filialidade, de amor de filho, arrimo de família; resolvi dar uma força. A primeira coisa que fiz foi me inscrever no bloco – para ‘engrossar o caldo’. Depois fiz a música, e continuei saindo – saí treze anos seguidos. As fileiras foram aumentando, e o Gandhi se recuperando. Os jovens ficaram entusiasmados com minha presença, e os velhos se sentiram mais estimulados a trabalhar; enfim, foi um estímulo geral.”
*
Mercador de Bagdá, Cavaleiro de Bagdá, Filhos de Obá: outros blocos de afoxé citados na letra.