O eterno deus Mu dança!
Gilberto Gil
Sente-se a moçada descontente onde quer que se vá
Sente-se que a coisa já não pode ficar como está
Sente-se a decisão dessa gente em se manifestar
Sente-se o que a massa sente, a massa quer gritar:
“A gente quer mu-dança
O dia da mu-dança
A hora da mu-dança
O gesto da mu-dança”
Sente-se tranqüilamente e ponha-se a raciocinar
Sente-se na arquibancada ou sente-se à mesa de um bar
Sente-se onde haja gente, logo você vai notar
Sente-se algo diferente: a massa quer se levantar
Pra ver mu-dança
O time da mu-dança
O jogo da mu-dança
O lance da mu-dança
Sente-se – e não é somente aqui, mas em qualquer lugar:
Terras, povos diferentes – outros sonhos pra sonhar
Mesmo e até principalmente onde menos queixas há
Mesmo lá, no inconsciente, alguma coisa está
Clamando por mu-dança
O tempo da mu-dança
O sinal da mu-dança
O ponto da mu-dança
Sente-se, o que chamou-se Ocidente tende a arrebentar
Todas as correntes do presente para enveredar
Já pelas veredas do futuro ciclo do ar
Sente-se! Levante-se! Prepare-se para celebrar
O deus Mu dança!
O eterno deus Mu dança!
Talvez em paz Mu dança!
Talvez com sua lança
BRWMB9800348
© Gege Edições Musicais
Ficha técnica da faixa:
voz e guitarra – Gilberto Gil
guitarra – Celso Fonseca
baixo synth – Jorjão Barreto
teclado – William Magalhães
bateria – Jorginho Gomes
baixo – Didi Gomes
Outras gravações:
“Carla Visita Gilberto Gil (só chamei porque te amo)”, Carla Visi, MZA 2001
“Edilza A. Dos Santos”, Edilza 2002
“Cdyou”, Flenks, Eletrônica Digital 2001
“Vison”, Flenks 2000
“Gimmi’s”, Funkacid 2001
“O eterno deus mu dança”, Gilberto Gil, Warner Music 2002
“Grandes mestres da MPB – vol. 2”, Gilberto Gil, Warner Music 1993
“The eternal God of change”, Gilberto Gil, Warner Music 1989
“Warner 30 anos”, Gilberto Gil 2006
De acordo com Gil, o vocábulo “mu”, para designar uma divindade, assim como a palavra “mudança” transformada em nome próprio também de uma entidade divina, é uma licenciosidade poética, fundamentada semanticamente, contudo, numa relação com o termo Lemúria, do qual é extraído, e que é, segundo estudiosos esotéricos das idades, o nome da região pré-Atlântida de onde ter-se-ia originado a raça negra.
“Na verdade”, conta ele, “a criação do vocábulo foi acidental, tendo ocorrido em decorrência da decomposição da palavra ‘mudança’ em ‘mu-dança’, forçada pelo trecho da melodia que o Celsinho Fonseca tinha me dado, pronta, em Paris, para eu letrar. No final, tudo acabou ficando apropriado, tanto os substantivos Mu e Mudança significando dois deuses (um deus-deus e um deus-deusa) como o verbo dançar, já que a música era dançante, meio disco, meio funk.
“Sendo que o sentido de ‘mudança’ era, antes de tudo mais, o motivo principal da canção: a idéia paradoxal da transformação como a única constante do universo.”
