BandaDois
(2009)1. Esotérico (04:54)
Esotérico
Gilberto Gil
Não adianta nem me abandonar
Porque mistério sempre há de pintar por aí
Pessoas até muito mais vão lhe amar
Até muito mais difíceis que eu pra você
Que eu, que dois, que dez, que dez milhões
Todos iguais
Até que nem tanto esotérico assim
Se eu sou algo incompreensível
Meu Deus é mais
Mistério sempre há de pintar por aí
Não adianta nem me abandonar
Nem ficar tão apaixonada, que nada!
Que não sabe nadar
Que morre afogada por mim
BR GPG 09 00049
© Gege Edições Musicais
Ficha técnica da faixa:
voz e violão – Gilberto Gil
Outras gravações:
“Gal”, Gal Costa, Polygram
“Songbook Gilberto Gil”, Kid Abelha, Lumiar
“Pura filosofia”, Maria Bethânia e Gal Costa, Som Livre
“Luau”, Rafael Greyck, Albatroz
“Alexandra Scotti canta Gal Costa”, Alexandra Scotti, Alexandra Scotti 2015
“Serie sem limite cd 2”, Bethania, Gal, Caetano, Gil , Universal Music 2001
“Dois amigos, um século de música”, Caetano Veloso & Gilberto Gil , Sony Music 2015
“Doces bárbaros “, Caetano Veloso, Gal Costa, Gilberto Gil e Maria Bethânia, Universal Music 1976
“MPB – os melhores da MPB”, Doces Bárbaros, Som Livre 2011
“Gal “, Gal Costa, Polygram 1994
“Gal Costa 40 anos”, Universal Music 2005
“Caetano Veloso e Gal costa – domingo – jewel case, Gal Costa, Maria Bethânia, Gilberto Gil e Caetano Veloso, Universal Music 2010
“Bandadois”, Gilberto Gil, Gege Produções Artísticas 2009
“Caixa a conspiração de Gilberto Gil – CD Bandadois”, Gilberto Gil 2010
“A gente precisa ver o luar”, Gilberto Gil, Lumiar 1990
“Luar”, Gilberto Gil, Polygram 1998
“Serie melhor de dois”, Gilberto Gil, Universal Music 2000
“Um banda um”, Gilberto Gil, Warner Music
“Acoustic”, Gilberto Gil, Warner Music 2002
“Gilberto Gil no palco – nova série”, Gilberto Gil, Warner Music 2007
“E-collection disco 1”, Gilberto Gil, Warner Music 2000
“Acustico”, Gilberto Gil, Warner Music 2001
“Vida”, Gilberto Gil, Warner Music 1984
“Unplugged”, Gilberto Gil, Warner Music 2002
“Projeto especial MPB – O Boticario”, Gilberto Gil, Warner Music 2001
“Le troubadour du Brésil”, Gilberto Gil, Warner Music 1997
“20 grandes sucessos de Gilberto Gil”, Gilberto Gil, Caetano, Gal, Bethania, Polygram Music 1998
“Barato total – elas cantam Gilberto Gil”, KID Abelha, Som Livre 2008
“Songbook Gilberto Gil 2”, Kid Abelha, Lumiar 1992
“Warner 30 anos”, Kid Abelha, Warner Music 2006
“Para Gil e Caetano”, Margareth Menezes, Canal Brazil 2014
“Millennium”, Maria Bethânia com Gal, Caetano e Gil, Universal Music 2004
“Pura filosofia”, Maria Bethania e Gal Costa, Som livre 2000
“Maria Bethânia – raridades anos 60 e 70”, Maria Bethânia e Gal Costa, Universal Music 2011
“Outros bárbaros”, Maria Bethânia, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Gal Costa, Biscoito Fino 2003
“Doces Barbaros 2 – caixa Caetano Veloso”, Maria Bethânia, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Gal Costa, Universal Music 1999
“Orlando Moraes – 07 vidas – caras”, Orlando Moraes 2012
“A vida da gente”, Paula Toller, Som Livre 2011
“Luau”, Rafael Greick, Bossa58 2006
“CD Roberta Brasil”, Roberta Brasil, Roberta brasileiro Henriques 2013
“Piano bar (nacional cd 2)”, Rodrigo Braga, Música fabril estúdios 2011
“Pra que servem os cataventos”, Vício primavera, Michel Nogueira Alves Da Silva 2011
“Uma tentativa de transpor a idéia do mistério divino, místico-religioso, para o campo do amor terreno; de desmistificar e humanizar a categorização do
2. A linha e o linho (06:07)
A linha e o linho
Gilberto Gil
É a sua vida que eu quero bordar na minha
Como se eu fosse o pano e você fosse a linha
E a agulha do real nas mãos da fantasia
Fosse bordando, ponto a ponto, nosso dia-a-dia
E fosse aparecendo aos poucos nosso amor
Os nossos sentimentos loucos, nosso amor
O ziguezague do tormento, as cores da alegria
A curva generosa da compreensão
Formando a pétala da rosa da paixão
A sua vida, o meu caminho, nosso amor
Você a linha, e eu o linho, nosso amor
Nossa colcha de cama, nossa toalha de mesa
Reproduzidos no bordado a casa, a estrada, a correnteza
O sol, a ave, a árvore, o ninho da beleza
BR GPG 09 00050
© Gege Edições Musicais
Ficha técnica da faixa:
voz e violão – Gilberto Gil
Outras gravações:
“Songbook Gilberto Gil 1”, Gal Costa e Marco Pereira, Lumiar Discos 1992
“O amor de uns tempos pra cá”, Andrea Dutra e Marcus Nabuco, Saladesom 2007
“Zé Maurício”, Zé Maurício 2008
“Diogo Poças”, Diogo Poças, Warner Music 2009
“Meu amanhã, Carla Bezerra, Carla Ribeiro Amorim Bezerra 2014
“Tributo MPB”, Gal Costa, Som livre 2013
“Luar”, Gilberto Gil 1998
“Bandadois”, Gilberto Gil, Gege Produções 2009
“Acústico”, Gilberto Gil, Warner Music 2001
“Extra”, Gilberto Gil, Warner Music 1983
“Eletracústico”, Gilberto Gil, Warner Music 2004
“Bandadois”, Gilberto Gil, Warner Music 2009
“Unplugged”, Gilberto Gil, Warner Music 1994
“Gil + 10”, Gilberto Gil & Lenine, Pedra da Gavea 2011
“Ivete, Gil e Caetano”, Universal Music 2011
“Com o som no coração”, Joana D`arc Menegaz 2014
“Nascente musica”, Margareth Reali 1998
“Amor até o fim”, Mauro Senise, Alma brasileira 2016
”Taís Nader”, Taís Nader 2012
“Zé Mauricio”, Zé Maurício, Goinva 2008
“Na vida a dois, a pessoalização do amor; o êxtase pré-samádico; nas gradações religiosas, um estágio no qual, ainda em corpo, tem-se a dimensão divina; um ponto onde humano e sobre-humano superpõem-se.
