Back in Bahia
Gilberto Gil
Lá em Londres, vez em quando me sentia longe daqui
Vez em quando, quando me sentia longe, dava por mim
Puxando o cabelo
Nervoso, querendo ouvir Cely Campelo pra não cair
Naquela fossa
Em que vi um camarada meu de Portobello cair
Naquela falta
De juízo que eu não tinha nem uma razão pra curtir
Naquela ausência
De calor, de cor, de sal, de sol, de coração pra sentir
Tanta saudade
Preservada num velho baú de prata dentro de mim
Digo num baú de prata porque prata é a luz do luar
Do luar que tanta falta me fazia junto com o mar
Mar da Bahia
Cujo verde vez em quando me fazia bem relembrar
Tão diferente
Do verde também tão lindo dos gramados campos de lá
Ilha do Norte
Onde não sei se por sorte ou por castigo dei de parar
Por algum tempo
Que afinal passou depressa, como tudo tem de passar
Hoje eu me sinto
Como se ter ido fosse necessário para voltar
Tanto mais vivo
De vida mais vivida, dividida pra lá e pra cá
BRGPG-15-00033
© Gege Edições Musicais
Ficha técnica da faixa:
voz e violão – Gilberto Gil
voz e violão – Caetano Veloso
Outras gravações:
“Alexandre Leão”, Alexandre Leão, Velas
“Estúdio Coca Cola”, Nando Reis e Cachorro Grande, Universal Music
“Cinema Ipanema”, Ricardo Vilas, ROB Digital
“Maravilhosa”, Wanderléa, Universal Music
“A arte de Gilberto Gil”, Gilberto Gil, Polygram/Fontana 1985
Banda Gardenais 2001
“Songbook Gilberto Gil – vol 2”, Barão Vermelho, Lumiar Discos 2015
“E-collection disco 2”, Barão Vermelho, Warner Music 2000
“Dois amigos, um século de música”, Caetano Veloso e Gilberto Gil 2015
“Impressões de viagem”, Eminência Parda, Blues Time 2007
“Eminência Parda”, Blues Time Do Brasil 2010
“Expresso 2222”, Gilberto Gil, Polygram 1972
“Umeboshi – ao vivo, 1973”, Gilberto Gil, Discobertas 2017
“Back in Bahia – ao vivo (1972)”, Gilberto Gil, Discobertas 2017
“Millennium”, Gilberto Gil, Universal Music 2004
“Durval discos {trilha sonora}”, Gilberto Gil, Universal Music 2003
“Gilberto Gil 2-lados”, Gilberto Gil, Universal Music 2010
“Trilha sonora do filme 1972”, Gilberto Gil, Universal Music 2005
“O cordão da liberdade”, Gilberto Gil, Philips 1981
“Serie sem limite – cd 1”, Gilberto Gil, Universal Music 2001
“20 grandes sucessos de Gilberto Gil”, Gilberto Gil, Polygram 1998
“O viramundo ao vivo-cd 1”, Gilberto Gil, Polygram 1998
“Minha historia”, Gilberto Gil, Polygram 1993
“Personalidade”, Gilberto Gil, Polygram 1987
“Wahari Binaural – música e ciência”, Instrumental, Adalberto Nazareth De Almeida Camargo 2015
“Wahari Binaural – música e ciência”, Augusto Ernesto Weber 2016
“Movimento”, Jose Augusto Silvestre 2001
“Lanny Quartet”, Lanny Gordin, Tratore Distribuição de CD 2012
“Estúdio Coca Cola”, Nando Reis e Cachorro Grande, Universal Music 2007
“Brasileiro-o som que vem da terra”, Nordeste, Sony Music 1999
“Cine Ipanema”, Ricardo Vilas, ROD Digital 2004
“Refestança”, Rita Lee e Gilberto Gil, EMI 2003
“Caixa Rita Lee”, Rita Lee e Gilberto Gil, Universal Music 2015
“Pequeno cotolengo do Paraná”, Wanderlea 2003
“O amor sobreviverá”, Wanderléa, Copyrights Consultoria 2003
“Wanderléa”, Wanderléa, Tratore Distribuição de CD’S 2011
“Millennium”, Wanderléa, Universal Music 2005
“Maravilhosa”, Wanderléa, Universal Music 2004
“Era o primeiro verão na Bahia depois que eu tinha voltado de Londres, e eu fui à festa de Nossa Senhora da Conceição em Santo Amaro da Purificação. Eu estava na casa onde Canô, mãe de Caetano, estava dando a festa; vendo as pessoas queridas e a alegria que emanava delas, da lembrança da saudade que eu sentia dessas e outras coisas em Londres veio o impulso para escrever a canção – que eu comecei ali, letra e música juntas, de cabeça, e complementei no dia seguinte, já na casa de Sandra, na Graça, em Salvador.
“Back in Bahia se baseia em motivos musicais muito íntimos, nordestinos – improviso, embolada, galope, martelo -, e em modos cordélicos, com rimas rítmicas [e também internas], típicas do versejar nordestino, e versos simétricos [quase todos de 16 sílabas]: entre eles, o ‘de vida vivida dividida pra lá e pra cá’, de que eu mais gosto: poesia pura, concreta, como o ‘fazer
Marginália II
Gilberto Gil
Torquato Neto
Eu, brasileiro, confesso
Minha culpa, meu pecado
Meu sonho desesperado
Meu bem guardado segredo
Minha aflição
Eu, brasileiro, confesso
Minha culpa, meu degredo
Pão seco de cada dia
Tropical melancolia
Negra solidão
Aqui é o fim do mundo
Aqui é o fim do mundo
Aqui é o fim do mundo
Aqui, o Terceiro Mundo
Pede a bênção e vai dormir
Entre cascatas, palmeiras
Araçás e bananeiras
Ao canto da juriti
Aqui, meu pânico e glória
Aqui, meu laço e cadeia
Conheço bem minha história
Começa na lua cheia
E termina antes do fim
Aqui é o fim do mundo
Aqui é o fim do mundo
Aqui é o fim do mundo
Minha terra tem palmeiras
Onde sopra o vento forte
Da fome, do medo e muito
Principalmente da morte
Olelê, lalá
A bomba explode lá fora
E agora, o que vou temer?