Mulher de coronel
Gilberto Gil
Ouça o que eu tenho a dizer
Tome o que eu tenho pra dar
Se não servir pra você
Atire tudo no mar
Diga o que você disser
Sei que não vou me importar
Faça o que você fizer
Não deixarei de te amar
Onde você mora
Mora o meu coração
Quando você chora
Chora tudo que é olho
Da minha solidão
Se você namora
Ora, meu Deus
Que feliz deve ser
O mortal que provar
Desse mel que escorrer
Dos teus lábios, então
BRWMB9900463
© Gege Edições Musicais
Ficha técnica da faixa:
voz e guitarra – Gilberto Gil
guitarra – Celso Fonseca
percussão – Jorjão Barreto
teclado – Jorjão Barreto
bateria – Jorginho Gomes
percussão – Marçalzinho
vocal – Ana Fontes, Cecília Spyer e Luna Messina
Outras gravações:
“Chama chuva”, Candeeiro 2004
“O eterno Deus mu dança”, Gilberto Gil, Warner Music 1993
“The eternal God of change”, Gilberto Gil, Warner Music 1989
“Naturalmente”, Margareth Menezes, MZA Música e Produções 2010
“Margareth Menezes 2008”, MZA Música e Produções 2008
Uma canção antimachista onde a “mulher de coronel” é na verdade homem: é o “coronel” – só que, na palavras de Gil, “redimido do seu machismo na condição de amante endoidecido e extasiado diante da mulher que lhe inspira um amor tão grande que ele se regozija com a possibilidade de ela distribuí-lo generosamente para outros mortais”.
“Como era uma música nordestina, um xote, eu quis usar a imagem comum dos velhos coronéis do mundo rural – com suas amantes e uma mulher sempre submissa – para extrapolá-la. A verdade é que eu me lembrava também de casos similares (ao da canção) de que se tinha notícia no meu tempo de garoto onde eu morava: histórias de velhos apaixonados amantes de prostitutas; de senhores bem estabelecidos, comerciantes ou fazendeiros, que sustentavam e amavam uma determinada mulher com uma benevolência e uma transpossessividade que transbordava, acabando por incluir a abnegação.”
De Bob Dylan a Bob Marley – um samba-provocação
Gilberto Gil
Quando Bob Dylan se tornou cristão
Fez um disco de reggae por compensação
Abandonava o povo de Israel
E a ele retornava pela contramão
Quando os povos d’África chegaram aqui
Não tinham liberdade de religião
Adotaram Senhor do Bonfim:
Tanto resistência, quanto rendição
Quando, hoje, alguns preferem condenar
O sincretismo e a miscigenação
Parece que o fazem por ignorar
Os modos caprichosos da paixão
Paixão, que habita o coração da natureza-mãe
E que desloca a história em suas mutações
Que explica o fato da Branca de Neve amar
Não a um, mas a todos os sete anões
Eu cá me ponho a meditar
Pela mania da compreensão
Ainda hoje andei tentando decifrar
Algo que li que estava escrito numa pichação
Que agora eu resolvi cantar
Neste samba em forma de refrão:
“Bob Marley morreu
Porque além de negro era judeu
Michael Jackson ainda resiste
Porque além de branco ficou triste”
BRWMB9900464
© Gege Edições Musicais
Ficha técnica da faixa:
voz – Gilberto Gil
trombone – Serginho Trombone
bateria – Jorginho Gomes
cavaco – Alceu Maia
baixo – Didi Gomes
surdo, ganzá e tamborim – Baiano
tamborim – Zezinho Trambique
pandeiro, caixa e tamborim – Paulinho Da Aba
coro – Dinorah, Zelia, Marlene (as gatas), Raul Moreno
coro – Ari Bispo, Stenio Barcellos e Genaro
