Músicas
Na imaginação
Gilberto Gil
Na imaginação
Eu já sei
Falta ao meu coração
Ser o rei
Ser o rei e ordenar
O prazer
Da emoção de amar
E viver
Cada respiração
Como for
Como for cada vez
A paixão
Cantar cada canção
Como for
Como for cada vez
Todo amor
Outras gravações:
“Guadalupe” 1979
Na Real
Gilberto Gil
Nada é real, você é
Nada é igual, você é
Nada é normal, você é, você é
Dito assim, você, você e mais você
Parece que eu não sei o que é o amor
Amor por tudo e todos, luz do bom viver
Que a palavra de Deus nos ensinou
Sendo assim, você, você e mais você
É como se eu não pudesse enxergar
As gotas de orvalho soltas sobre a flor
As gaivotas soltas sobre o mar
É que você, você, você e só você
É mais que o necessário para abrir
O armário cheio de ilusões dentro de mim
Para que tudo ali possa caber
Sendo assim, real, real é só você
De quem disponho além de um sonho em vão
Que nada em nada iguala, em nada o seu poder
De me fazer mais normal, puro e são
Namba, a gangamorada
Gilberto Gil
Olha nos olhos
Namba deita pa Ganga
Beija na boca
Namba deita pa Ganga
Pernas pros ares
Iaiá Namba é pa Ganga
Linda morada
Namorada de Ganga
Nambamorada
Nambamorada de Ganga
Nambamorada
[ inédita – para o filme Quilombo ]
Não chore mais
Gilberto Gil
Da gente sentado ali
Na grama do aterro, sob o sol
Ob-observando hipócritas
Disfarçados, rodando ao redor
Amigos presos
Amigos sumindo assim
Pra nunca mais
Tais recordações
Retratos do mal em si
Melhor é deixar prá trás
Não, não chore mais
Não, não chore mais
Bem que eu me lembro
Da gente sentado ali
Na grama do aterro, sob o céu
Ob-observando estrelas
Junto à fogueirinha de papel
Quentar o frio
Requentar o pão
E comer com você
Os pés, de manhã, pisar o chão
Eu sei a barra de viver
Mas se Deus quiser
Tudo, tudo, tudo vai dar pé
Tudo, tudo, tudo vai dar pé
Tudo, tudo, tudo vai dar pé
Tudo, tudo, tudo vai dar pé
Não, não chore mais
Não, não chore mais
“Não chore mais” – “Minha tradução para o refrão-nome foi uma escolha arbitrária, porque eu nunca entendi direito o que os autores queriam dizer com o proverbial ‘no woman, no cry’. Até procurei, mas não tive meios de saber. Alguns me disseram que a expressão significa ‘nenhuma mulher, nenhum problema’; eu pensei em ‘nenhuma mulher, nenhum choro’, um adágio local talvez. E também numa possível forma em inglês dialetado para o correto ‘no, woman, don’t cry’.
“Optei por algo próximo disso inclusive porque, assim, eu me aproximava mais do sentido dos outros versos da música, uma espécie de lamento pela perda dos amigos e pela presença pertubadora da repressão que, na versão pelo menos, adquire um ar de canção de despedida, com o homem dizendo à mulher que está indo embora, mas que isso não é o fim do mundo, e que é pra ela se lembrar do tempo dos dois juntos etc. Uma instauração de um espaço afetivo que eu até hoje não sei se o original contém.”
“Amigos presos, amigos sumindo assim, pra nunca mais” – “Eu não pensava em ninguém especificamente; a tradução vinha diretamente dos versos em inglês, com o detalhe do uso do termo ‘presos’ – surgido naturalmente com a lembrança do modo de atuar da repressão, através das prisões, torturas e mortes de pessoas.”
“Melhor é deixar pra trás” – “Há uma certa licenciosidade interpretativa aí. ‘You can’t forget your past’ (‘Você não pode esquecer o seu passado’), diz o original. Me referindo ao período que estava terminando no Brasil, eu digo: ‘Vamos passar a borracha nisso tudo. O passado tem um débito conosco, mas vamos dar um crédito ao futuro’. Uma posição típica da minha ideologia interna, do meu otimismo, do meu gosto pela conciliação, do traço tolerante da minha personalidade.”