Oh, yes, nós temos banana
Até pra dar e vender
Olelê, lalá
Aqui é o fim do mundo
Aqui é o fim do mundo
Aqui é o fim do mundo
BRGPG-15-00020
© Gege Edições Musicais / © Corisco (Arlequim)
Ficha técnica da faixa:
voz e violão – Gilberto Gil
voz e violão – Caetano Veloso
Outras gravações:
“A arte de Gilberto Gil”, Gilberto Gil, Polygram /Fontana 1985
“Dois amigos, um século de música”, Gilberto Gil, Sony Music 2015
“Gilberto Gil”, Fontana/Polygram 1982
“Personalidade – vol. 2”, Gilberto Gil, Novodisc Mídia Digital Da Amazônia 2013
“Diamante verdadeiro”, Maria Bethania, BMG 1999
“Recital na boite barroco”, Maria Bethania, EMI 2002
“RCA 100 anos de música”, Maria Bethania, BMG 2001
“Moisés Santana”, Lua Discos 2002
As camélias do quilombo do Leblon
Gilberto Gil
Caetano Veloso
As camélias do Quilombo do Leblon
As camélias do Quilombo do Leblon
As camélias do Quilombo do Leblon
As Camélias
As camélias do Quilombo do Leblon
As camélias do Quilombo do Leblon
As camélias do Quilombo do Leblon
Nas lapelas
Vimos as tristes colinas logo ao sul de Hebron
Rimos com as doces meninas sem sair do tom
O que fazer
Chegando aqui?
As camélias do Quilombo do Leblon
Brandir
Somos a Guarda Negra da Redentora
Somos a Guarda Negra da Redentora
Somos a Guarda Negra da Redentora
As camélias da Segunda Abolição
As camélias da Segunda Abolição
As camélias da Segunda Abolição
As Camélias?
As camélias da Segunda Abolição
As camélias da Segunda Abolição
As camélias da Segunda Abolição
Cadê elas?
Somos assim, capoeiras das ruas do Rio
Será sem fim o sofrer do povo do Brasil?
Nele e em mim
Vive o refrão
As camélias da Segunda Abolição
Virão.
BRGPG-15-00021
© Gege Edições Musicais / © Uns (Warner/Chappell)
Ficha técnica da faixa:
voz e violão – Gilberto Gil
voz e violão – Caetano Veloso
Outras gravações:
“Dois amigos, um século de música”, Caetano Veloso e Gilberto Gil, Sony Music 2015
Eu vim da Bahia
Gilberto Gil
Eu vim
Eu vim da Bahia cantar
Eu vim da Bahia contar
Tanta coisa bonita que tem
Na Bahia, que é meu lugar
Tem meu chão, tem meu céu, tem meu mar
A Bahia que vive pra dizer
Como é que se faz pra viver
Onde a gente não tem pra comer
Mas de fome não morre
Porque na Bahia tem mãe Iemanjá
De outro lado, o Senhor do Bonfim
Que ajuda o baiano a viver
Pra cantar, pra sambar pra valer
Pra morrer de alegria
Na festa de rua, no samba de roda
Na noite de lua, no canto do mar
Eu vim da Bahia
Mas eu volto pra lá
Eu vim da Bahia
Mas algum dia eu volto pra lá
BRGPG-15-00022
© Gege Edições Musicais
Ficha técnica da faixa:
voz e violão – Gilberto Gil
voz e violão – Caetano Veloso
Outras gravações:
“Baden Powell”, Baden Powell, Universal Music
“Maria da Graça”, Gal Costa, RCA
“Songbook Gilberto Gil”, Leila Pinheiro e Oscar Castro Neves, Lumiar
“Quarteto em CY”, Quarteto em CY, Polygram
“O teatro do baile”, Alexandre Leão, Alexandre Menezes Leão Me 2014
“A selection from the festical years 1970-1977 CD 2”, Baden Powell, Universal Music 2007
“Dois amigos, um século de música” Caetano Veloso & Gilberto Gil”, Sony Music 2015
“Cama de voz convida”, Cama De Voz convida, Adslan Corrêa De Souza 2011
“Cenas brasileiras”, Celso Moreira, Celso Albeniz Ferreira Moreira 2011
“Elis Regina no fino da bossa vol. 2”, Elis Regina e Gilberto Gil, Veleiro 2003
“Nosso samba – vol. 1”, Gal Costa, BMG 2002
“Eu vim da Bahia”, Gal Costa, BMG 2002
“Gil na delas”, Gal Costa, BMG 2005
“Ensaio”, Gal Costa, Trama
“Em concerto”, Gilberto Gil, Geleia Geral 1987
“O compositor e o interprete”, Gilberto Gil, Philips 1981
“Gilbertos samba”, Gilberto Gil, Polysom Comércio 2014
“Concerto de cordas e máquinas de ritmo”, Gilberto Gil, Biscoito Fino 2012
“Gilbertos samba ao vivo”, Gilberto Gil, Sony Music 2014
“Grandes mestres da MPB”, Gilberto Gil, Warner Music 1996
“Chill Brazil”, Gilberto Gil, Warner Music 2002
“Healing select bossa nova”, Gilberto Gil, Warner Music 2007
“La passion sereine”, Gilberto Gil, Works Editores 2005
“Historia do samba – cd 29”, Editora Globo 2001
“Saudade do futuro”, Jaques Morelenbaum, Biscoito Fino 2014
“João Gilberto/99”, João Gilberto, Universal Music 1999
“20 grandes sucessos de João Gilberto”, João Gilberto, Polygram Music 1998
“Songbook Gilberto gil 3”, Leila Pinheiro e Oscar Castro Neves, Lumiar Discos 2015
“Duos III”, Luciana Souza e Marco Pereira, Universal Music 2012
“Para Gil e Caetano”, Margareth Menezes, Canal Brazil S/A 2014
“Beijo de amor”, Maria Farinha, Maria Fatima Jannuzzi De o. Farinha 2006
“Amor até o fim”, Mauro Senise, Alma Brasileira Produções E Edições 2016
“Ituaçú – Gilberto Gil”, Orquestra de sopros da pro arte e flautistas da pro arte, Geringonça Filmes 2012
“Eu vim da Bahia'”, Peri, Diorama 1999
“Sem limite III – CD 1”, Quarteto em CY, Universal Music 2001
“Quarteto em CY – 40 anos”, Quarteto em CY, Universal Music 2004
“Resistindo”, Quarteto em CY, Universal Music 2017
“Som definitivo”, Quarteto em CY com tamba trio, Polygram Music
“Tributo a João Gilberto”, Renato Braz, Nailor Proveta E Edson José Alves, Canal Brazil S/A 2014
“Arrebenta”, Rita Tavares, Rita De Cássia Tavares Da Cunha 2008
“Sambajazz trio”, Sambajazz Trio, João Samuel Alves Da Cunha 2010
“The best of two world”, Stan Getz e João Gilberto, Stan Getz e João Gilberto 2011
“Gilberto Gil”, Serie Gold, Universal Music 2002
“A arte de Gilberto Gil”, Gilberto Gil, Universal Music 2005
“Serie sem limite – cd 2”, Gilberto Gil, Universal Music 2001
“Projeto especial construtora Hayasa”, Gilberto Gil, Universal Music 1999
“Gil serie melhor de dois”, Gilberto Gil 2000
Superhomem, a canção
Gilberto Gil
Um dia
Vivi a ilusão de que ser homem bastaria
Que o mundo masculino tudo me daria
Do que eu quisesse ter
Que nada
Minha porção mulher, que até então se resguardara
É a porção melhor que trago em mim agora
É que me faz viver
Quem dera
Pudesse todo homem compreender, oh, mãe, quem dera
Ser o verão o apogeu da primavera
E só por ela ser
Quem sabe
O Superhomem venha nos restituir a glória
Mudando como um deus o curso da história
Por causa da mulher
BRGPG-15-00023
© Gege Edições Musicais
Ficha técnica da faixa:
voz e violão – Gilberto Gil
voz e violão – Caetano Veloso
“Eu estava de passagem pelo Rio, indo para os Estados Unidos fazer a excursão do lançamento do Nightingale – um disco gravado lá, com produção do Sérgio Mendes -, em março e abril de 79, e gravar o disco Realce, ao final da excursão. Na ocasião eu estava morando na Bahia e não tinha casa no Rio, por isso estava hospedado na casa do Caetano. Como eu tinha que viajar logo cedo, na véspera da viagem eu me recolhi num quarto por volta de uma hora da manhã.
