Cérebro eletrônico
Gilberto Gil
O cérebro eletrônico faz tudo
Faz quase tudo
Quase tudo
Mas ele é mudo
O cérebro eletrônico comanda
Manda e desmanda
Ele é quem manda
Mas ele não anda
Só eu posso pensar se Deus existe
Só eu
Só eu posso chorar quando estou triste
Só eu
Eu cá com meus botões de carne e osso
Hum, hum
Eu falo e ouço
Hum, hum
Eu penso e posso
Eu posso decidir se vivo ou morro
Porque
Porque sou vivo, vivo pra cachorro
E sei
Que cérebro eletrônico nenhum me dá socorro
Em meu caminho inevitável para a morte
Porque sou vivo, ah, sou muito vivo
E sei
Que a morte é nosso impulso primitivo
E sei
Que cérebro eletrônico nenhum me dá socorro
Com seus botões de ferro e seus olhos de vidro
61987670
© Gege Edições Musicais
Ficha técnica da faixa:
voz e violão – Gilberto Gil
guitarra – Lanny Gordin
baixo – Sérgio Barroso
bateria – Wilson das Neves
piano, órgão e arranjo de metais – Chiquinho de Moraes
Outras gravações:
“Barulhinho bom”, Marisa Monte, EMI Music
“A arte de Gilberto Gil”, Polygram/Fontana 1985
“Multishow ao vivo – Caetano e Maria Gadú”, Caetano Veloso e Maria Gadú, Universal Music 2011
“Gilberto Gil revisitado”, Gilberto Gil, Dubas Music 2004
“Personalidade – vol. 2”, Gilberto Gil, 2 Novodisc Mídia Digital 2013
“Giluminoso”, Gilberto Gil, Biscoito Fino 2006
“UNB”, Gilberto Gil 1999
“Millennium”, Gilberto Gil, Universal Music 2004
“Gilberto Gil”, Gilberto Gil, Universal Music 2004
“Quilombo”, Gilberto Gil, Warner Music 2002
“Quanta gente veio ver”, Gilberto Gil, Warner Music 1998
“It’s good to be alive – anos 90”, Gilberto Gil, Warner Music 2002
“Barulinho bom”, Marisa Monte, EMI Music 2004
“Viver a vida”, Mylena, Som Livre 2009
“Tempos modernos”, Mylene, Som Livre 2009
“Eu estava preso havia umas três semanas, quando o sargento Juarez me perguntou se eu não queria um violão. Eu disse: ‘Quero’. E ele me trouxe um, com a permissão do comandante do quartel. O violão ficou comigo uns quinze dias. Aí, eu, que até então não tinha tido estímulo para compor (faltava a ‘voz’ da música, o instrumento), fiz Cérebro Eletrônico, Vitrines e Futurível – além de uma outra, também sob esse enfoque, ou delírio, científico-esotérico, que possivelmente ficou apenas no esboço e eu esqueci.
“O fato de eu ter sido violentado na base de minha condição existencial – meu corpo – e me ver privado da liberdade da ação e do movimento, do domínio pleno de espaço-tempo, de vontade e de arbítrio, talvez tenha me levado a sonhar com substitutivos e a, inconscientemente, pensar nas extensões mentais e físicas do homem, as suas criações mecânicas; nos comandos tele-acionáveis que aumentam sua mobilidade e capacidade de agir e criar. Porque essas são idéias que perpassam as três canções.”