Outras gravações:
“Liebe paradiso”, Celso Fonseca e Ronaldo Bastos part. João Donato, Dubas Musica 2011
“Balé mulato ao vivo”, Daniela Mercury, Páginas do mar 2006
“Banda Larga ao vivo em São Paulo”, Gilberto Gil, Gege Produções Artísticas 2008
“Perfil”, Gilberto Gil, Sigla 2005
“Nova série”, Gilberto Gil, Warner Music 2007
“Eletracústico”, Gilberto Gil, Warner Music
“Realce”, Gilberto Gil, Warner Music 1988
“Mestres da MPB”, Gilberto Gil, Warner Music 1992
“Gilberto Gil – original album series”, Gilberto Gil, Warner Music 2012
“Bandadois”, Gilberto Gil, Warner Music 2010
“Natiruts 2015”, Natiruts, Zeropontodois Entretenimento 2015
“Povo das estrelas – 30 anos de samba, reggae e cidadania”, Olodum, João Jorge Santos Rodrigues 2015
“A festa rock”, Rodrigo Santos, Coqueiro Verde Records 2015
“Um barzinho, um violão – melennium”, Sandra De Sá, Universal Music 2004
[ No Woman, No Cry, de B. Vincent]
Não grude não
Gilberto Gil
Não grude não não grude
Não grude não, oxente, onde já se viu!
Não grude não, não grude
Não grude não, não grude
Não grude não, o disgrama, quiuspariu!
Não grude não, não grude
Não grude não, não grude
Não grude não, afasta, vai, sai pra lá!
Não grude não, não grude
Não grude não, não grude
Não grude não, basta, deixa eu respirar.
Não quero evitar você
Mas jurar amor não vou
Iaiá, o açude secou
Me ajude a me escafeder
Quem se escafede não fede
Quem se escafede não mede
Da liberdade não cede nem um tantim
Numa cidade, sodade
Noutra cidade, sodade
Quem se escafede se antecede ao fim do fim.
Não grude não, não grude
Não grude não, não grude
Não grude não, carrapicho de jardim!
Não grude não, não grude
Não grude não, não grude
Não grude não, carrapato, chato, assim!
Não grude não, não grude
Não grude não, não grude
Não grude não, faz um, faz um favozim!
Não grude não, não grude
Não grude não, não grude
Não grude não, alô, já vou, atchim!!!
Outras gravações:
“Banda Larga Cordel”, Gege Produções Artísticas 2008
Não tenho medo da morte
Gilberto Gil
mas sim medo de morrer
qual seria a diferença
você há de perguntar
é que a morte já é depois
que eu deixar de respirar
morrer ainda é aqui
na vida, no sol, no ar
ainda pode haver dor
ou vontade de mijar
a morte já é depois
já não haverá ninguém
como eu aqui agora
pensando sobre o além
já não haverá o além
o além já será então
não terei pé nem cabeça
nem figado, nem pulmão
como poderei ter medo
se não terei coração?
não tenho medo da morte
mas medo de morrer, sim
a morte é depois de mim
mas quem vai morrer sou eu
o derradeiro ato meu
e eu terei de estar presente
assim como um presidente
dando posse ao sucessor
terei que morrer vivendo
sabendo que já me vou
então nesse instante sim
sofrerei quem sabe um choque
um piripaque, ou um baque
um calafrio ou um toque
coisas naturais da vida
como comer, caminhar
morrer de morte matada
morrer de morte morrida
quem sabe eu sinta saudade
como em qualquer despedida.