“De repente eu ouvi uma zuada: era Caetano chegando da rua, falando muito, entusiasmado. Tinha assistido o filme Superhomem. Falava na sala com as pessoas, entre elas a Dedé [Dedé Veloso, mulher de Caetano à época]; eu fiquei curioso e me juntei ao grupo. Caetano estava empolgado com aquele momento lindo do filme, em que a namorada do Superhomem morre no acidente de trem e ele volta o movimento de rotação da Terra para poder voltar o tempo para salvar a namorada. Com aquela capacidade extraordinária do Caetano de narrar um filme com todos os detalhes, você vê melhor o filme ouvindo a narrativa dele do que vendo o filme… Então eu vi o filme. Conversa vai, conversa vem, fomos dormir.
“Mas eu não dormi. Estava impregnado da imagem do Superhomem fazendo a Terra voltar por causa da mulher. Com essa idéia fixa na cabeça, levantei, acendi a luz, peguei o violão, o caderno, e comecei. Uma hora depois a canção estava lá, completa. No dia seguinte a mostrei ao Caetano; ele ficou contente: ‘Que linda!’ E eu viajei para os Estados Unidos. Fiz a excursão toda e, só quando cheguei a Los Angeles, um mês e tanto depois, para gravar o disco, foi que eu vi o filme. Durante a gravação, uma amiga americana, Olenka Wallac, que morava em Los Angeles na ocasião, me levou para ver.
“A canção foi feita portanto com base na narrativa do Caetano. Como era Superhomem – O Filme, ficou Superhomem – a Canção; não tinha certeza se ia manter esse título ao publicá-la, mas mantive.”
Das relações entre o poema e a melodia no processo de composição – “Como Retiros Espirituais, Superhomem – a Canção é uma das poucas que eu fiz assim: música e letra ao mesmo tempo. É uma canção a serviço de uma letra, atrás de um sopro da poesia, mas com os versos também se submetendo a uma necessidade de respiração da canção. Há momentos em que a extensão do verso determina o estender-se da frase musical. Em outros, para se dar determinadas pausas e realizar o conceito de simetria e elegância, a extensão da frase poética se adequa à do fraseado melódico.
“Assim, depois de ‘Um dia’, há o corte e, lá adiante, ‘Que nada’, depois ‘Quem dera’ e depois ‘Quem sabe’ já surgem condicionados pelo ‘Um dia’ do início. A frase musical de ‘Um dia’ condicionou a extensão, o corte e a escolha dessas interjeições – ‘Que nada’, ‘Quem dera’ e ‘Quem sabe’. (Mesmo no primeiro caso – ‘Um dia’ -, também se reinvindica ali um sentido de interjeição; embora na construção da frase, do ponto de vista gramatical, possa não ser considerado assim, do ponto de vista do canto, é.)”
Questões de métrica e simetria; e de mnemônica – “A música tem uma cadência descansada, escorrida, e umas quebras interessantes. A melodia muda, a métrica é regular (as notas se alteram, mas os tempos são iguais). Você tem quatro estrofes com versos de 2, 14, 12 e 6 sílabas cada – assimétricas na distribuição interna, mas simétricas nas configurações finais. [A estrofe de abertura é ligeiramente diferente: o terceiro verso também apresenta 14
Esotérico
Gilberto Gil
Não adianta nem me abandonar
Porque mistério sempre há de pintar por aí
Pessoas até muito mais vão lhe amar
Até muito mais difíceis que eu pra você
Que eu, que dois, que dez, que dez milhões
Todos iguais
Até que nem tanto esotérico assim
Se eu sou algo incompreensível
Meu Deus é mais
Mistério sempre há de pintar por aí
Não adianta nem me abandonar
Nem ficar tão apaixonada, que nada!