Gilberto Gil
Zeca, meu pai, comprou
Um Volks-Volkswagen blue
Zeca, meu pai, comprou
Um carrinho todo azul
Para Beto, para Dina
Chega benção de Claudina
Anda minha mãe mofina
Que saudade, que saudade das meninas
Duas marinaravilhas
Minha cara, duas filhas
Minha caravela, ê
Vai seguindo rumo, ê
Minha cara Bela, ê
Vai seguindo rumo, ê
Viva Bela, ê, ê, camará
Vida bela, ê, ê, camará
Margarida, ê
Me criou pra valer
Morena, morenê, camará
Vou ficar com você
Vou viver com você, camará
Com Jesus vou morrer
Zeca, meu pai, comprou
Um VW mais novo
Zeca, meu pai, mandou
Um beijo, um abraço saudoso
Zeca, meu pai, comprou
Um VW mais novo
Zeca, meu pai, mandou
Um beijo, um abraço gostoso
61666084
© Gege Edições Musicais
Ficha técnica da faixa:
voz e violão – Gilberto Gil
guitarra – Lanny Gordin
baixo – Sérgio Barroso
bateria – Wilson das Neves
piano, órgão e arranjo de metais – Chiquinho de Moraes
“Feita no período da prisão domiciliar em Salvador, antes do exílio. Meu pai veio de Vitória da Conquista e nós andamos muito com ele em seu carrinho azul: eu e minha filha Nara, que ele e minha mãe criavam na época – Belina [primeira mulher de Gil] estava sozinha em Salvador e eles ficaram tomando conta das meninas, as duas maravilhas: Nara e Marilia. Um período de produção auto-referente e auto-reveladora. Era preciso afirmar a legitimidade do trabalho na praça e a transparência na relação artista-comunidade, cantor e coro: a coisa da tragédia grega.”
*
Beto e Dina, citados na letra, são Gilberto Gil e sua irmã Gildina, referidos pelo apelido com que eram chamados em casa, no ambiente familiar. Bela é Belina, mãe de Nara e Marília.
O Rio de Janeiro continua lindo
O Rio de Janeiro continua sendo
O Rio de Janeiro, fevereiro e março
Alô, alô, Realengo – aquele abraço!
Alô, torcida do Flamengo – aquele abraço!
Chacrinha continua balançando a pança
E buzinando a moça e comandando a massa
E continua dando as ordens no terreiro
Alô, alô, seu Chacrinha – velho guerreiro
Alô, alô, Terezinha, Rio de Janeiro
Alô, alô, seu Chacrinha – velho palhaço
Alô, alô, Terezinha – aquele abraço!
Alô, moça da favela – aquele abraço!
Todo mundo da Portela – aquele abraço!
Todo mês de fevereiro – aquele passo!
Alô, Banda de Ipanema – aquele abraço!
Meu caminho pelo mundo eu mesmo traço
A Bahia já me deu régua e compasso
Quem sabe de mim sou eu – aquele abraço!
Pra você que meu esqueceu – aquele abraço!
Alô, Rio de Janeiro – aquele abraço!
Todo o povo brasileiro – aquele abraço!
60259531
© Gege Edições Musicais
Ficha técnica da faixa:
voz e violão – Gilberto Gil
guitarra – Lanny Gordin
baixo – Sérgio Barroso
bateria – Wilson das Neves
piano, órgão e arranjo de metais – Chiquinho de Moraes
Outras gravações:
“Arthur Moreira Lima”, Arthur Moreira Lima, SONY
“Show Elis e Miele”, Elis Regina e Miele, Polygram
“Força de expressão”, Ivo Meirelles e Funk’n’lata, FC Record
“Leandro Sapucahy ao vivo”, Leandro Sapucahy, Warner Music
“Ao vivo no Metropolitam”, Legião Urbana, EMI
“Songbook Gilberto Gil vol1”, Tim Maia, Lumiar
“MPB em CY”, Quarteto em Cy, CID
“Igreja Jesus Cristo Dos Santos Do Ultim”, Celebração 2004
“A musica de Gilberto Gil”, TCPA/TOP CAT 2007
“3 na bossa”, Deck Produções Artisticas 2014
“Samba da minha terra”, Alexandre Pires, Emi Music 2013
“Cristo 80 anos – show da paz”, Alexandre Pires, GLP Marketing e Entretenimento 2011
“Na veia”, Arlindo Cruz e Rogê, Polysom 2016
Arthur Moreira Lima, Sony 2000
“SPB”, Augusto Martins, Mills Records 2011
“Amores do Rio Firjan”, Banda e coral da Firjan 2002
“Rod Hanna disco Club”, Banda Rod Hanna, Lua Produçõe Sonoras Especiais 2008
“Barra 69”, Caetano veloso com Gilberto Gil, Universal 1996
“Cantando o Brasil”, Coral de Itaipu, Itaipu Binacional 2014