Não tenho medo da vida
Gilberto Gil
Eis a loucura assumida, você há de imaginar
É que a vida atou-se a mim desde o dia em que eu nasci
Viver tornou-se, outrossim, o modo de desatar
Viver tornou-se o dever de me desembaraçar
A vida é somente um dom independente de quem
Seja capaz de gritar seu nome, alto e bom som
A vida seria um tom, uma altura a se atingir
Viver é saber subir, alcançar a nota lá
Lá no ponto de ferir, se preciso, até sangrar
Não tenho medo da vida, mas medo de viver, sim
A vida é um dado em si, mas viver é que é o nó
Toda vez que vejo um nó, sempre me assalta o temor
Saberei como afrouxá-lo, desatá-lo eu saberei?
A vida é simples, eu sei, mas viver traz tanta dor!
A dor na carne e na alma, a calma a se propagar
A durar dia após dia, a varar noite, a dormir
A ver o amor a vir a ser, a ter e a tornar
A amanhecer de novo e de novo um novo dia…
Isso às vezes me agonia, às vezes me faz chorar
Outras gravações:
“Fé na festa”, Gilberto Gil, Gege Produções Artísticas 2010
Nascente poente
Gilberto Gil
John D’Andria
Não havia gente para ver
Não havia o nosso olhar
No primeiro sol nascente
Sobre a terra ardente
Sobre o infante mar
Nada pronto pra testemunhar
Pedra, planta, peixe vivo
Nada, nem um ser
Nem um ser
Deus sem ter a quem falar
Deus não podia ter
A quem mostrar a luz, o brilho, a cor
Eu digo: Deus como a gente crê
O Deus do jeito que a gente inventou
Até que um coração bateu
Inventando Seu amor
Derradeiro sol poente
Quando a noite eterna, enfim, descer
Que será do nosso olhar?
Derradeiro sol poente
Sobre a terra quente
Sobre o velho mar
Tudo pronto pra se desmanchar
Pedra, planta, peixe vivo
Tudo, cada ser
Cada ser
Deus começa a se calar
Deus tendo que extinguir
A nossa chama, a luz do Seu amor
O nosso Deus morrendo feliz
Logo após o pôr, o fim do sol
Do sol o pôr que Ele mesmo quis
Pôr que Ele mesmo matou
Outras gravações:
“Aprendizes da esperança”, Fafa de Belem, Sigla 1994
Nêga (Photograph blues)
Gilberto Gil
Nega
You spent so blissfully
The last few days with me
Nega
I spent so nicely too
The last few days with you
When I met you, it was so fine
I didn’t talk a lot to you
I only mentioned your smooth hair
You made a speech about shampoo
We took many, many, many photographs
Downtown
As we passed through
Nega
You spent so blissfully
The last few days with me
Nega
I spent so nicely too
The last few days with you
You’ve been going just where I’ve gone
All my people you have seen
I’ve been doing just what you’ve done
Now I can dig your cup of mu tea
We let our moments become, become
What they really had to be
Nega
You spent so blissfully
The last few days with me
Nega
I spent so nicely too
The last few days with you
Develop our photographs
As simple dreams that will come true
Perhaps they will make you laugh
Or make you sure about we two
Develop, baby, our photographs
Perhaps they will make you sure
Perhaps they will show you nothing
Nothing, but a shade of blue
© Gege Edições / Preta Music (EUA & Canada)
Outras gravações:
“A arte de Gilberto Gil”, Gilberto Gil, Polygram/Fontana 1985
“Gil e Jorge”, Philips Music 1975
“Serie colecionador”, Gil e Jorge, Universal Music 1998
“Personalidade – vol. 2”, Gilberto Gil, Novodisc Mídia Digital Da Amazônia 2013
“Gilberto Gil 1971”, Gilberto Gil, Polygram Music
“Gilberto Gil”, Polygram Music 1998
“Box Salve Jorge”, Gilberto Gil e Jorge Ben 2009
Neve na Bahia
Gilberto Gil
Bruxa
Ducha de água fria
No fogo do meu plexo solar
Loura
Moura
Neve na Bahia
Um furacão sem fúria no meu mar
Agri-
Doce
Tal um sal de fruta
Vós me agradais quanto vós me agredis
Onça
Garça
Inocente e astuta
Clareza absoluta e mil ardis
Gueixa disfarçada de boneca
Sudanesa travestida de alemã
Por que sois o mistério à luz do dia?