Que não sabe nadar
Que morre afogada por mim
BRGPG-15-00024
© Gege Edições Musicais
Ficha técnica da faixa:
voz e violão – Gilberto Gil
voz e violão – Caetano Veloso
Outras gravações:
“Gal”, Gal Costa, Polygram
“Songbook Gilberto Gil”, Kid Abelha, Lumiar
“Pura filosofia”, Maria Bethânia e Gal Costa, Som Livre
“Luau”, Rafael Greyck, Albatroz
“Alexandra Scotti canta Gal Costa”, Alexandra Scotti, Alexandra Scotti 2015
“Serie sem limite cd 2”, Bethania, Gal, Caetano, Gil , Universal Music 2001
“Dois amigos, um século de música”, Caetano Veloso & Gilberto Gil , Sony Music 2015
“Doces bárbaros “, Caetano Veloso, Gal Costa, Gilberto Gil e Maria Bethânia, Universal Music 1976
“MPB – os melhores da MPB”, Doces Bárbaros, Som Livre 2011
“Gal “, Gal Costa, Polygram 1994
“Gal Costa 40 anos”, Universal Music 2005
“Caetano Veloso e Gal costa – domingo – jewel case, Gal Costa, Maria Bethânia, Gilberto Gil e Caetano Veloso, Universal Music 2010
“Bandadois”, Gilberto Gil, Gege Produções Artísticas 2009
“Caixa a conspiração de Gilberto Gil – CD Bandadois”, Gilberto Gil 2010
“A gente precisa ver o luar”, Gilberto Gil, Lumiar 1990
“Luar”, Gilberto Gil, Polygram 1998
“Serie melhor de dois”, Gilberto Gil, Universal Music 2000
“Um banda um”, Gilberto Gil, Warner Music
“Acoustic”, Gilberto Gil, Warner Music 2002
“Gilberto Gil no palco – nova série”, Gilberto Gil, Warner Music 2007
“E-collection disco 1”, Gilberto Gil, Warner Music 2000
“Acustico”, Gilberto Gil, Warner Music 2001
“Vida”, Gilberto Gil, Warner Music 1984
“Unplugged”, Gilberto Gil, Warner Music 2002
“Projeto especial MPB – O Boticario”, Gilberto Gil, Warner Music 2001
“Le troubadour du Brésil”, Gilberto Gil, Warner Music 1997
“20 grandes sucessos de Gilberto Gil”, Gilberto Gil, Caetano, Gal, Bethania, Polygram Music 1998
“Barato total – elas cantam Gilberto Gil”, KID Abelha, Som Livre 2008
“Songbook Gilberto Gil 2”, Kid Abelha, Lumiar 1992
“Warner 30 anos”, Kid Abelha, Warner Music 2006
“Para Gil e Caetano”, Margareth Menezes, Canal Brazil 2014
“Millennium”, Maria Bethânia com Gal, Caetano e Gil, Universal Music 2004
“Pura filosofia”, Maria Bethania e Gal Costa, Som livre 2000
“Maria Bethânia – raridades anos 60 e 70”, Maria Bethânia e Gal Costa, Universal Music 2011
“Outros bárbaros”, Maria Bethânia, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Gal Costa, Biscoito Fino 2003
“Doces Barbaros 2 – caixa Caetano Veloso”, Maria Bethânia, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Gal Costa, Universal Music 1999
“Orlando Moraes – 07 vidas – caras”, Orlando Moraes 2012
“A vida da gente”, Paula Toller, Som Livre 2011
“Luau”, Rafael Greick, Bossa58 2006
“CD Roberta Brasil”, Roberta Brasil, Roberta brasileiro Henriques 2013
“Piano bar (nacional cd 2)”, Rodrigo Braga, Música fabril estúdios 2011
“Pra que servem os cataventos”, Vício primavera, Michel Nogueira Alves Da Silva 2011
Tres palabras
Osvaldo Farres
Oye la confesión
de mi secreto,
nace de un corazón
que está desierto.
Con tres palabras
te diré todas mis cosas,
cosas del corazón
que son preciosas.
Dame tus manos, ven,
toma las mías
que te voy a confiar
las ansias mías.
Tomado de AlbumCancionYLetra.com
Son tres palabras,
solamente mis angustias,
y esas palabras son:
cómo me gustas
BR3UN-15-00019
© Editora Irmãos Vitale
Ficha técnica da faixa:
voz e violão – Gilberto Gil
voz e violão – Caetano Veloso
Drão
Gilberto Gil
Drão
O amor da gente é como um grão
Uma semente de ilusão
Tem que morrer pra germinar
Plantar nalgum lugar
Ressuscitar no chão
Nossa semeadura
Quem poderá fazer
Aquele amor morrer!
Nossa caminhadura
Dura caminhada
Pela estrada escura
Drão
Não pense na separação
Não despedace o coração
O verdadeiro amor é vão
Estende-se, infinito
Imenso monolito
Nossa arquitetura
Quem poderá fazer
Aquele amor morrer!
Nossa caminha dura
Cama de tatame
Pela vida afora
Drão
Os meninos são todos sãos
Os pecados são todos meus
Deus sabe a minha confissão
Não há o que perdoar
Por isso mesmo é que há
De haver mais compaixão
Quem poderá fazer
Aquele amor morrer
Se o amor é como um grão!
Morrenasce, trigo
Vivemorre, pão
Drão
BRGPG-15-00025
© Gege Edições Musicais
Ficha técnica da faixa:
voz e violão – Gilberto Gil
voz e violão – Caetano Veloso
Outras gravações:
“A voz do bandolim”, Armandinho, Vison
“MPB collection”, Arthur Moreira Lima, Sony Music
“Prenda minha ao vivo”, Caetano Veloso, Universal Music
“Melody sax”, Chico Costa, Seven Music
“Diana Pequeno”, Diana Pequeno, RCA
“Songbook Gilberto Gil”, Djavan, Lumiar
“Caixinha brasileira”, Vários, Angel Records
“Sucessos de barzinho”, Jura Figueredo, Continental
“Maria Gabriela”, Maria Gabriela, Opus
“Barzinho Brasil”, Melquiades, Ultra Disc
“Música ambiente”, Orquestra Albatroz, Albatroz
“Projeto especial radio musical FM/SP”, Warner Music 1995
“Caetano canta vol. III”, Caetano Veloso, Globo-Universal 2002
“Muito romântico”, Cetano Veloso, Universal Music 2008
“Serie sem limite – cd 1”, Caetano Veloso, Universal Music 2001
“Amor i love you 2”, Caetano Veloso, Universal Music 2003
“Dois amigos, um século de música”, Caetano veloso & Gilberto Gil, Sony Music 2015
“Angel records”, Caixinha de música