“Daniela Mercury e cabeça de nós todos”, Oesp Mídia S.A 2013
Flora Caju, Dimi Zumque, Claudia Teixeira/CT Prod. e Eventos 2002
“Retrato cantado – Dimi Zumquê 25 anos”, Dimi Zumque, Edmilson Donizeti Da Silva 2014
“Light my fire”, Eliane Elias 2012
“Show Elis e Miele”, Elis e Miele, Polygram 1998
“Elis Regina revistada”, Elis Regina, Dubas 2005
“Elymar canta Marron”, Elymar Dos Santos 2011
“Equale no Expresso 2222 Cdyou”, Equale, Eletrônica Digital 2001
“Som do barzinho vol. 10”, Evandro Marinho, Universal Music 2001
“Evelyn”, Evelyn, Som livre 2005
“Perfil – Fernanda Abreu”, Fernanda Abreu, Som Livre 2010
“ALM a música ao vivo”, Francis Hime, Biscoito Fino
“Live in London 71 – disco 3 “, Gal Costa e Gilberto Gil, Polysom 2014
“Historia da MPB”, Gilberto Gil, Abril Cultural, Fasciculos 2012
“As letras que o Brasil canta”, Gilberto Gil, Academia Brasileira De Letras 2007
“Música do seculo 5” Gilberto Gil, Caras 1999
“Bar do Mineiro Santa Teresa Rio de Janeiro”, Gilberto Gil, Dubas 2003
“Anos dourados – anos 60 e 70”, Gilberto Gil, Emi 1999
“Projeto especial Readers Digest”, Gilberto Gil, Emi music 1999
“Autografos de sucessos”, Gilberto Gil, Emi Music 1982
“Viagem Nestlé pela literatura”, Gilberto Gil, Fundação Nestlé 2003
“Banda Larga ao vivo em São Paulo”, Gilberto Gil, Gege Produções Artísticas 2008
“T.s. Os Dias Eram Assim”, Gilberto Gil, Som Livre 2017
“Grandes hits MPB1”, Gilberto Gil, Gradiante 2001
“Classicos do Brasil”, Gilberto Gil, L & N 2003
“55 anos de sucessos”, Gilberto Gil, Philps 1978
“Minha historia”, Gilberto Gil, Polygram 1993
Humberto Teixeira
Carlos Barroso
[ música e letra de Humberto Teixeira e Carlos Barroso ]
64947076
© Editora e Importadora Fermata do Brasil LTDA.
Ficha técnica da faixa:
voz e violão – Gilberto Gil
guitarra – Lanny Gordin
baixo – Sérgio Barroso
bateria – Wilson das Neves
piano, órgão e arranjo de metais – Chiquinho de Moraes
Caetano Veloso
64947076
© Guilherme Araújo Produções Artísticas LTDA. (adm. por Warner/Chappell Edições Musicais LTDA.)
Ficha técnica da faixa:
voz e violão – Gilberto Gil
guitarra – Lanny Gordin
baixo – Sérgio Barroso
bateria – Wilson das Neves
piano, órgão e arranjo de metais – Chiquinho de Moraes
Gilberto Gil
As vitrines são vitrines
Sonhos guardados perdidos
Em claros cofres de vidro
Um astronauta risonho
Como um boneco falante
Numa pequena vitrine
De plástico transparente
Uma pequena vitrine
A escotilha da cabine
Mundo do lado de fora
Do lado de fora, a ilha
A ilha Terra distante
Pequena esfera rolante
A Terra bola azulada
Numa vitrine gigante
O cosmonauta, a vitrine
No cosmos de tudo e nada
De éter de eternidade
De qualquer forma vitrine
Tudo que seja ou que esteja
Dentro e fora da cabine
Eter-cosmo-nave-nauta
Acoplados no infinito
Uma vitrine gigante
Plataforma de vitrines
Eu penso nos olhos dela
Atrás das lentes azuis
Dos óculos encantados
Que ela viu numa vitrine
Óculos que eu dei a ela
Num dia de muita luz
Os óculos são vitrines
Seus olhos azuis, meu sonho
Meu sonho de amor perdido
Atrás de lentes azuis
Vitrines de luz, seus olhos
Infinitamente azuis
As vitrines são vitrines
Sonhos guardados perdidos
Em claros cofres de vidro
64947050
© Gege Edições Musicais
Ficha técnica da faixa:
voz e violão – Gilberto Gil
guitarra – Lanny Gordin
baixo – Sérgio Barroso
bateria – Wilson das Neves
piano, órgão e arranjo de metais – Chiquinho de Moraes
“Vitrines tem um ingrediente romântico que vem do fato de eu ter namorado uma menina de olhos azuis na Espanha, para onde fomos fazer o show da Rhodia, Momento 68; uma brasileira que tinha ido com a gente pra lá e pra quem eu tinha comprado um par de óculos que tinham sido perdidos e achados de novo numa vitrine de uma outra cidade.