Outras gravações:
“Carla visita Gilberto Gil”, Carla Visi, MZA
“O eterno Deus mu dança”, Gilberto Gil, Warner Music 1989
“The eternal god of change”, Gilberto Gil, Warner Music 2002
“The very best of Gilberto Gil the soul of Brazil”, Gilberto Gil, Warner Music 2005
Cada tempo em seu lugar
Gilberto Gil
Preciso refrear um pouco o meu desejo de ajudar
Não vou mudar um mundo louco dando socos para o ar
Não posso me esquecer que a pressa
É a inimiga da perfeição
Se eu ando o tempo todo a jato, ao menos
Aprendi a ser o último a sair do avião
Preciso me livrar do ofício de ter que ser sempre bom
Bondade pode ser um vício, levar a lugar nenhum
Não posso me esquecer que o açoite
Também foi usado por Jesus
Se eu ando o tempo todo aflito, ao menos
Aprendi a dar meu grito e a carregar a minha cruz
Ô-ô, ô-ô
Cada coisa em seu lugar
Ô-ô, ô-ô
A bondade, quando for bom ser bom
A justiça, quando for melhor
O perdão:
Se for preciso perdoar
Agora deve estar chegando a hora de ir descansar
Um velho sábio na Bahia recomendou: “Devagar”
Não posso me esquecer que um dia
Houve em que eu nem estava aqui
Se eu ando por aí correndo, ao menos
Eu vou aprendendo o jeito de não ter mais aonde ir
Ô-ô, ô-ô
Cada tempo em seu lugar
Ô-ô, ô-ô
A velocidade, quando for bom
A saudade, quando for melhor
Solidão:
Quando a desilusão chegar
BRWMB9900465
© Gege Edições Musicais
Ficha técnica da faixa:
voz e violão – Gilberto Gil
teclado – Jorjão Barreto
percussão – Marçalzinho
Outras gravações:
“Carol Sabóia”, Carol Sabóia, Jam Music
“Origami”, Josyane Melo, Chita Produções
“Cada tempo em seu lugar”, Cacala Carvalho e João Braga, Mills Records 2012
“O eterno Deus mu dança”, Gilberto Gil, Warner Music 1989
“The eternal god of change”, Gilberto Gil, Warner Music 1989
“Healing select bossa nova”, Gilberto Gil, Warner Music 2007
“Origami”, Josyane Melo, Chita Produções 2007
“Céu e mar”, Leila Pinheiro e Nélson Faria, Biscoito Fino 2013
“Um auto-retrato autocrítico.
O começo versa sobre a atuação política no mundo; a ilusão de que a transformação pode ser feita segundo o seu lema, sua imagem; de que ela não é um processo lento, contraditório, cheio de altos e baixos e de vaivens, ao invés de um escorrer no tempo; e o fato de que muitas vezes ela é imperceptível, misteriosa, e o afã humano de que ela seja algo dominável é uma panacéia, coisa das ideologias. Muito a ver com eu ter ido para a política, tentar dar uma contribuição, como gratificação egoísta de desejo.
“Eu tinha passado pela Secretaria de Cultura, tentado a Prefeitura, vivido dois anos intensamente conflituosos da vida política em Salvador. Estava na Câmara, quando compus a música. Há nela um tom de lamento de The Fool on The Hill: o homem solitário, na montanha, apreciando o mundo louco; louco, também, de vê-lo e ser parte dele.
“Na segunda estrofe, outra auto-crítica: à mania de bondade. E na última, à irracionalidade do ímpeto como algo de eficácia indiscutível; à pretensão de que do impulso decorra tudo que se quer (ali, também, uma referência oculta a Caymmi: ‘Um velho sábio na Bahia’).
” ‘Cada tempo em seu lugar’: pra passar mais uma vez essa idéia de indissociabilidade do tempo-espaço, de que eu gosto muito.”