“Melody sax – vol. 1”, Chico Costa, Musisom Cinthya Cordeiro Magalháes
“Djavan – minha história”, Djavan, Som Livre 2010
“Tributo MPB”, Som Livre 2013
“Perfil”, Djavan, Som Livre 2006
“Box Djavan”, Djvan, Sony Music 2013
“Luar”, Gilberto Gil, Abril-musiclub 1998
“Gaudi editora”, Gilberto Gil, Revista Jam Musical 1997
“Banda larga ao vivo em São Paulo”, Gilberto Gil, Gege Produções Artísticas 2008
“Perfil”, Gilberto Gil, Sigla 2005
“MPB FM”, Gilberto Gil, Trama 2001
“Eletracústico”, Gilberto Gil, Warner Music 2004
“Um banda um”, Gilberto Gil, Warner Music 1990
“Grandes mestres da MPB”, Gilberto Gil, Warner Music 1997
“Musica”, Gilberto Gil, Warner Music 1998
“Veja esta canção”, Gilberto Gil, Warner Music 1994
“Projeto especial revista Veja”, Gilberto Gil, Warner Music 2001
“Unplugged”, Gilberto Gil, Warner Music 1994
“Enciclopedia musical brasileira”, Gilberto Gil, Warner Music 1999
“Prata da casa”, Gilberto Gil, Warner Music 2001
“Acoustic”, Gilberto Gil, Warner Music 2001
“Música romantica brasileira”, Gilberto Gil, Warner Music 2008
“Projeto especial laboratorio Knoll”, Gilberto Gil, Warner Music 1996
“Projeto especial MPB Boticario”, Gilberto Gil, Warner Music 1998
“Projeto especial Natura”, Gilberto Gil, Warner Music 1996
“Re”, Gilberto Gil, Warner Music 1984
“Nova série”, Gilberto Gil, Warner Music 2007
“A gente precisa ver o luar”, Gilberto Gil, Warner Music 1990
Glaucia Nasser De Oliveira, Glaucia Nasser 2006
“Caixinha brasileira”, Instrumental, Angel Records
“Ivete, Gil e caetano”, Ivete Sangalo, Gilberto Gil e Caetano Veloso, Universal Music 2012
“Sucessos de barzinho”, Jura Figueiredo, Continental 2000
“Aliás”, Lucila Manzoli, Lucila Manzoli 2013
Não tenho medo da morte
Gilberto Gil
não tenho medo da morte
mas sim medo de morrer
qual seria a diferença
você há de perguntar
é que a morte já é depois
que eu deixar de respirar
morrer ainda é aqui
na vida, no sol, no ar
ainda pode haver dor
ou vontade de mijar
a morte já é depois
já não haverá ninguém
como eu aqui agora
pensando sobre o além
já não haverá o além
o além já será então
não terei pé nem cabeça
nem figado, nem pulmão
como poderei ter medo
se não terei coração?
não tenho medo da morte
mas medo de morrer, sim
a morte é depois de mim
mas quem vai morrer sou eu
o derradeiro ato meu
e eu terei de estar presente
assim como um presidente
dando posse ao sucessor
terei que morrer vivendo
sabendo que já me vou
então nesse instante sim
sofrerei quem sabe um choque
um piripaque, ou um baque
um calafrio ou um toque
coisas naturais da vida
como comer, caminhar
morrer de morte matada
morrer de morte morrida
quem sabe eu sinta saudade
como em qualquer despedida.
BRGPG-15-00026
© Gege Edições Musicais
Ficha técnica da faixa:
voz e violão – Gilberto Gil
Outras gravações:
“Dois amigos, um século de música”, Caetano Veloso e Gilberto Gil, Sony Music 2015
“Banda Larga Cordel”, Gilberto Gil, Gege Produções Artísticas 2008
“Concerto de cordas e máquinas de ritmo”, Gilberto Gil, Biscoito Fino 2012
Expresso 2222
Gilberto Gil
Começou a circular o Expresso 2222
Que parte direto de Bonsucesso pra depois
Começou a circular o Expresso 2222
Da Central do Brasil
Que parte direto de Bonsucesso
Pra depois do ano 2000
Dizem que tem muita gente de agora
Se adiantando, partindo pra lá
Pra 2001 e 2 e tempo afora
Até onde essa estrada do tempo vai dar
Do tempo vai dar
Do tempo vai dar, menina, do tempo vai
Segundo quem já andou no Expresso
Lá pelo ano 2000 fica a tal
Estação final do percurso-vida
Na terra-mãe concebida
De vento, de fogo, de água e sal
De água e sal
De água e sal
Ô, menina, de água e sal
Dizem que parece o bonde do morro
Do Corcovado daqui
Só que não se pega e entra e senta e anda
O trilho é feito um brilho que não tem fim
Oi, que não tem fim
Que não tem fim
Ô, menina, que não tem fim
Nunca se chega no Cristo concreto
De matéria ou qualquer coisa real
Depois de 2001 e 2 e tempo afora
O Cristo é como quem foi visto subindo ao céu
Subindo ao céu
Num véu de nuvem brilhante subindo ao céu
BRGPG-15-00027
© Gege Edições Musicais
Ficha técnica da faixa:
voz e violão – Gilberto Gil
Outras gravações:
“A voz do bandolim”, Armandinho, Vison
“Baile Barroco”, Daniela Mercury, BMG
“Aquele frevo axé”, Gal Costa, BMG
“Brilhantes”, João Bosco, Sony Music
“Songbook Gilberto Gil, João Bosco, Lumiar
“Muito prazer”, Ju Cassou
“O samba da minha terra”, Marco Pereira
“De todas as maneiras”, Mariana, Polygram Music
“A música de Gilberto Gil”, MPB4, Polygram
“Se dependesse de mim”, Wilson Simonal, Universal Music
“A arte de Gilberto Gil”, Polygram / Fontana 1985
“Limiar”, Almir côrtes, Almir Côrtes 2013
“Coletânea vibrafone brasileiro”, André Juarez e quarteto, Pôr Do Som Produções Artísticas 2013
“Cordas vocais-dueto”, Andrea Montezuma e Jorjão Carvalho, Cordas vocais-dueto 2001
“Visom digital”, Armandinho 2002
“A voz do bandolim”, Armandinho, Vison 2001
“Forrozança”, Banda som da terra, J&R Produções 2016
“Trilha sonora do filme 1972”, Bem Gil, EMI Music 2003
“Bibi Ferreira brasileiro, profissão esperança”, Biscoito Fino 2013
“Cada tempo em seu lugar”, Cacala Carvalho e João Braga, Mills Records 2012
“Dois amigos, um século de música”, Caetano Veloso & Gilberto Gil 2015