“A visão dos olhos através dos óculos: a canção desenvolve uma idéia poética elaborada, de penetração nas profundidades de camadas sobrepostas sobre o ser, de caixas transparentes contendo corpos dentro de corpos, almas dentro de almas.
“É engraçado hoje em dia eu me debruçar sobre essas coisas que eu não imaginava que pudessem ter o valor que a gente resgata agora, e que pra mim eram somente impulsos, assomos, e ver que de fato eram manifestações de alma poética, poesia já, reveladoras de um espírito de época, e das quais tudo o que eu vim a fazer depois parece carbono, cópia melhorada, desdobramento.”
Rita Lee
Tom Zé
64947041
© Guilherme Araújo Produções Artísticas LTDA. (adm. por Warner/Chappell Edições Musicais LTDA.)
Ficha técnica da faixa:
voz e violão – Gilberto Gil
guitarra – Lanny Gordin
baixo – Sérgio Barroso
bateria – Wilson das Neves
piano, órgão e arranjo de metais – Chiquinho de Moraes
Gilberto Gil
Você foi chamado, vai ser transmutado em energia
Seu segundo estágio de humanóide hoje se inicia
Fique calmo, vamos começar a transmissão
Meu sistema vai mudar
Sua dimensão
Seu corpo vai se transformar
Num raio, vai se transportar
No espaço, vai se recompor
Muitos anos-luz além
Além daqui
A nova coesão
Lhe dará de novo um coração mortal
Pode ser que o novo movimento lhe pareça estranho
Seus olhos talvez sejam de cobre, seus braços de estanho
Não se preocupe, meu sistema manterá
A consciência do ser
Você pensará
Seu corpo será mais brilhante
A mente, mais inteligente
Tudo em superdimensão
O mutante é mais feliz
Feliz porque
Na nova mutação
A felicidade é feita de metal
61666092
© Gege Edições Musicais
Ficha técnica da faixa:
voz e violão – Gilberto Gil
guitarra – Lanny Gordin
baixo – Sérgio Barroso
bateria – Wilson das Neves
piano, órgão e arranjo de metais – Chiquinho de Moraes
Outras gravações:
“Concerto de cordas e máquinas de ritmo”, Gilberto Gil, Biscoito Fino 2012
“1969”, Gilberto Gil, Universal Muisc 2000
“Em relação às perspectivas de um ‘mundo novo’ e suas implicações, diferentemente de Lunik 9, que reagia contrariamente a elas, Cérebro Eletrônico já as admitia, mas com uma certa ironia; ali, o homem diz para o computador: ‘Tudo bem você, mas eu sou mais eu’ (o que, aliás, é o pressuposto básico da cibernética e continua sendo o pressuposto do que está a serviço do homem, as novas inteligências artificiais colocadas sob o controle da inteligênca original, a humana, a dos neurônios).
“Futurível vai além, ao ponto de propor um futuro possível (‘futurível’: mais uma vez, o procedimento concretista). O eu da música é o cientista detentor da tecnologia (ou o extraterreno mais avançado) falando para o homem comum (a cobaia…) do teste de iniciação aos novos tempos a que ele será submetido, nesses termos: ‘Olha, você está sendo trazido pra um novo estágio de humanidade, mas não se preocupe, isso é muito natural’.