Baticum
Gilberto Gil
Chico Buarque
Bia falou:
“Ah, claro que eu vou”
Clara ficou
Até o sol raiar
Dadá também
Saracoteou
Didi tomou
O que era pra tomar
Ainda bem
Que Isa me arrumou
Um barco bom
Pra gente chegar lá
Lelê também
Foi e apreciou
O baticum
Lá na beira do mar
Aquela noite
Tinha do bom e do melhor
Tô lhe contando que é pra lhe dar água na boca
Veio Mané
Da Consolação
Veio o Barão
De lá do Ceará
Um professor
Falando alemão
Um avião
Veio do Canadá
Monsieur Dupont
Trouxe o dossier
E a Benetton
Topou patrocinar
A Sanyo
Garantiu o som
Do baticum
Lá na beira do mar
Aquela noite
Quem tava lá na praia viu
E quem não viu jamais verá
Mas se você quiser saber
A Warner gravou
E a Globo vai passar
Bia falou:
“Ah, claro que eu vou”
Clara ficou
Até o sol raiar
Dadá também
Saracoteou
Didi tomou
O que era pra tomar
Isso é que é
Pepe se chegou
Pelé pintou
Só que não quis ficar
O campeão
Da Fórmula 1
No baticum
Lá na beira do mar
Aquela noite
Tinha do bom e do melhor
Eu só tô lhe contando que é pra lhe dar água na boca
Zeca pensou:
“Antes que era bom”
Mano cortou:
“Brother, o que é que há?”
Foi a G.E.
Quem iluminou
E a MacIntosh
Entrou com o vatapá
O JB
Fez a crítica
E o cardeal
Deu ordem pra fechar
O Carrefour
Digo, o baticum
Da Benetton
Não, da beira do mar
BRWMB9900466
© Gege Edições Musicais / © Marola Edições Musicais LTDA.
Ficha técnica da faixa:
voz e violão – Gilberto Gil
participação especial – Chico Buarque
vocal – Chico Buarque
guitarra – Celso Fonseca
teclado – William Magalhães
bateria – Jorginho Gomes
percussão – Marçalzinho
vocal – Ana Fontes, Cecília Spyer e Luna Messina
baixo – Didi Gomes
Outras gravações:
“Francisco”, Chico Buarque, BMG
“Chico ou o País Da Delicadeza Perdida”, Chico Buarque, BMG 2005
“Coleção Chico Buarque”, Sony Music Entertainment, Chico Buarque 2010
“Chico Buarque em 4 tempos (box)”, Chico ou o País Da Delicadeza Perdida, Videofilmes/BMG 2003
“Chico Buarque participação Gilberto Gil”, BMG 1996
“O eterno Deus mu dança”, Gilberto Gil, Warner Music 1989
“Este é o Gil que eu gosto”, Gilberto Gil & Chico Buarque, Warner Music 1995
“Duetos com Gilberto Gil”, Gilberto Gil e Chico Buarque, Warner Music 2007
“Chico Buarque por eles”, Lenine, Som Livre 2009
“Songbook Chico Buarque – vol 2”, Lenine, Lumiar Discos 2015
Do Japão
Gilberto Gil
Do Japão
Quero uma máquina de filmar sonhos
Pra registrar nas noites de verão
Meu corpo astral leve, feliz, risonho
Voando alto como um gavião
Que filme dentro de minha cabeça
Todo pensamento raro que eu mereça
Toda ilusão a cores que apareça
Toda beleza de sonhar em vão
Do Japão
Quero também um trem-bala-de-coco
Pra atravessar túneis do dissabor
Quero um microcomputador barroco
Que seja louco e desprograme a dor
Visitar um templo zen-desbundista
Conversar com um samurai futurista
Que me dê pistas sobre o sol-nascente
Que me oriente sobre o novo amor
Do Japão
Quero uma gueixa que em poucos minutos
Da minha queixa faça uma paixão
Descubra novos sentimentos brutos
E, enfeitiçada, tome um avião
E a gente vá viver num outro mundo
Pra lá do Terceiro ou Quarto ou Quinto Mundo
Onde a rainha seja uma açucena
E a divindade, a pena do pavão
BRWMB9900467
© Gege Edições Musicais
Ficha técnica da faixa:
voz e guitarra – Gilberto Gil
guitarra – Celso Fonseca
teclado – Jorjão Barreto
sax – Raul Mascarenhas
piano – William Magalhães
bateria – Jorginho Gomes
percussão – Marçalzinho
baixo – Didi Gomes
Outras gravações:
“Top tape”, Ernie Watts & Gilberto Gil 1993
“O eterno Deus mu dança”, Gilberto Gil, Warner Music, 1989
“The eternal god of change”, Gilberto Gil, Warner Music 1989
Mon Tiers Monde
Gilberto Gil
Pas un instant a perdre!