“Pra nhá terra”, Coro Meninos de Araçuaí, Associação Cultural Ponto De Partida
“Baile barroco”, Daniela Mercury, Páginas Do Mar 2006
“Equale no Expresso 2222”, Equale, Cdyou 2001
“Aquele frevo axé”, Gal Costa, BMG 1998
“A história da MPB”, Gilberto Gil, Abril Cultural
“Expresso 2222”, Gilberto Gil, Fontana/Polygram 1982
“Fé na festa – ao vivo”, Gilberto Gil, Gege Produções Artísticas 2010
“Bandadois”, Gilberto Gil, Gege Produções Artísticas 2009
“Caixa a conspiração de Gilberto Gil – CD Bandadois”, Gilberto Gil, Gege Produções Artísticas
“Gil + 10”, Gilberto Gil, Globaldisc Indústria de CD’S e DVD’S 2011
“Poetas da MPB – João Bosco”, Gilberto Gil, Globo-Columbia 1997
“Personalidade – Gilberto Gil”, Gilberto Gil, Novodisc mídia digital da Amazônia 2013
“O cordão da liberdade”, Gilberto Gil, Philips 1981
“Minha historia”, Gilberto Gil, Polygram Music 1993
“20 obras primas”, Gilberto Gil, Polygram Music 1996
“A voz de…”, Gilberto Gil, Polygram Music 1981
“Personalidade”, Gilberto Gil, Polygram Music 1987
“20 grandes sucessos de MPB”, Gilberto Gil 1999
“Expresso 2222”, Gilberto Gil, Polygram Music 1998
“O vira mundo ao vivo – CD 1”, Gilberto Gil, Polygram Music 1998
“Gilberto Gil ao vivo – USP (1973)”, Gilberto Gil, Discobertas 2017
“Back in Bahia – ao vivo (1972)”, Gilberto Gil 2017
“Concerto de cordas e máquinas de ritmo”, Biscoito Fino 2012
“Serie gold”, Gilberto Gil
“Um dia em Londres eu anotei num caderno: ‘Começou a circular o expresso 2222, que parte direto de Bonsucesso pra depois’ – e esse pra depois me suscitou imediatamente uma parada. Não tive o mínimo ímpeto de continu
Toda menina baiana
Gilberto Gil
Toda menina baiana tem um santo, que Deus dá
Toda menina baiana tem encanto, que Deus dá
Toda menina baiana tem um jeito, que Deus dá
Toda menina baiana tem defeito também que Deus dá
Que Deus deu
Que Deus dá
Que Deus entendeu de dar a primazia
Pro bem, pro mal, primeira mão na Bahia
Primeira missa, primeiro índio abatido também
Que Deus deu
Que Deus entendeu de dar toda magia
Pro bem, pro mal, primeiro chão na Bahia
Primeiro carnaval, primeiro pelourinho também
Que Deus deu
Que Deus deu
Que Deus dá
BRGPG-15-00028
© Gege Edições Musicais
Ficha técnica da faixa:
voz e violão – Gilberto Gil
voz e violão – Caetano Veloso
“Feita em Salvador, ao lado da Nara, minha filha mais velha, que estava na pré- adolescência, a música é pra ela e por causa dela. Fala do caráter fundador da Bahia e das virtudes e defeitos do homem. Por força da busca de compreensão do divino no humano, eu me empenhava em me desvencilhar do maniqueísmo, abarcando as idéias ligadas tanto ao bem quanto ao mal. De lá pra cá esse ficou sendo um tema básico de minhas canções. Quase todas exprimem a necessidade de reiterar o sentido da tolerância, do perdão, da compreensão de que o homem é permeado pelo bem e pelo mal e de que a superação de um implica a superação do outro; você não se livra do mal sem se livrar do bem. A promessa das religiões reside nisso: na superação transcendental de ambos.”
São João, Xangô menino
Gilberto Gil
Caetano Veloso
Ai, Xangô, Xangô menino
Da fogueira de São João
Quero ser sempre o menino, Xangô
Da fogueira de São João
Céu de estrela sem destino
De beleza sem razão
Tome conta do destino, Xangô
Da beleza e da razão
Viva São João
Viva o milho verde
Viva São João
Viva o brilho verde
Viva São João
Das matas de Oxossi
Viva São João
Olha pro céu, meu amor
Veja como ele está lindo
Noite tão fria de junho, Xangô
Canto tanto canto lindo
Fogo, fogo de artifício
Quero ser sempre o menino
As estrelas deste mundo, Xangô
Ai, São João, Xangô Menino
Viva São João
Viva Refazenda
Viva São João
Viva Dominguinhos
Viva São João
Viva Qualquer Coisa
Viva São João
Gal Canta Caymmi
Viva São João
Pássaro Proibido
Viva São João
BRGPG-15-00029
© Gege Edições Musicais / © Guilherme Araújo Produções Artísticas LTDA. (adm. por Warner/Chappell Edições Musicais LTDA.)
Ficha técnica da faixa:
voz e violão – Gilberto Gil
voz e violão – Caetano Veloso
Andar com fé
Gilberto Gil
Andá com fé eu vou
Que a fé não costuma faiá
Andá com fé eu vou
Que a fé não costuma faiá
Que a fé tá na mulher
A fé tá na cobra coral
Ô-ô
Num pedaço de pão
A fé tá na maré
Na lâmina de um punhal
Ô-ô
Na luz, na escuridão
Andá com fé eu vou
Que a fé não costuma faiá
Andá com fé eu vou
Que a fé não costuma faiá
A fé tá na manhã
A fé tá no anoitecer
Ô-ô
No calor do verão
A fé tá viva e sã
A fé também tá pra morrer
Ô-ô
Triste na solidão
Andá com fé eu vou
Que a fé não costuma faiá
Andá com fé eu vou
Que a fé não costuma faiá
Certo ou errado até
A fé vai onde quer que eu vá
Ô-ô
A pé ou de avião
Mesmo a quem não tem fé
A fé costuma acompanhar
Ô-ô
Pelo sim, pelo não
BRGPG-15-00030
© Gege Edições Musicais
Ficha técnica da faixa:
voz e violão – Gilberto Gil
voz e violão – Caetano Veloso
Outras gravações:
“Carla visita Gilberto Gil”, Carla Visi, MZA
“Malabaristas do sinal vermelho”, João Bosco, Sony Music
“Songbook Gilberto Gil 3”, Jorge Mautner e Nelson Jacobina, Lumiar 1922
“Mais coisas do Brasil”, Leila Pinheiro, Universal Music 2001
“Marcus Menna”, Marcus Menna, LGK Music 2007
“Ney ao vivo”, Ney Matogrosso, Universal Music