“Outro dia eu estava lendo uma entrevista com o Buckminster Fuller que o Arnaldo Antunes me mandou, onde ele, respondo a várias questões relativas a tecnologia e ecologia, dizia: ‘Não temos com o que nos preocupar, não; nós vamos virar nylon mesmo’. Ele elabora uma trança de pensamentos para chegar a isso. Então, não tem muito jeito – por mais reativo que a gente seja a essas idéias, elas estão em andamento, em processamento.”
Gilberto Gil
Rogério Duarte
Rogério Duprat
– Diga lá.
– Digo eu.
– Diga você.
– E línguas como que de fogo tornaram-se invisíveis.
E línguas como que de fogo tornaram-se invisíveis. E se distribuíram e sobre cada um deles assentou-se uma. E todos eles ficaram cheios de espírito santo e principiaram a falar em línguas diferentes.
– Eu gosto mesmo é de comer com coentro. Uma moqueca, uma salada, cultura, feijoada, lucidez, loucura. Eu gosto mesmo é de ficar por dentro, como eu estive na barriga de Claudina, uma velha baiana cem por cento.
– Tudo é número. O amor é o conhecimento do número e nada é infinito. Ou seja: será que ele cabe aqui no espaço beijo da fome? Não. Ele é o que existe, mais o que falta.
– O invasor me contou todos os lances de todos os lugares onde andou. Com um sorriso nos lábios ele disse: “A eternidade é a mulher do homem. Portanto, a eternidade é seu amor”.
Compre, olhe, vire, mexa. Talvez no embrulho você ache o que precisa. Pare, ouça, ande, veja. Não custa nada. Só lhe custa a vida.
– Entre a palavra e o ato, desce a sombra. O objeto identificado, o encoberto, o disco-voador, a semente astral.
– A cultura, a civilização só me interessam enquanto sirvam de alimento, enquanto sarro, prato suculento, dica, pala, informação.
– A loucura, os óculos, a pasta de dentes, a diferença entre o 3 e o 7. Eu crio.
A morte, o casamento do feitiço com o feiticeiro. A morte é a única liberdade, a única herança deixada pelo Deus desconhecido, o encoberto, o objeto semi-identificado, o desobjeto, o Deus-objeto.
– O número 8 é o infinito, o infinito em pé, o infinito vivo, como a minha consciência agora.
– Cada diferença abolida pelo sangue que escorre das folhas da árvore da morte. Eu sou quem descria o mundo a cada nova descoberta. Ou apenas este espetáculo é mais um capítulo da novela “Deus e o Diabo etc. etc. etc.”
– O número 8 dividido é o infinito pela metade. O meu objetivo agora é o meu infinito. Ou seja: a metade do infinito, da qual metade sou eu, e outra metade é o além de mim.
– E fim de papo.
– Tá legal.
64996450
© Gege Edições Musicais / © Direto
Ficha técnica da faixa:
voz e violão – Gilberto Gil
guitarra – Lanny Gordin
baixo – Sérgio Barroso
bateria – Wilson das Neves
piano, órgão e arranjo de metais – Chiquinho de Moraes
“Uma leitura de pequenos excertos dos nossos cadernos de anotações – meu e de Rogério Duarte -, fruto das longas conversas que tivemos durante os três meses [após a prisão no Rio] em que convivemos então em Salvador; das nossas especulações sobre sobrenaturalidade e hiper-realidade; das nossas leituras sobre yoga; das elaborações que fiz de minhas meditações na prisão. O Rogério Duprat colocou a música depois.”
Gilberto Gil
O Rio de Janeiro continua lindo
O Rio de Janeiro continua sendo
O Rio de Janeiro, fevereiro e março
Alô, alô, Realengo – aquele abraço!
Alô, torcida do Flamengo – aquele abraço!