“Nós estávamos em Paris, no Hotel Meurice, onde Hitler havia feito o seu quartel-general quando da Ocupação, e onde também saiu Extra na mesma ocasião. Flora tinha acabado de adormecer; ainda a acariciei um pouco e já estava entrando num estado de torpor quase sonho, quando me chegaram as primeiras frases. Havia a maciez da pele dela, a do tecido do lençol e os bordados na colcha – todos os elementos; minha sensação era de leveza, paixão e afeto. Aquelas palavras ficaram como que boiando num éter, e eu já tinha me deitado, mas resolvi me levantar e completar a letra toda. No final ainda me lembrei da minha mãe e da minha avó bordando nos panos os motivos que eu cito. Dias depois fiz a música.
“Recentemente, eu recebi de uma família de bordadeiras, mãe e filhas, de Três Marias, interior de Minas, um lenço bordado junto com uma carta de agradecimento pela canção. No lenço, a inscrição ‘A Linha e o Linho’. Para mim foi instigante o fato de, nesses dois substantivos, apenas o o e o a finais os diferenciarem, determinando também a diferença dos sexos. E propiciando que um momento tocante, especial, se transformasse em poesia, como num lance de ilusionismo, prestidigitação.”
3. Superhomem, a canção (04:29)
Superhomem, a canção
Gilberto Gil
Um dia
Vivi a ilusão de que ser homem bastaria
Que o mundo masculino tudo me daria
Do que eu quisesse ter
Que nada
Minha porção mulher, que até então se resguardara
É a porção melhor que trago em mim agora
É que me faz viver
Quem dera
Pudesse todo homem compreender, oh, mãe, quem dera
Ser o verão o apogeu da primavera
E só por ela ser
Quem sabe
O Superhomem venha nos restituir a glória
Mudando como um deus o curso da história
Por causa da mulher
BR GPG 09 00051
© Gege Edições Musicais
Ficha técnica da faixa:
voz e violão – Gilberto Gil
violão – Bem Gil
“Eu estava de passagem pelo Rio, indo para os Estados Unidos fazer a excursão do lançamento do Nightingale – um disco gravado lá, com produção do Sérgio Mendes -, em março e abril de 79, e gravar o disco Realce, ao final da excursão. Na ocasião eu estava morando na Bahia e não tinha casa no Rio, por isso estava hospedado na casa do Caetano. Como eu tinha que viajar logo cedo, na véspera da viagem eu me recolhi num quarto por volta de uma hora da manhã.
“De repente eu ouvi uma zuada: era Caetano chegando da rua, falando muito, entusiasmado. Tinha assistido o filme Superhomem. Falava na sala com as pessoas, entre elas a Dedé [Dedé Veloso, mulher de Caetano à época]; eu fiquei curioso e me juntei ao grupo. Caetano estava empolgado com aquele momento lindo do filme, em que a namorada do Superhomem morre no acidente de trem e ele volta o movimento de rotação da Terra para poder voltar o tempo para salvar a namorada. Com aquela capacidade extraordinária do Caetano de narrar um filme com todos os detalhes, você vê melhor o filme ouvindo a narrativa dele do que vendo o filme… Então eu vi o filme. Conversa vai, conversa vem, fomos dormir.
“Mas eu não dormi. Estava impregnado da imagem do Superhomem fazendo a Terra voltar por causa da mulher. Com essa idéia fixa na cabeça, levantei, acendi a luz, peguei o violão, o caderno, e comecei. Uma hora depois a canção estava lá, completa. No dia seguinte a mostrei ao Caetano; ele ficou contente: ‘Que linda!’ E eu viajei para os Estados Unidos. Fiz a excursão toda e, só quando cheguei a Los Angeles, um mês e tanto depois, para gravar o disco, foi que eu vi o filme. Durante a gravação, uma amiga americana, Olenka Wallac, que morava em Los Angeles na ocasião, me levou para ver.
“A canção foi feita portanto com base na narrativa do Caetano. Como era Superhomem – O Filme, ficou Superhomem – a Canção; não tinha certeza se ia manter esse título ao publicá-la, mas mantive.”