Por que sois sempre a noite de manhã?
Ainda bem que sois fruta no meu sonho
A eterna obviedade da maçã
Que escolho e colho e mordo na bochecha, Xuxa
E tendes travo e gosto de avelã
Vick
Vapor
Lenta anestesia
Pimenta na garrafa de isopor
Xuxa
Bruxa
Ouro de alquimia
Sois flecha de um cupido pós-amor
Gueixa disfarçada de boneca
Sudanesa travestida de alemã
Por que sois o mistério à luz do dia?
Por que sois sempre a noite de manhã?
Ainda bem que sois fruta no meu sonho
A eterna obviedade da maçã
Que escolho e colho e mordo na bochecha, Xuxa
E tendes travo e gosto de avelã
Jorge Mautner
Caught it by the tail
When I held it in my hand
It was a nightingale
It was a nightingale
I was happy and took him home
He was hurt and so alone
Water, love and seeds
Those were all his needs
In about a week or so
He was fit to go
He sang a ting, ling, ling, ling, bird song
A swinging, ling, ling, ling, long melody
He sang a ting, ling, ling, ling rock song
A swinging, ling, ling, ling, long song for me
One day at daybreak
He said good-bye
He flew up and he was like
A comet in the sky
A comet in the sky
[ O Rouxinol, de Gilberto Gil e Jorge Mautner ]
Ninguém dá o que não tem
Gilberto Gil
João Augusto
Ninguém dá o que não tem pra dar
Mas se amor com amor alguém tem que pagar
É você que está devendo
Porque não quer dar
Ou porque não tem
Porque nunca me dá nada
E recebe tanto bem
Sim, eu sei
Quem espera sempre alcança
Mas espera também cansa
Estou cansado de esperar
Meu amor é como um pobre
Luta tanto pra viver
Quando nasce, não se cria
E se cria, é pra morrer
Ninguém segura este país
Gilberto Gil
Que está por cima, meu bem, eu também acho
Segurando a barra dessa rima
Deve haver algum pernambucano por baixo
Um sergipano por fora
Um maranhense de lado
Um rio-grandense de toca
Um carioca pirado
Um paulista ocupado
Um mineiro calado
Um catarinense tímido
Um amazonense úmido
Cada qual no seu perfeito estado natural
Entra baiano, sai ano
Mais um carnaval
De lascar o cano
No céu da vibração
Gilberto Gil
Todos os animais
Os vegetais também o são
Como será
Não ser assim?
Não precisar
O começo, o meio, o fim
A encarnação, Deus?
Como será
Não estar aqui nem lá
E tão somente andar ao léu
No céu da vibração?
Para os olhos, fez-se a cor
Para os ouvidos, o som
Para os corações, o fogo do amor
E para os puros, o que é bom
Só me resta agradecer
E aguardar a ocasião
De tão somente andar ao léu
No céu da vibração
No dia que eu vim-me embora
Gilberto Gil
Caetano Veloso
Minha mãe chorava em ai
Minha irmã chorava em ui
E eu nem olhava pra trás
No dia que eu vim-me embora
Não teve nada de mais
Mala de couro forrada
Com pano forte e brim cáqui
Minha vó já quase morta
Minha mãe até a porta
Minha irmã até a rua
E até o porto meu pai
O qual não disse palavra
Durante todo o caminho
E quando eu me vi sozinho
Vi que não entendia nada
Nem de pro que eu ia indo
Nem dos sonhos que eu sonhava
Sentia apenas que a mala
De couro que eu carregava
Embora estando forrada
Fedia, cheirava mal
Afora isso, ia indo
Atravessando, seguindo
Nem chorando, nem sorrindo