Plus que la mort
La mort des hommes dans la merde
Mon Tiers Monde s’engage dans la vie
Du fond même de mon coeur
Du fond même de mon coeur
C’est la chaleur, c’est chaleur
Le bonheur de la pluie
Pour le momment ça marche
Ça en fait rien
Rien la réalité sauvage
Mon Tiers Monde s’engage dans la vie
Du fond même d’un sommeil
Du fond même d’un sommeil
J’ai le soleil, j’ai le soleil
Comme mon meilleur ami
Notre jours est consacré
A un Pan universel
Soient les étoiles de mer
Soient les oiseaux du ciel
Soient les choses inanimées
Comme la pierre et l’océan
Soient les nombreaux nommes de Dieu
Comme Oxalá, comme Tupan
BRWMB9900468
© Gege Edições Musicais
Ficha técnica da faixa:
voz e guitarra – Gilberto Gil
guitarra – Celso Fonseca
teclado – Jorjão Barreto
bateria – Jorge Gomes
sax – Raul Mascarenhas
percussão – Marçalzinho
baixo – Didi Gomes
Outras gravações:
“O eterno Deus mu dança”, Gilberto Gil, Warner Music 1993
“The eternal God of change”, Gilberto Gil, Warner Music 1989
“Embora eu conheça mais e domine melhor a fala da língua inglesa, minhas canções em francês não deixam a desejar num cotejo com as que compus originalmente em inglês (e com as versões que criei para esta língua): a profundidade com que desejo tratar os seus temas, elas assumem na forma. Isso tem-se dado também porque, por serem complexos, seus conteúdos acabam exigindo um tratamento sofisticado e uma performance inevitavelmente boa. A rigor eu não me sentia capaz de fazê-las, e fazê-las representou uma aventura que, pelos resultados, razoáveis, me gratificou.
“Compor em francês, ‘a língua dos escritores’: isso também dava ao desafio um sabor especial, e eu comecei a enfrentá-lo como um preito de gratidão a um público com o qual eu desenvolvia uma intensa relação afetiva. Até agora fiz Touche pas à Mon Pote, Mardi Dix Mars (assim chamada porque foi numa terça-feira, dez de março, que eu a compus, depois de me deparar com a data na folhinha e me sentir estimulado pelo espelhamento das palavras) e Mon Tiers Monde (que é como se fôssemos nós mesmos falando um francês creoule, mas correto), além de uma quarta, La Lune de Gorée, escrita mais recentemente, com Capinan.”