Das relações entre o poema e a melodia no processo de composição – “Como Retiros Espirituais, Superhomem – a Canção é uma das poucas que eu fiz assim: música e letra ao mesmo tempo. É uma canção a serviço de uma letra, atrás de um sopro da poesia, mas com os versos também se submetendo a uma necessidade de respiração da canção. Há momentos em que a extensão do verso determina o estender-se da frase musical. Em outros, para se dar determinadas pausas e realizar o conceito de simetria e elegância, a extensão da frase poética se adequa à do fraseado melódico.
“Assim, depois de ‘Um dia’, há o corte e, lá adiante, ‘Que nada’, depois ‘Quem dera’ e depois ‘Quem sabe’ já surgem condicionados pelo ‘Um dia’ do início. A frase musical de ‘Um dia’ condicionou a extensão, o corte e a escolha dessas interjeições – ‘Que nada’, ‘Quem dera’ e ‘Quem sabe’. (Mesmo no primeiro caso – ‘Um dia’ -, também se reinvindica ali um sentido de interjeição; embora na construção da frase, do ponto de vista gramatical, possa não ser considerado assim, do ponto de vista do canto, é.)”
Questões de métrica e simetria; e de mnemônica – “A música tem uma cadência descansada, escorrida, e umas quebras interessantes. A melodia muda, a métrica é regular (as notas se alteram, mas os tempos são iguais). Você tem quatro estrofes com versos de 2, 14, 12 e 6 sílabas cada – assimétricas na distribuição interna, mas simétricas nas configurações finais. [A estrofe de abertura é ligeiramente diferente: o terceiro verso também apresenta 14
4. Saudade da Bahia (03:57)
5. Chiclete com banana (03:43)
6. Das duas, uma (03:43)
Das duas, uma
Gilberto Gil
Das duas, uma
Ou será pluma
Ou será pedra e pesará
Se forem hábeis e sábios e sãos
Serão amáveis e tempo terão
Pra fazer da vida a dois
Dois chumaços de algodão
E os frágeis cristais
Das aventuras
Encontrarão proteção e, quem sabe, quebrarão jamais.
Se porventura
A vida dura
Lhes for madrasta e voraz
Sejam capazes, audazes e bons
Façam das pazes noturnos bombons
E os percalços naturais
Farão parte da canção
Serão tropeços
E recomeços
Um a cada vez, cada mês
E vocês se acostumarão
BR GPG 09 00054
© Gege Edições Musicais
Ficha técnica da faixa:
voz e violão – Gilberto Gil
violão – Bem Gil
Outras gravações:
“Bandadois”, Gilberto Gil, Gege Produções Artísticas 2009
“Caixa a conspiração de Gilberto Gil – CD Bandadois”, Gilberto Gil, Gege Produções Artísticas 2010
“Concerto de cordas e máquinas de ritmo”, Gilberto Gil, Biscoito Fino 2012
7. Quatro coisas (03:27)
Quatro coisas
Gilberto Gil
Vou lhe dizer
Quatro coisas essenciais
A primeira é que o nosso amor
Não irá terminar jamais
A outra é
Que a memória de amor igual
É possível que esteja até
Na história de outro casal
Número três
Mesmo que exista por aí
Outra história de amor assim
Não sera como foi pra nós
A quarta então
Tranquilize seu coração
Nosso amor virou pedra e não
Temos força pra quebrar não
BR GPG 09 00055
© Gege Edições Musicais
Ficha técnica da faixa:
voz e violão – Gilberto Gil
violão – Bem Gil
8. Amor até o fim (04:50)
Amor até o fim
Gilberto Gil
Amor não tem que se acabar
Eu quero e sei que vou ficar
Até o fim eu vou te amar
Até que a vida em mim resolva se apagar
O amor é como a rosa no jardim
A gente cuida, a gente olha
A gente deixa o sol bater
Pra crescer, pra crescer
A rosa do amor tem sempre que crescer
A rosa do amor não vai despetalar
Pra quem cuida bem da rosa
Pra quem sabe cultivar
Amor não tem que se acabar
Até o fim da minha vida eu vou te amar
Eu sei que o amor não tem que se apagar
Até o fim da minha vida eu vou te amar
BR GPG 09 00056
© Gege Edições Musicais
Ficha técnica da faixa:
voz e violão – Gilberto Gil
pandeiro – Bem Gil
voz – Maria Rita
Outras gravações:
“Quem é de sambar”, Arranco de Varsóvia, DUBAS
“Estrada”, Bete Galligaris, Geléia Geral
“Páginas do mar”, Daniela Mercury, BMG
“Dominguinhos”, Dominguinhos, RCA
“Elis”, Elis Regina, Philips
“Elis Regina em Montreux”, Elis Regina, Warner Music
“Jair Rodrigues e Elis Regina”, Jair Rodrigues, Philips
“Passaporte”, Os Cariocas, Universal Music
“Azul”, Rosa Passos, Veleiro
“Wanda Sá e Bossa Três”, Wanda Sá e Bossa Três, Deck Discos
“Alexandre pires – DNA musical”, Alexandre Pires, Som Livre
“De Varsóvia”, Arranco, Dubas 2001
“Nua voz-Credicard”, Daniela Mercury, Paginas do mar 2004
“Acústico”, Daniela Mercury, Páginas Do Mar 2005
“Casa arrumada”, Deborah Vasconcellos, 2013
“Elis por eles”, Diogo Nogueira, PPR produções artísticas 2012
“DZI Croquetes”, Elis Regina, Canal Brasil 2009