Sozinho pra capital
Nem chorando, nem sorrindo
Sozinho pra capital
Outras gravações:
“Caetano”, Caetano Veloso, Polygram Music 1994
“Caetano Veloso – caixa Caetano Veloso”, Caetano Veloso 2006
“Gilberto Gil- 2 lados”, Caetano Veloso, Universal Music 2010
“Enquanto eu fizer canção”, Carmem Queiroz 2010
“Caetano Veloso”, Caetano Veloso, Philips 1996
“Dominguinhos”, Philips
“A arte de Dominguinhos”, Dominguinhos, Universal Music 2005
“Luz das estrelas”, Elis, Som Livre 1997
“Preferencia nacional’, Elis Regina, Sigla 1983
“Elis Regina”, Som Livre 2000
“Vesper”, Flor D Lis, Dabliu
“Dedicado a você”, Guadalupe – participação especial: Dominguinhos, Oesp Mídia S.A. 2015
“Outra face”, Ignês Santiago, Valmir G. Dos Santos 2001
“Leila Pinheiro”, EMI 2000
“Gonzaga com e pelos outros grandes da MPB”, Luiz Gonzaga, Sony Music 2011
“O canto jovem de Luiz Gonzaga”, Luiz Gonzaga, Sony Music 2012
“Duetos com mestre lua”, Luiz Gonzaga – participação especial: Lenine, B M G 2001
“Chantecler”, Maria Alcina
“Na hora certa”, Nuno Certa, Nuno José De Lima Neto 2011
“Pena Branca e Xavantinho”, Sony Music 2001
“No mesmo palco – vol. 2”, Vania Bastos e Caetano Veloso 2002
“Brasil De A A Z – Sutis Diferenças”, Vinicius Cantuaria, Emi Music 2002
No Norte da saudade
Gilberto Gil
Moacyr Albuquerque
Perinho Santana
Pra não ter porém
Pra não ter noite passada
Pra não ter ninguém
Atrás
Mais ninguém
Vou pra quem
Vai me ver noutra cidade
No norte da saudade, que eu vou ver
meu bem
Meu bem, meu bem
Vai me ver noutra cidade
No norte da saudade, que eu vou ver
meu bem
Meu bem, meu bem
Outras gravações:
“Gilberto Gil – original album series (cd 4)”, Gilberto Gil, Warner Music 2012
“Refavela”, Gilberto Gil, Warner Music 1994
“Nightingale”, Gilberto Gil, Warner Music 2002
“2 é demais”, Gilberto Gil, Warner Music 1996
“Mil milhas” 2000
“Canduras”, Qinho, Marcos Coelho Coutinho 2008
No quartel
Gilberto Gil
Outras gravações:
“Brasil ano 2000”, vários, Forma/CIA 1969
[ para o filme Brasil, Ano 2000, de Walter Lima Jr. ]
Noite de amor
Gilberto Gil
Outras gravações:
“Gilberto Gil”, Sigla 1987
“Um trem para as estrelas”, Gilberto Gil, Warner Music 2002
Instrumental, Som Livre 1987
Noite de lua cheia
Gilberto Gil
O céu flutua na noite de lua cheia
O amor atua na noite de lua cheia
Ocupa a rua na noite de lua cheia
Calma, queda a alma
Clara a emoção
Branca e branda a chama
Tão morna a paixão
Longe leva a vista
Leve leva o ar
Luva veste a terra
Leite lava o mar
Love, love quase se vê
Move, move em mim, em você
Chove, chove prata sobre nós
Ouve, ouve, deve ser a lua, sua voz
É quando quero, quando espero um grande amigo
É quando vivo por um bom motivo – a lua
É quando sinto que não minto quando digo:
Não há perigo, tenho um grande abrigo – a rua
Nos barracos da cidade (Barracos)
Gilberto Gil
Liminha
Ninguém mais tem ilusão
No poder da autoridade
De tomar a decisão
E o poder da autoridade
Se pode, não fez questão
Se faz questão, não consegue
Enfrentar o tubarão
Ô-ô-ô, ô-ô
Gente estúpida
Ô-ô-ô, ô-ô
Gente hipócrita
O governador promete