“A música de Gilberto Gil”, TCPA/TOP CAT 2007
“Axé”, Rappin Hood ,Trama 2005
“Um pouquinho de Brasil”, Brasilian Trombone Ensemble, CPC/UMES 2004
“Dois amigos, um século de música”, Caetano Veloso e Gilberto Gil, Gege/ UNS/ Sony Music 2015
“Carla visita Gilberto Gil”, Carla Visi, Mza 2001
“40 anos de sucesso”, Coral Grupo Vozes, D’altomare 2012
“Quilombo musica”, Elsio Alvarez, RGE
“Uma flauta na MPB”, Estevao Teixeira, CID 1998
“Quando o céu clarear”, Fabiana Cozza e Rappin Hood, Lua Produções 2009
Forracatu, Sony Music 1998
“Bandadois”, Gilberto Gil, Gege Produções 2009
“Banda larga ao vivo em São Paulo”, Gilberto Gil, Gege Produções 2008
“Concerto de cordas e máquinas de ritmo”, Gilberto Gil, Gege Produções/Biscoito Fino 2012
“Um banda um”, Gilberto Gil, Warner Music 1990
“Eletracústico”, Gilberto Gil, Warner Music 2004
“Gil + 10”, Gilberto Gil e Preta Gil, Pedra da Gávea 2011
“Duetos”, Gilberto Gil e Happin Hood, Warner Music 2007
“A casa do Zé para crianças”, Grupo a casa do Zé 2008
“Presente de vô”, Grupo Ponto de Partida e Coral Meninos de Araçuaí 2013
Grupo Rastapé, EMI Music 2006
“Sujeito homem II “, Happin Hood, Trama 2005
“Iriê”, Iriê, Orbeat 2006
“Ito Moreno e banda Clube do Forro”, Ito Moreno, Veleiro 2001
“Malabaristas do sinal vermelho”, João Bosco, Sony Music 2003
“Decamerão”, Jorge Mautner e Nelson Jacobina, Som Livre 2009
“Barato total – Elas cantam Gilberto Gil”, Som livre 2008
“Mais coisas do Brasil”, Leila Pinheiro, Universal Music 2001
“Marcus Menna”, Marcus Menna, LGK Music 2007
“Para Gil e Caetano”, Margareth Menezes, Canal Brasil 2014
“Menina do Céu”, Menina do Céu, Radar Records 2013
“Festa no Céu”, Menina do Céu, Sony Music 2015
“Castelo Eletrônico”, Miska 2002
“Ney ao vivo”, Ney Matogrosso, Universal Music 2008
“Clássicos da MPB”, Orquestra Sinfônica UFRN e Camila Masiso, SESC 2012
“Brasil de A a Z”, Rastape, EMI Music 2007
“Rock in Rio 30 anos”, Skank, Musickeria 2015
“MPB em Chorinho”, Toco Preto, CID 1999
A fé e a “faia” – “O uso do ‘faiá’ é assumido com a intenção de legitimar uma forma chula contra a hegemonia do bem-falar das elites. É uma homenagem ao linguajar caipira, ao modo popular mineiro, paulista, baiano – brasileiro, enfim – de falar ‘falhar’ no interior. É quase como se a frase da canção não pudesse ser verdade se o verbo fosse pronunciado corretamente – o que seria um erro… Outro dia cometeram esse ‘deslize’ na Bahia, ao utilizarem a
Filhos de Gandhi
Gilberto Gil
Omolu, Ogum, Oxum, Oxumaré
Todo o pessoal
Manda descer pra ver
Filhos de Gandhi
Iansã, Iemanjá, chama Xangô
Oxossi também
Manda descer pra ver
Filhos de Gandhi
Mercador, Cavaleiro de Bagdá
Oh, Filhos de Obá
Manda descer pra ver
Filhos de Gandhi
Senhor do Bonfim, faz um favor pra mim
Chama o pessoal
Manda descer pra ver
Filhos de Gandhi
Oh, meu Deus do céu, na terra é carnaval
Chama o pessoal
Manda descer pra ver
Filhos de Gandhi
BRGPG-15-00031
© Gege Edições Musicais
Ficha técnica da faixa:
voz e violão – Gilberto Gil
voz e violão – Caetano Veloso
Outras gravações:
“Salvador negro amor”, Jauperi e Filhos de Gandhi, Maianga
“Drama – Luz da noite”, Maria Bethânia, Philips
“Quarteto em CY”, Quarteto em CY, Universal Music
“Negrolume”, Wagner Cosse, Tratore
“Dois amigos, um século de música”, Caetano Veloso & Gilberto Gil, Sony Music 2015
“Serie colecionador”, Gil e Jorge, Universal Music 1998
“Grandes mestres da MPB 2”, Gilberto Gil, Warner Music, Gilberto Gil 1977
“Coisas de jorge”, Gilberto Gil, EMI Music 2007
“Em concerto”, Gilberto Gil, Geleia Geral 1987
“Mantas filhos de Gandhi”, Gilberto Gil, Maria Lucia De Paiva
“20 Obras primas”, Gilberto Gil, Polygram Music 1996
“O viramundo ao vivo”, Gilberto Gil, Polygram Music 1998
“Gilberto Gil ao vivo – USP (1973)”, Gilberto Gil, Discobertas 2017
“Série gold”, Gilberto Gil, Universal Music 2002
“Serie melhor de dois”, Gilberto Gil, Universal Music 2000
“Sound+vision- phono 73”, Gilberto Gil, Universal Music 2005
“Dance of the orixás – pure Brazil II”, Gilberto Gil, Universal Music 2005
“Serie sem limite cd 1”, Gilberto Gil, Universal Music 2001
“Mestres da MPB”, Gilberto Gil, Warner Music 1992
“Eletracústico”, Gilberto Gil, Warner Music 2004
“Em concerto”, Gilberto Gil, Warner Music 2002
“La passion sereine”, Gilberto Gil, Works Editores 2005
“Sound + vision – phono 73”, Gilberto Gil e Jorge Ben, Universal Music 2005
“Box salve jorge”, Gilberto Gil e Jorge Ben, Universal Music 2009
“20 grandes sucessos de Gilberto Gil”, Gilberto Gil e Jorge Ben, Polygram Music 1998
“Salvador negro amor”, Gilberto Gil, Maianga 2006
“Drama – luz da noite”, Philips 1973
“Quarteto em CY – 40 anos”, Quarteto em CY, Universal Music 2004
“Sem limite III – cd 1”, Quarteto em CY, Universal Music 2001
“Resistindo”, Quarteto em CY, Universal Music 2017
“Movimento afropopbrasileiro vol. I”, Tatau e componentes do Gandhi, Estrela do mar 2007
“Trio Quintana ao vivo puro”, Trio Quintana , Gabriel J.M.Schwartz 2001
“Baracão cultural”, Urbanda 2003
“Ivete”, Wado, Tratore distribuição de CD 2008
“Negrolume”, Wagner Cosse, Tratore Distribuição de CD ‘S 2008