“Elis Regina revisitada”, Elis Regina, Dubas 2004
“Tropique samba lounge”, Elis Regina, Dubas 2003
“Máximo de sucessos n 13”, Elis Regina, Fontana 1975
“Elis”, Elis Regina, Philips 1974
“A música de Gilberto Gil”, Elis Regina, Universal Music 2003
“Amoraté o fim universal”, Elis Regina, Universal 2004
“Reader – sambas e outras bossas”, Elis Regina, Universal Music 2001
“Samba, jazz & bossa – cd 2”, Elis Regina, Universal Music 2006
“Gilberto gil-2 lados”, Elis Regina, Universal Music 2010
“Elis anos 70-caixa 1 e 2”, Elis Regina, Universal Music 2012
“No céu da vibração – cd 1”, Elis regina, Universal Music 2011
“13th Montreux Jazz festival – dose dupla – cd 1”, Elis Regina, Warner Music 2011
“Montreux jazz festival”, Elis Regina, Warner Music 2011
“Minha historia”, Elis Regina, Philips 1979
“Os sonhos mais lindos”, Elis Regina, Universal Music 2000
“Personalidades”, Elis Regina, Polygram
Elis Regina e Jair Rodrigues, Abril
“Elis Regina revisitada”, Elis Regina, Dubas 2005
“Songbook Gilberto Gil – vol 1”, Emílio Santiago, Lumiar Discos 2015
“Fernanda Guedes De Oliveira Carneiro”, Fernanda Guedes 2007
“Fernando Lauria”, Fernando José Lauria De Paula 2013
“O melhor do samba social clube ao vivo”, Gilberto Gil, Emi Music Brasil 2011
“Samba social clube”, Gilberto Gil, Emi Music Brasil 2008
“Caixa a conspiração de Gilberto Gil – cd Bandadois”, Gilberto Gil, Gege Pproduções Artísticas 2010
“O bloco da Mocidade”, Gilberto Gil e Elis Regina, Philips 1981
“Brasilidade geral e Bob Mintzer live”, Grupo instrumental brasilidade geral, Luiz Renato da Silva Rocha 2014
“Solo”, Henrique Lissovsky, L.pe Produções Musicais 2012
“Ivete, Gil e Caetano”, Ivete Sangalo, Gilberto Gil e Caetano Veloso, Universal Music 2012
Jair Rodrigues e Elis Regina, Philips
“Ave rara”, Kátia Rocha, Tratore Distribuição de cd ‘s 2011
“Contramão”, Mário Eugênio, Tratore Distribuição de cd ‘s 2010
9. Lamento sertanejo (04:40)
Lamento sertanejo
Gilberto Gil
Dominguinhos
Por ser de lá do sertão
Lá do cerrado
Lá do interior, do mato
Da caatinga, do roçado
Eu quase não saio
Eu quase não tenho amigo
Eu quase que não consigo
Ficar na cidade sem viver contrariado
Por ser de lá
Na certa, por isso mesmo
Não gosto de cama mole
Não sei comer sem torresmo
Eu quase não falo
Eu quase não sei de nada
Sou como rês desgarrada
Nessa multidão boiada
Caminhando a esmo
BR GPG 09 00057
© Gege Edições Musicais / © Guilherme Araújo Produções Artísticas LTDA. (adm. por Warner/Chappell Edições Musicais LTDA.)
Ficha técnica da faixa:
voz e violão – Gilberto Gil
Outras gravações:
“Um barzinho, um violão”, Alcione, Universal Music
“A voz do bandolim”, Armandinho, Vison
“MPB collection – Gilberto Gil”, Arthur Moreira Lima, Sony Music
“Banda Moxoto”, Banda Moxoto, Playarte
“Samba de gringo”, Bina e Ehud, Comercial Urban
“Um chorinho diferente”, Chorões da Paulicéia, Atração
“Um lugar”, Christina Guedes
“Songbook Gilberto Gil”, Djavan, Lumiar
“Banquete dos mendigos”, Dominguinhos, Biscoito Fino
“A arte de Dominguinhos”, Dominguinhos, Universal Music
“Dominguinhos”, Dominguinhos, Velas
“Baião de Dois”, Elba Ramalho e Dominguinhos, BMG
“Todos domingos”, Flávia Bittencourt
“Viola nordestina”, Heraldo do Monte, Kuarup
“Ito Moreno”, Ito Moreno, Veleiro
“Viola Urbana”, João Araújo, Tratore
“Assanhado”, Madeira de Vento, Centro Popular de Cultura
“Reparo na cancão”, Madrigal em casa
“Clássicos do forró”, Marcos de Olinda, CID
“Sanfona brasileira”, Marcos Faria, Atração
“Imitação da vida”, Maria Bethânia, EMI
“50 anos de forró”, Marinês e sua gente, BMG
“Na Lapa”, Nicolas Krassik, ROB Discos
“Peba na pimenta”, Quinteto violado, Fundação Quinteto Violado
“Viva Dominguinhos”, Sandro Haick e Luciano Magno
“Feijoada Completa”, Tira Poeira, Biscoito Fino
“MPB Forró”, Toninho Ferragutti, MCD
“Nação nordestina”, Zé Ramalho, BMG
“Zé Ramalho ao vivo”, Zé Ramalho, BMG
10. O rouxinol (04:07)
O rouxinol
Gilberto Gil
Jorge Mautner
Joguei no céu o meu anzol
Pra pescar o sol
Mas tudo que eu pesquei
Foi um rouxinol
Foi um rouxinol
Levei-o para casa
Tratei da sua asa
Ele ficou bom
Fez até um som
Ling, ling, leng
Ling, ling, leng, ling
Cantando um rock com um toque diferente
Dizendo que era um rock do oriente pra mim
Cantando um rock com um toque diferente
Dizendo que era um rock do oriente pra mim
Depois foi embora
Na boca da aurora
Pássaro de seda
Com cheiro de jasmim
Cheiro de jasmim
BR GPG 09 00058
© Gege Edições Musicais / © Guilherme Araújo Produções Artísticas LTDA. (adm. por Warner/Chappell Edições Musicais LTDA.)