Mas o sistema diz não
Os lucros são muito grandes
Mas ninguém quer abrir mão
Mesmo uma pequena parte
Já seria a solução
Mas a usura dessa gente
Já virou um aleijão
Ô-ô-ô, ô-ô
Gente estúpida
Ô-ô-ô, ô-ô
Gente hipócrita
Outras gravações:
“A voz do bandolim”, Armandinho, Vison 2001
“Banda Bate Lata”, Circo-eldorado 1999
“Projeto axé”, Bandaxé, Centro Projeto Axé De Defesa Da Criança 2006
“Cidade Negra”, Sony 1998
“Quanto mais curtido melhor”, Cidade Negra, Sony 2000
“Maxximum”, Cidade Negra, Sony Music 2005
“Kaya n’ gan daya ao vivo”, Gilberto Gil, Som Livre 2003
“Grandes mestres da MPB – vol. 2”, Gilberto Gil, Warner Music 1997
“Projeto especial Jornal Folha”, Gilberto Gil, Warner Music 2002
“E-collection”, Gilberto Gil, Warner Music 2004
“Gilberto Gil no palco – nova série”, Gilberto Gil, Warner Music 2007
“Ao vivo em Toquio”, Gilberto Gil, Warner Music 2002
“Bandadois”, Gilberto Gil, Warner Music 2010
“Banda Um”, Gilberto Gil, Warner Music 1994
“Mestres da MPB”, Gilberto Gil, Warner Music 1992
“Dia dorim noite neon”, Gilberto Gil, Warner Music 1985
“Sem limite – um barzinho, um violão”, Kid Abelha, Universal Music 2007
“A música de Gilberto Gil”, Gilberto Gil, Universal Music 2002
“Um barzinho, um violão”, Kid Abelha, Universal Music 2002
Nós, por exemplo
Gilberto Gil
Nós somos apenas nós
Por exemplo
Apenas vozes da voz
Somos nós, por exemplo
Apenas vozes da voz
Nós somos apenas vozes
Ecos imprecisos do que for preciso
Impreciso agora
Impreciso tão preciso amanhã
Nós, por exemplo, já temos Iansã
Nós, por exemplo, já temos Iansã
Nós somos apenas vozes
Nós somos apenas
Nós, por exemplo
Apenas vozes da voz
Somos nós, por exemplo
Apenas vozes da voz
Nós somos apenas vozes
Do que quer que seja luz no cor-de-rosa
Cor na luz da brasa
Gás no que sustenta a asa no ar
Nós, por exemplo, queremos cantar
Nós, por exemplo, queremos cantar
Nós somos apenas vozes
Nós somos apenas nós
Por exemplo
Apenas vozes da voz
Somos nós, por exemplo
Apenas vozes da voz
Nós somos apenas vozes
Do que foi chamado de “a grande expansão”
Pé no chão da fé
Fé no céu aberto da imensidão
Nós, por exemplo, com muita paixão
Nós, por exemplo, com muita paixão
Nós somos apenas vozes
Nós somos apenas
Nós, por exemplo
Apenas vozes da voz
Somos nós, por exemplo
Apenas vozes da voz
Nossa
Gilberto Gil
Inteiramente ao nosso amor
Cantar nossa música
Agora é só decidir
Aonde queremos ir
Armar nossa tenda
Armar nossa tenda, já
Que a nossa varanda vai ser
A estrada da vida
Por onde o sol passará
E a lua também virá
Contar nossa lenda
E os tempos futuros vão
Saber como foi
Escrever nos muros vão
Nas pedras do chão
A história da nossa ilusão
A história da nossa ilusão
Nova
Gilberto Gil
Moreno Veloso
Um brilho no céu
Uma constelação
Bem longe daqui
Uma nova canção
De força maior
Pro universo habitar
Qual sempre a matriz
Supernova será
Água pra benzer
Ouro pra enfeitar
A bela visão
D’um neutrino a bailar
Mãe, ora yeiê
Sua bençao pra mim
Que sempre assim
Eu me lembre em você
© Gege Edições / Preta Music (EUA & Canada) / © Uns (Warner/Chappell)