Amarra o teu arado a uma estrela
Gilberto Gil
Se os frutos produzidos pela terra
Ainda não são
Tão doces e polpudos quanto as peras
Da tua ilusão
Amarra o teu arado a uma estrela
E os tempos darão
Safras e safras de sonhos
Quilos e quilos de amor
Noutros planetas risonhos
Outras espécies de dor
Se os campos cultivados neste mundo
São duros demais
E os solos assolados pela guerra
Não produzem a paz
Amarra o teu arado a uma estrela
E aí tu serás
O lavrador louco dos astros
O camponês solto nos céus
E quanto mais longe da terra
Tanto mais longe de Deus
BRWMB9701931
© Gege Edições Musicais
Ficha técnica da faixa:
voz e guitarra – Gilberto Gil
guitarra – Celso Fonseca
sax – Raul Mascarenhas
teclado – William Magalhães
bateria – Jorginho Gomes
percussão – Marçalzinho
baixo – Didi Gomes
Outras gravações:
“Projeto especial radio musical FM/SP, Warner Music 1995
“Viagem Nestlé pela literatura fundação Nestlé”, Gilberto Gil 2003
“Almanaque TV Globo”, Gilberto Gil 2003
“Grandes mestres da MPB – vol. 2”, Gilberto Gil, Warner 1997
“Amarra o teu arado a uma estrela”, Gilberto Gil, Warner 1993
“The eternal god of change”, Gilberto Gil, Warner Music 1989
“Projeto especial laboratotio ache”, Gilberto Gil, Warner Music 1996
“E-collection -disco 2”, Gilberto Gil, Warner Music 2000
“O eterno deus mu dança”, Gilberto Gil, Warner music
“Em concerto”, Gilberto Gil, Warner Music 2002
“Mestres da MPB”, Gilberto Gil, Warner Music 1992
Participando de uma gincana escolar do Isba (Instituto Social da Bahia), onde cursava a oitava série, Fátima Giordano, irmã de Flora Gil e cunhada de Gilberto Gil, recebeu a tarefa de levar, no dia seguinte, gravada, uma canção sob o tema: “Amarra o teu arado a uma estrela”. O compositor achou a frase “estranha, provocativa”, e fez a música, que venceu o concurso.
Réquiem pra Mãe Menininha do Gantois
Gilberto Gil
Foi
Minha mãe se foi
Minha mãe se foi
Sem deixar de ser – ora, iêiê, ô
Dói
Minha alma ainda dói
Minha alma ainda dói
Sem deixar doer – ora, iêiê, ô
Foi
Tão boa pra nós
Tão boa pra nós
Não deixa de ser – ora, iêiê, ô
Mãe
Do orum, do céu
Do orum, do céu
Me ajuda a viver neste ilê aiê
Rara
Ouro
Guarda o tesouro pra nós
Riso
Puro
Porto Seguro pra nós
Vemos
Vivo
O brilho da tua luz
Iluminando nossos corações
Ouve nossa oração
Escuta a demanda de cada um
Manda teu doce axé
Recomenda ao santo o teu candomblé
Fala com cada um
Fala com cada um
Fala com cada filho fiel
Canta pra todos nós
Derrama sobre todos o teu mel
Foi
Minha mãe se foi
Minha mãe se foi
Sem deixar de ser a Rainha do Trono Dourado de Oxum
Sem deixar de ser
Mãe de cada um
Dos filhos pra quem eternamente sempre haverá
Mãe Menininha
Mãe Menininha
Mãe Menininha
Mãe Menininha
Mãe Menininha
BRWMB9900469
© Gege Edições Musicais
Ficha técnica da faixa:
voz e violão – Gilberto Gil
bateria – Carlinhos Ogã
violino – Michael Bessler e Bernardo Blessler
violino – Marie Cristine Springuel Bessler
cello – Alceu De Almeida Reis
Toda saudade
Gilberto Gil
Toda saudade é a presença
Da ausência de alguém
De algum lugar
De algo enfim
Súbito o não
Toma forma de sim
Como se a escuridão
Se pusesse a luzir
Da própria ausência de luz
O clarão se produz
O sol na solidão
Toda saudade é um capuz
Transparente
Que veda
E ao mesmo tempo
Traz a visão
Do que não se pode ver
Porque se deixou pra trás
Mas que se guardou no coração
BRWMB9900470
© Gege Edições Musicais
Ficha técnica da faixa:
voz e guitarra – Gilberto Gil
ceilos – Alceu De Almeida Reis
violino – Giancarlo Pareschi (spalla), Jose Alves Da Silva
violino – Alfredo Vidal, Carlos Eduardo Hack
violino – Aizik M. Geller, Michel Bessler, Bernardo Bessler
violino – Pascoal Perrota
violas – Arlindo Fugueiredo Penteado, Federick Stephany
violas – Jesuina Noronha Passaroto
violas – Marie Cristine S. Bessler
ceilos – Jorge Kundert Ranevsky
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