Ficha técnica da faixa:
voz e violão – Gilberto Gil
violão – Bem Gil
Outras gravações:
“Cada tempo em seu lugar”, Cacala Carvalho e João Braga, Mills Records 2012
Thomas Larson, Projeto Angudadá 2014
“Millennium”, Céu da boca, Universal Music 2006
“Barato total”, Céu Da Boca, Universal Music 2004
“A arte de céu da boca”, Céu Da Boca, Gege Produções Artísticas 2006
“Caixa a conspiração de Gilberto Gil – CD bandadois”, Gilberto Gil, Gege Produções Artísticas 2010
“Refazenda”, Gilberto Gil, Philips 1975
“Que besteira”, Gilberto Gil, Polygram Music 1998
“Sol”, Gilberto Gil, Warner Music 1984
“O poeta e o esfomeado”, Gilberto Gil e Jorge Mautner, Discobertas 2014
“T.S. documentário Jorge Mautner – O Filho Do Holocausto”, Jorge Mautner, Canal Brasil
“Jorge Mautner 40 anos”, Vania Bastos, Dabliu 1999
“Eldorado”, Vânia Bastos 1996
“Tocar na banda”, Vania Bastos, Dabliu 2007
11. Refazenda (02:08)
Refazenda
Gilberto Gil
Abacateiro
Acataremos teu ato
Nós também somos do mato
Como o pato e o leão
Aguardaremos
Brincaremos no regato
Até que nos tragam frutos
Teu amor, teu coração
Abacateiro
Teu recolhimento é justamente
O significado
Da palavra temporão
Enquanto o tempo
Não trouxer teu abacate
Amanhecerá tomate
E anoitecerá mamão
Abacateiro
Sabes ao que estou me referindo
Porque todo tamarindo tem
O seu agosto azedo
Cedo, antes que o janeiro
Doce manga venha ser também
Abacateiro
Serás meu parceiro solitário
Nesse itinerário
Da leveza pelo ar
Abacateiro
Saiba que na refazenda
Tu me ensina a fazer renda
Que eu te ensino a namorar
Refazendo tudo
Refazenda
Refazenda toda
Guariroba
© Gege Edições Musicais
Ficha técnica da faixa:
voz e violão – Gilberto Gil
violão – Bem Gil
“Refazenda resultou de uma justaposição de nonsenses. Começou com um brainstorm com sons: fui aleatoriamente escolhendo palavras que rimassem e cheguei a um embrião interessante – um desses troncos de árvores tronchas sobre os quais o cinzel dos artistas populares vai trabalhar para fazer esculturas loucas, à la Antonio Conselheiro, do Mario Cravo, nascida de um tronco com dois galhos de braços abertos. O esboço era maior e muito mais absurdo: não tinha sentido nenhum! Aos poucos fui criando sentidos parciais a certas frases, até desejar um sentido geral para todas.
“Os versos foram feitos antes da música, obedecendo a um ritmo que eu tinha na cabeça. Para o primeiro, escolhi o alexandrino, um dos preferenciais do cantador nordestino, pois queria a priori uma canção com esse direcionamento country.”
“Abacateiro, acataremos teu ato” – “Na época pensaram que eu me referia à ditadura militar (o verde da farda) e ao ato institucional, o que nem me passou pela cabeça. O que me veio mesmo foi a natureza em seu contexto doméstico, amansada, a serviço da fruição – daí a idéia de pomar e das estações. Refazenda é rememoração do interior, do convívio com a natureza; reiteração do diálogo com ela e do aprendizado do seu ritmo.”
Linguagem transgressiva – “O período em que compus a canção é permeado pelo nonsense ou o que o tangenciasse; por um despudor audacioso de brincar com as palavras e as coisas; por um grau de permissibilidade, de descontração, de gosto pela transgressão do gosto. É uma fase muito ligada aos estados transformados de consciência, pelas drogas, e a consequente multiplicidade de sentidos e não-sentidos.”
Guariroba – “Nome de uma palmeira do Planalto Central, a palavra dava nome também a uma fazenda que um grupo de amigos (Roberto Pinho, Pontual e outros) tinha a uns cem quilômetros de Brasília. Chegou-se a pensar em criar lá uma comunidade alternativa, onde nos juntássemos todos com nossas famílias. Não deu certo, e a fazenda foi vendida.”