“Chegado de Londres, em 72, eu fui passar o carnaval na Bahia, e encontrei o Afoxé Filhos de Gandhi sem massa humana na avenida, reduzido a apenas uns quarenta ou cinquenta na Praça da Sé. O bloco, tão vivo na minha memória, tinha sido um dos grandes emblemas da minha infância e era o mais antigo da cidade. Começou a sair em 49, quando eu tinha sete anos; os integrantes passavam pela porta de casa no bairro de Santo Antonio, todos de branco, com turbantes e lençóis, palhas de alho trançadas e fita na cabeça, e com um toque que era diferente do samba, da marcha, do frevo, dando uma sensação de espaço sagrado (depois viemos a saber que o afoxé era mesmo um toque religioso do candomblé). Eu tinha veneração pelo Gandhi, e ao revê-lo numa situação de indigência, me deu uma dor seguida de um arroubo de filialidade, de amor de filho, arrimo de família; resolvi dar uma força. A primeira coisa que fiz foi me inscrever no bloco – para ‘engrossar o caldo’. Depois fiz a música, e continuei saindo – saí treze anos seguidos. As fileiras foram aumentando, e o
Domingo no parque
Gilberto Gil
O rei da brincadeira – ê, José
O rei da confusão – ê, João
Um trabalhava na feira – ê, José
Outro na construção – ê, João
A semana passada, no fim da semana
João resolveu não brigar
No domingo de tarde saiu apressado
E não foi pra Ribeira jogar
Capoeira
Não foi pra lá pra Ribeira
Foi namorar
O José como sempre no fim da semana
Guardou a barraca e sumiu
Foi fazer no domingo um passeio no parque
Lá perto da Boca do Rio
Foi no parque que ele avistou
Juliana
Foi que ele viu
Juliana na roda com João
Uma rosa e um sorvete na mão
Juliana, seu sonho, uma ilusão
Juliana e o amigo João
O espinho da rosa feriu Zé
E o sorvete gelou seu coração
O sorvete e a rosa – ô, José
A rosa e o sorvete – ô, José
Oi, dançando no peito – ô, José
Do José brincalhão – ô, José
O sorvete e a rosa – ô, José
A rosa e o sorvete – ô, José
Oi, girando na mente – ô, José
Do José brincalhão – ô, José
Juliana girando – oi, girando
Oi, na roda gigante – oi, girando
Oi, na roda gigante – oi, girando
O amigo João – João
O sorvete é morango – é vermelho
Oi, girando, e a rosa – é vermelha
Oi, girando, girando – é vermelha
Oi, girando, girando – olha a faca!
Olha o sangue na mão – ê, José
Juliana no chão – ê, José
Outro corpo caído – ê, José
Seu amigo, João – ê, José
Amanhã não tem feira – ê, José
Não tem mais construção – ê, João
Não tem mais brincadeira – ê, José
Não tem mais confusão – ê, João
BRGPG-15-00032
© Gege Edições Musicais
Ficha técnica da faixa:
voz e violão – Gilberto Gil
voz e violão – Caetano Veloso
Outras gravações:
“Cordas vocais”, Andrea Montezuma e Jorjão Carvalho
“A voz do bandolim”, Armandinho, Vison
“Banda de Boca”, Banda de Boca, Atração
“Céu da Boca”, Céu da Boca, Polygram
“Claudya e Zimbo Trio”, Claudya e Zimbo Trio, Movieplay
“Cynara & Cybele”, Cynara & Cybele, CBS
“Atenciosamente”, Duofel, Trama
“Minha voz”, Gal Costa, Philips
“Gaya e Rogério Duprat”, Gaya e Rogério Duprat, Philips
“Nova série”, Golden Boys, Warner Music
“Rastapé”, Rastapé, EMI Music
“Grupo Sensação”, Grupo Sensação, Warner
“Songbook Gilberto Gil”, Hermeto Pascoal e Margareth Menezes, Lumiar Music
“Margareth Menezes”, Margareth Menezes, Natasha
“A arte de Os Mutantes”, Os Mutantes, Universal Music
“Os Solistas”, Os Solistas, Fermata
“Reginaldo Rossi”, Reginaldo Rossi, Chantecler
“Rita Lee ao vivo”, Rita Lee, Biscoito Fino
“A banda tropicalista do Duprat”, Rogério Duprat, Universal Music
“Titulares do Ritmo”, Titulares do Ritmo, RGE
“Juventude 2000”, Wilson das Neves e seu conjunto, EMI Music
“Zimbo Trio”, Zimbo Trio, RGE
Montar algo diferente, partindo de elementos regionais, baianos, para o festival da TV Record: esse era o projeto de Gil ao começar a pensar a canção. “Daí a idéia”, conta ele, “de usar um toque de berimbau, de roda de capoeira, como numa cantiga folclórica. O início da melodia e da letra da música já é tirado desses modos. Com a caracterização do capoeirista e do feirante como personagens, eu já tinha os elementos nítidos para começar a criação da história.”
*
“Algumas pessoas pensam que rima é só ornamento, mas a rima descortina paisagens e universos incríveis; de repente, você se depara no lugar mais absurdo. Eu, que a procuro primeiro na cabeça, no alfabeto interno – mas também vou ao dicionário -, vejo três fatores simultâneos determinantes para a escolha da rima: além do som, o sentido e o necessário deslocamento.
“Em Domingo no Parque, pra rimar com ‘sumiu’, eu cheguei à Boca do Rio (bairro de Salvador). E quando eu pensei na Boca do Rio, me veio um parque de diversões que eu tinha visto, não sei quantos anos antes, instalado lá, e que, desde então, identificava a Boca do Rio pra mim: desde aquele dia, a lembrança do lugar vinha sempre junto com a roda gigante que eu tinha visto lá. Aí eu quis usar o termo e anotei, lateralmente, no papel: ‘roda gigante’. Ela ia ter que vir pra história de alguma maneira, em instantes.
“Era preciso também fazer o João e o José se encontrarem. O João não tinha ido ‘pra lá’, pra Ribeira; tinha ido ‘namorar’ (pra rimar com ‘lá’). Onde? Na Boca do Rio, pra onde o José, de outra parte da cidade, também foi. No parque vem
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