Chacrinha continua balançando a pança
E buzinando a moça e comandando a massa
E continua dando as ordens no terreiro
Alô, alô, seu Chacrinha – velho guerreiro
Alô, alô, Terezinha, Rio de Janeiro
Alô, alô, seu Chacrinha – velho palhaço
Alô, alô, Terezinha – aquele abraço!
Alô, moça da favela – aquele abraço!
Todo mundo da Portela – aquele abraço!
Todo mês de fevereiro – aquele passo!
Alô, Banda de Ipanema – aquele abraço!
Meu caminho pelo mundo eu mesmo traço
A Bahia já me deu régua e compasso
Quem sabe de mim sou eu – aquele abraço!
Pra você que meu esqueceu – aquele abraço!
Alô, Rio de Janeiro – aquele abraço!
Todo o povo brasileiro – aquele abraço!
68529012
© Gege Edições Musicais
Ficha técnica da faixa:
voz e violão – Gilberto Gil
guitarra – Lanny Gordin
baixo – Sérgio Barroso
bateria – Wilson das Neves
piano, órgão e arranjo de metais – Chiquinho de Moraes
Outras gravações:
“Arthur Moreira Lima”, Arthur Moreira Lima, SONY
“Show Elis e Miele”, Elis Regina e Miele, Polygram
“Força de expressão”, Ivo Meirelles e Funk’n’lata, FC Record
“Leandro Sapucahy ao vivo”, Leandro Sapucahy, Warner Music
“Ao vivo no Metropolitam”, Legião Urbana, EMI
“Songbook Gilberto Gil vol1”, Tim Maia, Lumiar
“MPB em CY”, Quarteto em Cy, CID
“Igreja Jesus Cristo Dos Santos Do Ultim”, Celebração 2004
“A musica de Gilberto Gil”, TCPA/TOP CAT 2007
“3 na bossa”, Deck Produções Artisticas 2014
“Samba da minha terra”, Alexandre Pires, Emi Music 2013
“Cristo 80 anos – show da paz”, Alexandre Pires, GLP Marketing e Entretenimento 2011
“Na veia”, Arlindo Cruz e Rogê, Polysom 2016
Arthur Moreira Lima, Sony 2000
“SPB”, Augusto Martins, Mills Records 2011
“Amores do Rio Firjan”, Banda e coral da Firjan 2002
“Rod Hanna disco Club”, Banda Rod Hanna, Lua Produçõe Sonoras Especiais 2008
“Barra 69”, Caetano veloso com Gilberto Gil, Universal 1996
“Cantando o Brasil”, Coral de Itaipu, Itaipu Binacional 2014
“Daniela Mercury e cabeça de nós todos”, Oesp Mídia S.A 2013
Flora Caju, Dimi Zumque, Claudia Teixeira/CT Prod. e Eventos 2002
“Retrato cantado – Dimi Zumquê 25 anos”, Dimi Zumque, Edmilson Donizeti Da Silva 2014
“Light my fire”, Eliane Elias 2012
“Show Elis e Miele”, Elis e Miele, Polygram 1998
“Elis Regina revistada”, Elis Regina, Dubas 2005
“Elymar canta Marron”, Elymar Dos Santos 2011
“Equale no Expresso 2222 Cdyou”, Equale, Eletrônica Digital 2001
“Som do barzinho vol. 10”, Evandro Marinho, Universal Music 2001
“Evelyn”, Evelyn, Som livre 2005
“Perfil – Fernanda Abreu”, Fernanda Abreu, Som Livre 2010
“ALM a música ao vivo”, Francis Hime, Biscoito Fino
“Live in London 71 – disco 3 “, Gal Costa e Gilberto Gil, Polysom 2014
“Historia da MPB”, Gilberto Gil, Abril Cultural, Fasciculos 2012
“As letras que o Brasil canta”, Gilberto Gil, Academia Brasileira De Letras 2007
“Música do seculo 5” Gilberto Gil, Caras 1999
“Bar do Mineiro Santa Teresa Rio de Janeiro”, Gilberto Gil, Dubas 2003
“Anos dourados – anos 60 e 70”, Gilberto Gil, Emi 1999
“Projeto especial Readers Digest”, Gilberto Gil, Emi music 1999
“Autografos de sucessos”, Gilberto Gil, Emi Music 1982
“Viagem Nestlé pela literatura”, Gilberto Gil, Fundação Nestlé 2003