12. Banda Um (05:09)
Banda Um
Gilberto Gil
BandaUmBandaUmBandaUmBanda – ô-iê
Iê-iê-iê-iê
BandaUmBandaUmBandaUmBanda – ô-ô
(Iô-iô-iô-iô)
Banda Um que toca um balanço parecendo polka
UmBandaUmBandaUm
Banda Um que toca um balanço parecendo rumba
UmBandaUmBandaUm
Banda Um que é África, que é Báltica, que é Céltica
UmBanda América do Sul
Banda Um que evoca um bailado de todo planeta
UmBandaUm, Banda Um
BandaUmBandaUmBandaUmBanda – ô-iê
Iê-iê-iê-iê
BandaUmBandaUmBandaUmBanda – ô-ô
(Iô-iô-iô-iô)
Banda pra tocar por aí
No Zanzibar
Pro negro zanzibárbaro dançar
Pra agitar o Baixo Leblon
O Cariri
Pra loura blumenáutica dançar
(Hum…) Banda Um, Banda Um
BandaUmBandaUmBandaUmBanda – ô-iê
Iê-iê-iê-iê
BandaUmBandaUmBandaUmBanda – ô, ô
Banda Um que soa um barato pra qualquer pessoa
UmBanda pessoa afins
Banda Um que voa, uma asa delta sobre o mundo
UmBanda sobre patins
Banda Um surfística nas ondas da manhã nascente
UmBanda, banda feliz
Banda Um que ecoa uma cachoeira desabando
UmBandaUm, bandas mis
BandaUmBandaUmBandaUmBanda – ô-iê
Iê-iê-iê-iê
BandaUmBandaUmBandaUmBanda – ô-ô
(Iô-iô-iô-iô)
© Gege Edições Musicais
Ficha técnica da faixa:
voz e violão – Gilberto Gil
violão – Bem Gil
Outras gravações:
“Bandadois”, Gilberto Gil, Gege Produções Artísticas 2009
“Um banda um”, Gilberto Gil 1993
“Ao vivo em Toquio”, Gilberto Gil, Warner Music 2002
“Um banda um”, Gilberto Gil, Warner Music 2009
A umbanda – “O sentido universalista da umbanda como uma cisão do culto fechado das religiões, seja candomblé, seja a católica, ambas monistas, cada uma com a sua verdade; o panteísmo necessário da umbanda, uma religião que não é uma mas ‘todas’, misturando o kardeccismo, o catolicismo, o politeísmo africano. (E Banda Um é uma música-síntese com uma intenção e um conceito panculturalista, uma canção que cultiva as idéias de música, de juventude, de comportamento, de consumo e de vários nacionalismos.)”
A Banda Um – “E, ao mesmo tempo, o fato de sermos um pouco a Banda do Zé Pretinho [Gil se refere aqui ao grupo de Jorge Benjor, ao qual compara o seu]: Banda Um é como se fosse o nosso hino, o nosso prefixo musical.”
A UmBandaUm – “Banda Um é uma coisa, e umbanda é outra, exatamente o oposto: Banda Um é uma banda; umbanda são todas as bandas – ou nenhuma, em princípio. ‘UmBandaUm’ [a repetição seguida de ‘Banda Um’ no verso faz ressoar a palavra ‘umbanda’] estabelece o jogo dos contrários: faz o embutimento mútuo dos dois sentidos.
“A descoberta de todas essas coisas me animou à escolha, embora eu tenha hesitado muito em optar por Um Banda Um para nomear o disco e me apaziguar com a idéia de fazer esse tipo de brincadeira (que às vezes pode ficar gratuito; mas quando você descobre uma solução que, embora fácil, esteja carregada de sentido, e esse era o caso – ‘umbanda’ é uma palavra com uma carga enorme no Brasil -, aí, tudo bem). Acabei topando.”
Palavras-valise – ” ‘Zanzibárbaro’: do Zanzibar, um bar de negros, da Federação (bairro de Salvador). A loura ‘blumenáutica’: de Blumenau, e ao mesmo tempo náutica (a referência, embutida, aos esportes aquáticos, ao surfe, à juventude, ao mar, ao verão). Palavras-valises. Nelas cabe um bocado de idéias: você vai botando. É um dos procedimentos concretistas que mais me interessam. A invenção da palavra que é um condensado de significados.”
13. La renaissance africaine (04:32)
La renaissance africaine
Gilberto Gil
L’homme plein de dignité
Sa nature, ses dieux,
Son histoire et l’au delà
L’homme et son paysage aimé
Tout est là devant ses yeux
Tout ça dans le baouba
La renaissance africaine
La renaissance africaine
Et sa puissance
La renaissance africaine
La renaissance africaine
Avec sa dance
C’est l’afrique libertée
C’est l’afrique et ses idées
De sagesse et de vigueur
C’est l’afrique et sa mission
Clé pour la vrai construction
Du monde civilizé
Son peuple, son territoire
Qui s’étendent en diaspora
Jusqu’à la fin de la terre
En Europe, en Amerique
C’est toujour l’esprit d’Afrique
La nouveauté qui prospère
Ses enfants, ses gens musclés
Ses femmes d’outre beauté
Une beauté noir-nuit
Continent le plus agé
Les vieux temps nous ont laissé
Sa mythologie, sa vie
© Gege Edições Musicais
Ficha técnica da faixa:
voz e violão – Gilberto Gil
violão – Bem Gil
Outras gravações:
“Banda Larga Cordel”, Gilberto Gil, Gege Produções Artísticas 2008
“Caixa a conspiração de Gilberto Gil – CD Bandadois”, Gilberto Gil, Gege Produções Artísticas 2010
“Bandadois”, Gilberto Gil, Gege Produções Artísticas 2009
“Concerto de cordas e máquinas de ritmo”, Gilberto Gil, Biscoito Fino 2012
14. Refavela (03:40)
Refavela
Gilberto Gil
Iaiá, kiriê, kiriê, iaiá
A refavela
Revela aquela
Que desce o morro e vem transar
O ambiente
Efervescente
De uma cidade a cintilar
A refavela
Revela o salto
Que o preto pobre tenta dar
Quando se arranca
Do seu barraco
Prum bloco do BNH
A refavela, a refavela, ó
Como é tão bela, como é tão bela, ó
A refavela
Revela a escola
De samba paradoxal
Brasileirinho
Pelo sotaque
Mas de língua internacional
A refavela
Revela o passo
Com que caminha a geração
Do black jovem
Do black-Rio
Da nova dança no salão
Iaiá, kiriê, kiriê, iáiá
A refavela
Revela o choque
Entre a favela-inferno e o céu
Baby-blue-rock
Sobre a cabeça
De um povo-chocolate-e-mel
A refavela
Revela o sonho
De minha alma, meu coração
De minha gente
Minha semente
Preta Maria, Zé, João
A refavela, a refavela, ó
Como é tão bela, como é tão bela, ó
A refavela
Alegoria
Elegia, alegria e dor
Rico brinquedo
De samba-enredo
Sobre medo, segredo e amor
A refavela
Batuque puro
Ficha técnica da faixa:
voz e violão – Gilberto Gil
violão – Bem Gil
baixo – José Gil
“Em 77, eu fui participar do Festac, festival de arte e cultura negra, em Lagos, na Nigéria, onde reencontrei uma paisagem sub-urbana do tipo dos conjuntos habitacionais surgidos no Brasil a partir dos anos 50, quando Carlos Lacerda fez em Salvador a Vila Kennedy, tirando muitas pessoas das favelas e colocando-as em locais que, em tese, deveriam recuperar uma dignidade de habitação, mas que, por várias razões, acabaram se transformando em novas favelas.
“Para abrigar os 50 mil negros do mundo inteiro que para lá acorreram, tinha sido construída uma espécie de vila olímpica com pequenas casas feitas com material barato e um precário abastecimento de água e luz, que reavivou em mim a imagem física do grande conjunto habitacional pobre. Refavela foi estimulada por este reencontro, de cujas visões nasceu também a própria palavra, embora já houvesse o compromisso conceitual com o re para prefixar o título do novo trabalho, de motivação urbana, em contraposição a Refazenda, o anterior, de inspiração rural.
“A esses fatores se somaram outros, locais: a mobilidade, por vezes difícil, outras vezes facilitada, dos negros cariocas na relação morro-asfalto e o movimento da juventude black-Rio, que se instalava propondo novos estilos de participação na questão da negritude no Brasil e no mundo, com mais atividade cultural e absorção de elementos do discurso e da luta negra da América e da África.
“A dificuldade com que a história tem-se defrontado para proporcionar o verdadeiro resgate da cultura e da natureza dos negros, exatamente pela manutenção reiterada da sua condição paupérrima; a coisa da ‘miséria roupa de cetim’, da ‘Belíngia’ (Bélgica/Índia), esse binômio de disparidades – Refavela é sobre isso. A informação forte da música está nas duas primeiras estrofes; perto delas, o resto é ornamento.”
*
“Preta Maria, Zé, João” – “‘Preta Maria’: Preta Maria e Maria, as minhas filhas e da Sandra (Preta é de 74, Maria, de 76; era pequenininha na época). A música ‘antevê’ José, meu filho, que nasceria em 91, e João, meu neto, em 90; ‘Zé, João’: brasileiros.”
15. Babá Alapalá (04:21)
Babá Alapalá
Gilberto Gil
Aganju, Xangô
Alapalá, Alapalá, Alapalá
Xangô, Aganju
O filho perguntou pro pai:
“Onde é que tá o meu avô
O meu avô, onde é que tá?”
O pai perguntou pro avô:
“Onde é que tá meu bisavô
Meu bisavô, onde é que tá?”
Avô perguntou bisavô:
“Onde é que tá tataravô
Tataravô, onde é que tá?”
Tataravô, bisavô, avô
Pai Xangô, Aganju
Viva egum, babá Alapalá!