“Banda Larga ao vivo em São Paulo”, Gilberto Gil, Gege Produções Artísticas 2008
“T.s. Os Dias Eram Assim”, Gilberto Gil, Som Livre 2017
“Grandes hits MPB1”, Gilberto Gil, Gradiante 2001
“Classicos do Brasil”, Gilberto Gil, L & N 2003
“55 anos de sucessos”, Gilberto Gil, Philps 1978
“Minha historia”, Gilberto Gil, Polygram 1993
Gilberto Gil
Eu agora não tô mais com medo
Tô com Pedro
Eu agora não tô mais com medo
Tô com Pedro
Eu agora já tô mais com Pedro
Do que com medo
Eu agora já tô mais com Pedro
Do que com medo
Deus me livre de ter medo agora
Depois que eu já me joguei no mundo
Deus me livre de ter medo agora
Depois que eu já pus os pés no fundo
Se você cair, não tenha medo
O mundo é fundo
Quem quiser no fundo encontra a porta
Do fim de tudo
Bem junto da porta está São Pedro
No fim do fundo
Findo
Fundo
Findo
Bem depois do fim de tudo o medo
Do fim do mundo
Bem depois do fim do mundo o medo
Do fim de tudo
Bem depois do fim do mundo o medo
Do fim do mundo
Bem depois do fim do mundo o medo
Do fim de tudo
68589024
© Gege Edições / Preta Music (EUA & Canada
Ficha técnica da faixa:
voz e violão – Gilberto Gil
guitarra – Lanny Gordin
baixo – Sérgio Barroso
bateria – Wilson das Neves
piano, órgão e arranjo de metais – Chiquinho de Moraes
Outras gravações:
“Gal”, Gal Costa, Polygram Comércio
Gilberto Gil
A cultura, a civilização
Elas que se danem
Ou não
Somente me interessam
Contanto que me deixem meu licor de genipapo
O papo
Das noites de São João
Somente me interessam
Contanto que me deixem meu cabelo belo
Meu cabelo belo
Como a juba de um leão
Contanto que me deixem
Ficar na minha
Contanto que me deixem
Ficar com minha vida na mão
Minha vida na mão
Minha vida
A cultura, a civilização
Elas que se danem
Ou não
Eu gosto mesmo
É de comer com coentro
Eu gosto mesmo
É de ficar por dentro
Como eu estive algum tempo
Na barriga de Claudina
Uma velha baiana
Cem por cento
68529036
© Gege Edições Musicais
Ficha técnica da faixa:
voz e violão – Gilberto Gil
guitarra – Lanny Gordin
baixo – Sérgio Barroso
bateria – Wilson das Neves
piano, órgão e arranjo de metais – Chiquinho de Moraes
Outras gravações:
“Gal Costa”, Gal Costa, Polysom Comércio 2014
“Caetano Veloso e Gal Costa – domingo – jewel case”, Gal Costa, Universal Music 2010
“Back in Bahia – ao vivo (1972)”, Gilberto Gil, Discobertas 2017
“Gilberto Gil”, Gilberto Gil, Universal Music 2000
“Depois dos rebeldes com causa, os rebeldes sem causa: derrubando os muros e as prateleiras. A cultura e a civilização que se danem ou não, pouco importa; sou inaugural, seminal; ponto zero: aqui começa outra história. Essa a expressão do dístico, slogan de época, placa, palavra de ordem. Em seguida, a afirmação do particular, do eu indivíduo, baiano. Quero estar no turbilhão das ruas, no olho do furacão do meu tempo, mas também quero paz; viver o tempo histórico, mas trazer até ele a história do meu passado, os elementos formadores do meu cerne. Como mostra o jogo desses contrastes, não se trata de um mergulho irracional na rebeldia. O dístico é niilista, mas os versos seguintes, ao contrário de justificá-lo, são preservadores.”
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