Aganju, Xangô
Alapalá, Alapalá, Alapalá
Xangô, Aganju
Alapalá, egum, espírito elevado ao céu
Machado alado, asas do anjo Aganju
Alapalá, egum, espírito elevado ao céu
Machado astral, ancestral do metal
Do ferro natural
Do corpo preservado
Embalsamado em bálsamo sagrado
Corpo eterno e nobre de um rei nagô
Xangô
© Gege Edições Musicais
Ficha técnica da faixa:
voz e violão – Gilberto Gil
violão – Bem Gil
baixo – José Gil
Outras gravações:
“Dois momentos”, Zezé Motta, Warner Music
“Original album series (cd 4)”, Gilberto Gil, Warner Music 2001
“Historia da MPB”, Gilberto Gil, Abril Cultural 1982
“Bandadois”, Gilberto Gil, Gege Produções Artísticas 2009
“Caixa a conspiração de Gilberto Gil – CD Bandadois”, Gilberto Gil, Gege Produções Artísticas 2010
“Refavela”, Gilberto Gil, Philis 1977
“Soy loco por ti america”, Gilberto Gil, Warner Music 1955
“Nightingale”, Gilberto Gil, Warner Music 2002
“2 é demais”, Gilberto Gil, Warner Music 1996
“Bandadois”, Gilberto Gil, Warner Music
“Refavela”, Gilberto Gil, Warner Music 1994
“La passion sereine”, Gilberto Gil, Works Editores 2005
“Sol”, Gilberto Gil, Warner Music 1984
“Albatroz”, Grupo Equale, AZ 1999
Humberto Effe, EMI-Odeon 1995
“Tecnomacumba”, Rita ribeiro, Biscoito Fino 2006
“Este e o Gil eu gosto”, Zeze Mota, Warner Music 1995
“E collection”, Zeze Motta, Warner Music 2001
“Dois momentos”, Zeze Motta, Warner Music 2000
“Dois gênios – Caetano Veloso e Gilberto Gil”, Zeze Motta, Warner Music 2009
“Zezé Motta”, Zezé Motta, Warner Music 2012
“Dose dupla – cd 2”, Zezé Motta, Warner Music 2011
16. Expresso 2222 (03:41)
Expresso 2222
Gilberto Gil
Começou a circular o Expresso 2222
Que parte direto de Bonsucesso pra depois
Começou a circular o Expresso 2222
Da Central do Brasil
Que parte direto de Bonsucesso
Pra depois do ano 2000
Dizem que tem muita gente de agora
Se adiantando, partindo pra lá
Pra 2001 e 2 e tempo afora
Até onde essa estrada do tempo vai dar
Do tempo vai dar
Do tempo vai dar, menina, do tempo vai
Segundo quem já andou no Expresso
Lá pelo ano 2000 fica a tal
Estação final do percurso-vida
Na terra-mãe concebida
De vento, de fogo, de água e sal
De água e sal
De água e sal
Ô, menina, de água e sal
Dizem que parece o bonde do morro
Do Corcovado daqui
Só que não se pega e entra e senta e anda
O trilho é feito um brilho que não tem fim
Oi, que não tem fim
Que não tem fim
Ô, menina, que não tem fim
Nunca se chega no Cristo concreto
De matéria ou qualquer coisa real
Depois de 2001 e 2 e tempo afora
O Cristo é como quem foi visto subindo ao céu
Subindo ao céu
Num véu de nuvem brilhante subindo ao céu
© Gege Edições Musicais
Ficha técnica da faixa:
voz e violão – Gilberto Gil
pandeiro – Bem Gil
Outras gravações:
“A voz do bandolim”, Armandinho, Vison
“Baile Barroco”, Daniela Mercury, BMG
“Aquele frevo axé”, Gal Costa, BMG
“Brilhantes”, João Bosco, Sony Music
“Songbook Gilberto Gil, João Bosco, Lumiar
“Muito prazer”, Ju Cassou
“O samba da minha terra”, Marco Pereira
“De todas as maneiras”, Mariana, Polygram Music
“A música de Gilberto Gil”, MPB4, Polygram
“Se dependesse de mim”, Wilson Simonal, Universal Music
“A arte de Gilberto Gil”, Polygram / Fontana 1985
“Limiar”, Almir côrtes, Almir Côrtes 2013
“Coletânea vibrafone brasileiro”, André Juarez e quarteto, Pôr Do Som Produções Artísticas 2013
“Cordas vocais-dueto”, Andrea Montezuma e Jorjão Carvalho, Cordas vocais-dueto 2001
“Visom digital”, Armandinho 2002
“A voz do bandolim”, Armandinho, Vison 2001
“Forrozança”, Banda som da terra, J&R Produções 2016
“Trilha sonora do filme 1972”, Bem Gil, EMI Music 2003
“Bibi Ferreira brasileiro, profissão esperança”, Biscoito Fino 2013
“Cada tempo em seu lugar”, Cacala Carvalho e João Braga, Mills Records 2012
“Dois amigos, um século de música”, Caetano Veloso & Gilberto Gil 2015
“Pra nhá terra”, Coro Meninos de Araçuaí, Associação Cultural Ponto De Partida
“Baile barroco”, Daniela Mercury, Páginas Do Mar 2006
“Equale no Expresso 2222”, Equale, Cdyou 2001
“Aquele frevo axé”, Gal Costa, BMG 1998
“A história da MPB”, Gilberto Gil, Abril Cultural
“Expresso 2222”, Gilberto Gil, Fontana/Polygram 1982
“Fé na festa – ao vivo”, Gilberto Gil, Gege Produções Artísticas 2010
“Bandadois”, Gilberto Gil, Gege Produções Artísticas 2009
“Caixa a conspiração de Gilberto Gil – CD Bandadois”, Gilberto Gil, Gege Produções Artísticas
“Gil + 10”, Gilberto Gil, Globaldisc Indústria de CD’S e DVD’S 2011
“Poetas da MPB – João Bosco”, Gilberto Gil, Globo-Columbia 1997
“Personalidade – Gilberto Gil”, Gilberto Gil, Novodisc mídia digital da Amazônia 2013
“O cordão da liberdade”, Gilberto Gil, Philips 1981
“Minha historia”, Gilberto Gil, Polygram Music 1993
“20 obras primas”, Gilberto Gil, Polygram Music 1996
“A voz de…”, Gilberto Gil, Polygram Music 1981
“Personalidade”, Gilberto Gil, Polygram Music 1987
“20 grandes sucessos de MPB”, Gilberto Gil 1999
“Expresso 2222”, Gilberto Gil, Polygram Music 1998
“O vira mundo ao vivo – CD 1”, Gilberto Gil, Polygram Music 1998
“Gilberto Gil ao vivo – USP (1973)”, Gilberto Gil, Discobertas 2017
“Back in Bahia – ao vivo (1972)”, Gilberto Gil 2017
“Concerto de cordas e máquinas de ritmo”, Biscoito Fino 2012
“Serie gold”, Gilberto Gil
“Um dia em Londres eu anotei num caderno: ‘Começou a circular o expresso 2222, que parte direto de Bonsucesso pra depois’ – e esse pra depoi